Andrea 03/03/2022O que dizer desse livro que mal conheço e já curto pakas!??Adoro quando tenho essas ótimas surpresas com autores/livros que eu ainda não conhecia!!
Aviso: senta que lá vem história porque hoje eu tou empolgada!!
Eu tava ontem passando raiva no twitter, como de costume (e olha que eu nem tenho conta lá, hein), quando vi um tweet @semspoiler_ sobre este livro aqui e pensei, "qq custa né, tou diboinha mesmo".
[Narrador: ela podia até estar diboinha mesmo (= estar de férias), mas ainda, sim, tem uns 637128 livros pra ler. XD]
Mas então, a primeira coisa que me chamou atenção foi a capa (e que é condizente com a história, amém!!) e depois vi que estava disponível no Unlimited, da amazon.
[Narrador: ela acabou comprando o livro depois de terminado, pra reler.]
Comecei a ler logo em seguida e FUI FISGADA DE CARA!!! O livro já começa com uma das minhas coisas preferidas na historia que é a personagem principal sendo "herege" (de acordo com sua mãe). Eu nem conheço várias passagens bíblicas, mas ri de todas as menções porque a autora, Vanessa, teve o dom de deixar tudo divertido.
Minha outra coisa favorita foi o livro ser bem brasileiro: nomes, lugares, comidas, músicas e OS MEMES!!! (A autora definitivamente é uma tuitera, hahaha.) Teve algumas expressões, poucas na verdade, que eu não entendi o sentido (acho que são regionais), mas de resto... E gente, tem uma parte da história que é uma volta aos anos 2000 e JESUS TAKE ME BACK!!!
A terceira (não está em ordem) coisa que eu gostei foi o fato da protagonista ser PCD e a história não girar SOMENTE ao redor disso. Acho que a autora seguiu aquele meme "das gays trambiqueiras" e não escreveu uma história triste ou "de superação".
[O meme: "finalmente historias de gays trambiqueiras. ninguém aguenta mais só historia de gay sofrendo. queremos mais gays assim, gays empinando moto, gay dando tiro etc"]
A Catarina ser cadeirante é uma característica da personagem e só. Ela vive como outras mocinhas de romances, com as suas dificuldades, claro, mas é uma história que poderia ser sobre uma pessoa sem deficiência também e funcionaria do mesmo jeito.
Há trechos claramente "didáticos", mas num geral, me remete a Natály Nery falando que minorias não estão aqui para educar outras pessoas. É importante pessoas que tenham visibilidade usarem sua voz, mas nem sempre se não quiserem. É como chamar negros pra falarem sobre racismo e mulheres pra discursarem no 8 de março. É só isso que minorias devem falar? E só nas datas "comemorativas"? Então, eu achei a história interessante quando pontua a questão da deficiência, da [falta de] acessibilidade, do preconceito, mas mostra outro lado da vida de um PCD.
Lá pro final, teve aquele momento que a gente sempre espera nos romances e que, às vezes, acontece mais cedo, outras mais tarde, que é...
SPOILER
quando os personagens tem a famosa desavença. (Bem que eu achei que tava tudo indo muito bem, muito certo, e ainda faltava várias páginas pra terminar, hahaha.)
Eu achei meio meh, na verdade. Entendi o acontecimento e não acho que tenha chegado nem perto de tirar o brilho da história, mas me pegou um pouco.
FIM DO SPOILER
Mais um ponto positivo foi não terminar do jeito que eu detesto (se você me conhece até sabe do que tou falando, hahaha), mesmo tendo um epílogo.
Resumindo: é uma versão nacional (e infinitamente superior, na minha humilde opinião) de The Love Spanish Deception e O Jogo do Amor/Ódio, que são livros com o trope haters coworkers to lovers. Sem contar que Interseção se passa no Brasil, com costumes brasileiros, expressões brasileiras e memes brasileiros!!!
PS: a Vanessa falou que baseou o JPS em um famoso (esqueci agora quem, hahaha, mas acho que é um piloto de F1?) com a pintinha na bochecha e tudo e DOUTOR ESSE FOI O MOTIVO DO MEU COLAPSO!!!
EDIT: tá eu aqui tendo que editar a resenha porque fiquei tão animada que esqueci de comentar duas coisas mais, hahaha.
1. O hot é closed door (meu preferido, atualmente).
2. MEU DEUS A ALEGRIA DE PEGAR UM LIVRO BEM ESCRITINHO E REVISADO!!! Eu sempre comento que entendo a dificuldade de lançar livros no Brasil, mas tem uns que a própria sinopse te desanima. Ao contrário deste que teve cuidado e carinho desde o texto até a capa.