Cometerra

Cometerra Dolores Reyes




Resenhas - Cometerra


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Thayssa.Tannuri 18/08/2023

Leitura rápida mas nada leve rs
Das leituras que deixam questionamentos no final, que a gente fica com vontade de que tivesse umas páginas a mais.
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Michele394 11/10/2023

??????
Até agora decidindo se gostei ou não.
Algumas coisas acontecem rápido demais.
A história é boa, contudo algumas coisas ficam sem explicação (ou sentido mesmo).

Li que terá continuação.
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Luisa 11/04/2023

Uma história interessante que se passa nos arredores de Buenos Aires sobre a filha de uma vítima de um feminicídio. É com a morte da mãe que a 'Cometierra' entende que comer terra faz com que ela tenha visões sobre o que aconteceu com pessoas que foram mortas ou estão desaparecidas. A notícia se espalha e ela acaba virando uma referência para quem não sabe mais onde procurar ajuda (principalmente mães procurando filhos desaparecidos).

A figura da 'Cometierra' funciona bem para se falar sobre feminicídios e como, muitas vezes, esses casos não solucionados são deixados de lado quando não se tornam fatos midiáticos. Também aborda temas como o abandono de crianças em famílias desestruturadas pelos crimes. Mas algo na linguagem (distanciada, um pouco seca) acabou me afastando da história. Isso me impediu de me relacionar com os personagens e ter mais interesse no andamento da história. Como se estivéssemos lendo um relato anestesiado mesmo.

site: https://dosesdetiquira.substack.com/
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Anbi Ferreira 05/08/2023

?Comecei a comer terra por outros que queriam falar.?
Escrito pela escritora argentina Dolores Reyes, o romance Cometerra conta a história de uma jovem que possui um dom com o qual, ao comer terra, consegue ter visões das pessoas com a qual a terra ingerida teve contato.

O romance apresenta uma história envolvente e impactante, explorando temas como feminicídio, o sobrenatural e laços familiares.
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MaSantana 02/11/2023

Nunca li nada parecido. O livro tem uma mitida de misticismo mistura com cenas cotidianas de uma população marginalizada de um tom único a história. Sinto que poderia ser uma história maior, não porque seja incompleto, mas porque dá vontade de ler mais.
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tavim 30/03/2024

Cometerra – Dolores Reyes
O encontro entre terra e dor à secura da ausência; ressecados, os sentimentos batem contra o peito num som oco pela espera que ali habita. resta juntar as mãos, não em oração porque preces jaz há tempos. o lamento ali são dedos arqueados, sujos pra atar a terra à palma e atulhar na garrafa a esperança que lhe comam aquela porção de chão, pisados momentos antes de terem o corpo roubado.

uma américa latina, que grita por socorro: onde estão meus corpos? é pela terra que ela fala, é pela mulher que ela clama. assim entoa cometerra, de dolores reyes. mais que um livro de 'mais um caso', se conta nele sobre o costume da busca --- do corpo, não da vida. periferia do planeta, onde a existência vale menos. sobra ao desespero do povo procurar pelo fantástico já que as autoridades não cumprem a função que lhes cabem.
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No Instagram, publico mais resenhas e ilustro todas as capas dos livros que leio.
Acesse @tavim para ver.
tavim.com.br

site: https://www.instagram.com/tavim/
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Colly 27/01/2024

Cometerra
Essa é uma história sobre uma garotinha e os preconceitos junto as violências da vida. A leitura fluiu muito bem que em questão de horas tu já leu tudo. Muito bom, gostei.
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GG 03/06/2024

Cometerra traz uma menina órfã, que mora com o irmão, Walter, que tem uma curiosa habilidade: ela tem visões a partir da ingestão de terra com a qual a pessoa teve contato. Ela ajuda as pessoas e soluciona alguns casos. Não sei se é um livro policial misturado com fantasia ou uma fantasia com romance policial.

O livro fala de feminicídio, violência, preconceito, marginalização e mais.

A autora não se preocupa muito em dar muitas informações ou especificar saltos temporais, mas tem uma premissa bem interessante. Há momentos em que tudo acontece rápido e o final me deixou meio confusa. Achei que foi abrupto e corrido.
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andrensf31 16/07/2023

A relação com a terra: antropofagia na barriga da jovem.
Terra. Terrenos que produzem sentimentos e sensações que podemos percebê-las ou não, dependendo da forma como tratamos aquele ambiente. No livro de Dolores, a relação com esse plano é parte fundamental da narrativa, a jovem garota que come terra e consegue sentir pessoas que já morreram ou que ainda sobrevivem, faz uso desse elemento como se fosse um poder. O sentimentalismo dessa relação pega o leitor de surpresa, no começo causa um estranhamento e nojo, como se fossemos parte daquela história e tivéssemos o mesmo olhar que a sua tia. 

A terra denuncia o feminicídio que ocorre no mundo, exposto no começo do livro, com a epígrafe ?À memória de Melina Romero e Araceli Ramos. Às vítimas de feminicídio, às suas sobreviventes.?, mostrando que Dolores trabalhará com assuntos complicados e importantes, usando a ótica da menina para narrar a história. O medo eminente e a forma de detetive que ela adquire com a sua relação com a terra denotam e pintam esse quadro triste dos subúrbios argentinos. A pobreza que nos é apresentada aqui, os comentários feitos pelos vizinhos, a tia que só está ali porque seu pai fugiu e a relação com seu irmão Walter é a forma mais humana e dolorosa que nos faz ter uma empatia e coração pela personagem e toda essa árdua bagagem que carrega, ou melhor, que nós carregamos ao longo de sua jornada.

Lembrou-me alguns livros, como o próprio ?O Avesso da Pele?, de Jeferson Tenório, em que o personagem se vê mais como um observador do que como um personagem principal, um protagonista de sua vida. Assim, passa a reparar mais nas ações dos outros, como aqui acontece entre a menina e o Walter, não tendo tanto poder sobre as suas próprias narrativas. ?Para que? Se no final resta apenas a terra remexida.?(p. ) 

A dor dessa criança nos faz perceber a necessidade que ela possui de comer aquela terra que traz consigo lembranças e também abre nossos olhos para a forma que possuímos de contar histórias e viver memórias. Como em ?Torto Arado?, romance de Itamar Vieira, a ambientação que temos no livro é parte central do texto, dialogando sempre com a menina rebelde que vive com seu irmão e é atormentada por seus vizinhos enxeridos. 

O retrato que aqui é mostrado pela autora me fez lembrar e querer comentar da semelhança com o subúrbio brasileiro. Vizinhos fofoqueiros, amigos que se reúnem para partidas de videogame, sempre rodeados de cervejas e conversas que, mesmo em um ambiente que no dia-a-dia refletem o desespero por conta da falta de dinheiro e pela violência, ainda assim, resplandecem algum certo tipo de alegria em meio ao caos. 

A antropofagia existente aqui, faz a menina reter memórias de tudo e todos que pisam na terra. Habilidades divinas que personificam esse elemento e trazem uma nova perspectiva para a vida dela. Se no começo do livro, ela era vista como uma maluca por comer terra, ganhando até o apelido de ?cometerra?, tudo começa a mudar quando sua professora some e ela, para descobrir onde estava, sente a ânsia e a vontade gigantesca de comer a terra onde Ana costumava ficar quando olhava os meninos jogando bola. A forma como a narradora trata seu contato com a terra é algo que me chama atenção. O fato dela se irritar por ter que usar jaleco branco que sujava bastante ou o contato de seus pés que sempre quando tinham a oportunidade, se fincavam na grama de seu quintal para sentir o úmido da terra, nos contam sobre esse vínculo que ela possuía com a natureza. Às vezes, não era bom para ela, a terra, que antes tinha um gosto bom, passa a ser horrível, pois ela lidava com outros tipos de solo que mostravam algo que ela não queria ver.

O misticismo presente no livro e transformado pela cidade com a ida para a casa da mãe Sandra é apresentado sempre de forma distante. Por mais que saibamos que a garota possui um certo tipo de poder especial, é somente quando ela se encontra com Sandra que ele é, finalmente, falado e explicitado. Mesmo depois, permanece apenas como um aviso em meio aos seus sonhos.

A violência daquele bairro assemelha-se à de bairros do Rio de Janeiro que contam suas histórias através de fragmentos violentos como a ?Chacina da Candelária?, os confrontos entre facções e suas guerras por território. Saber que esse livro se trata de um grande apanhado violento que é norteado pela menina nos faz ter uma sensação de amizade com ela, um vínculo, como ela tem com a terra, que a faz ver tudo de ruim que acontece com as pessoas que ela quer (ou não) salvar. O seu crescimento também a faz se afastar dos vínculos antigos, como o com o seu irmão, que em certa parte, faz-se cada vez mais distante de sua irmã, seja pela rotina cansativa que ele possui, com a responsabilidade de cuidar da casa, ou o confinamento em seu quarto causado pela moça do coturno preto. Esse afastamento e aproximação que ela possui com as pessoas é muito causado pela violência que ela recebe da terra, que fala com ela por essa linguagem. Igual o causado por um sumiço, que a faz se aproximar amorosamente de alguém.

Os sentimentos conflitantes que ela possui com os ambientes o fazem ter medo, sentir o local a expulsar. O clima daquele lugar tentava avisar a ela para fugir, o foco dela na viagem, quase como um subterfúgio para o perigo era seu romance, que agora estabelecia um contato mais próximo e protetor com a menina que a pouco tempo conhecia.

O que pode nos contar a terra? As lembranças e suas memórias e o que ela carrega consigo? As vítimas da brutalidade do humano, o feminicídio causado por grupos extremistas e as mortes de negros que são fatalmente transcritas aqui e que perpassam até pela polícia, que fatalmente é fator crucial para a morte de negros e próprio preconceito, sendo negligente e não protegendo os moradores daquele local. 

Os relatos que ela recorda de sua infância a fazem pensar naquele grupo de carecas que era movido pelo ódio e raiva de pessoas que eram diferentes deles. A forma como Dolores retrata a brutalidade e o sentimento de vingança também fazem a leitura valer a pena, o texto é uma mistura que deixa a cidade como um dos personagens principais, mostrando-a como quebrada e totalmente entregue a violência. Refletindo nos personagens a crueldade que é imposta pelos mecanismos opressivos.

O excelente livro nos traz uma sensação de angústia toda vez que a garota abre a boca para comer terra, seja por vontade própria ou seja para descobrir algo que lhe dará dinheiro. Sempre temos a sensação dela querer fugir daquele poder que a terra concebeu a ela, a ?cometerra? recebe o título irritante e os olhares que no decorrer da trama se escancaram em hipocrisias. Interessante vermos a construção dessa personagem principal, que passa por diversos episódios chocantes e, com isso, adquire maturidade para conseguir lidar com as dores e os sentimentos ruins que se retira disso, tendo ainda mais contato com a terra e entendendo seu papel naquele meio caótico.
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Inspirações Literárias 17/05/2022

Uma bela surpresa
Um livro que apresenta uma personagem singular que ao comer terra se torna capaz de revelar onde estão as pessoas desaparecidas sejam vivas ou mortas.
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Pamela.Nogarotto 02/03/2023

Cometerra
É incrível testemunhar o que tem acontecido na literatura latino-americana escrita por mulheres nos últimos anos. Mónica Ojeda e Dolores Reyes estão escrevendo essa história.
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