Nati 06/05/2022
A primeira vez que li foi por volta de 2010 e sempre tive uma boa memória do livro. E novamente não me decepcionou em nada. A autora tem uma visão muito clara da sociedade norte-americana sem nos poupar das ninharias, hipocrisias e mesquinhez que a cerca.
Temos dois pólos nas figuras de Madame Olenska (separada, independente, livre) e May (escrupulosa, rígida, provinciana, limitada e dependente), uma representando o desejo, a vontade e a outra o dever, a honra e a dignidade.
O amor de Archer e Olenska faz com que o personagem se questione sobre a vida insípida e regrada que leva, mas no fim das contas o dever e o status pesam. Um retrato de como a vida era na altura (e por vezes ainda o é)
A escrita é boa e objetiva, muito é dito nas entrelinhas. Os personagens são bem desenvolvidos e o amor dos dois é apresentado de forma lenta porém constante e envolvente. Vale a leitura.
Ponto importante : a tradução da penguin é infinitamente melhor.
Segundo ponto: o filme também é excelente.