João Maria Matilde

João Maria Matilde Marcela Dantés




Resenhas - João Maria Matilde


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_bbrcam 29/09/2023

Uma leitura de camadas
Foi um livro bem interessante de acompanhar, embora eu tenha sentido falta de algo no final. de qualquer forma, acho que foi muito válida a experiência e os pontos de vista trabalhados trouxeram diversas reflexões
Helder 29/09/2023minha estante
Ai sim!! Ontem qdo vc me perguntou, minha nota era 3, mas depois do encontro o livro ganhou mais uma estrelinha.




Milena.Berbel 13/04/2022

Um tema difícil contado de uma forma sensível e honesta.
A personagem Matilde nos pega pela mão e nos conduz ao longo de sua jornada em busca de suas origens, na reconstrução de memórias e afetos, em um contexto de abandono e ausências, mas também de descobertas, ao mesmo tempo em que nos permite mergulhar em sua própria mente, onde nos sentimos levemente perdidos, às vezes sufocados, curiosos, confusos, onde o real e o irreal se tocam, quase se confundem.
Nessa viagem, tanto exterior quanto interior, fui levada a acessar uma realidade que me permitiu me conectar com pessoas que enfrentam o desafio de lidar com algum tipo de transtorno mental. E esse é um dos motivos pelos quais a literatura tanto me fascina - permitir o encontro com o outro.
Li quase que de uma vez, porque a narrativa te prende, te conquista e te leva junto, o que é um grande mérito da autora.
Excelente livro!
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Bia 18/06/2022

Um mergulho no que há de mais íntimo no ser humano
"João Maria Matilde" é um mergulho nas questões existenciais que afligem Matilde. Mulher branca de quase 40 anos, Matilde achou que sua vida estava mais ou menos sob controle, apesar da lida diária com a ansiedade e outros aspectos de sua saúde mental. Esse equilíbrio frágil vai ser abalado pela notícia de que seu pai morreu, um pai que ela não conheceu nem sabia que tinha e agora jamais terá.
Os temas abordados -- abandono, família, identidade -- não são fáceis, mas a escrita rápida e fluida facilitam a leitura.
Matilde atravessa o oceano e chega a Portugal para a leitura do testamento, numa viagem que é tanto um deslocamento geográfico para longe da mãe doente, do namorado cartesiano e do trabalho exaustivo quanto uma jornada para dentro de si mesma.
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Martabook 08/07/2022

Caracas, que livro é esse? Muito bom.
Escrita difícil, confesso.

Mas, do começo ao fim, uma surpresa atrás da outra.
Um livro que traz laços familiares, hereditariedade, loucura e raizes.

Pra quem só tinha uma mãe com Alzheimer e de uma hora para outra saber de um pai, mesmo que morto, e um irmão andarilho, muito para processar.

Recomendo.
Gostei muito.
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Rute31 02/08/2022

"Procuro Matilde, a filha de João Maria"
É assim que começa a história de Matilde Belo, filha de João Maria Souza, um sobrenome que, como ela diz, lhe cai bem.

Matilde é tradutora, tem 30 e poucos anos, uma mãe com alzheimer, a Beatriz, e um namorado, o Abel. E um dia recebe uma ligação, é um advogado e ele fala rápido, fala um idioma que ela conhece, mas não entende, os sons que se atropelam, até que ela escuta: ele está falando português, e fala de seu pai, João Maria.

Mas Matilde nunca teve pai. Isto é, ela teve um pai, mas nunca o conheceu, então nunca teve. O pai deixou um testamento, cuja exigência principal de leitura é que "toda a gente" dele esteja presente. Isso inclui Matilde.

Então ela pega um avião e atravessa o oceano, frágil que está, com medo, nervosa. E numa cidadezinha com uma muralha em torno, ela vai em busca de entender suas origens, conhecer o estranho morto que é seu pai e assim, se encontrar.

Eu gosto muito desses temas da busca pela origem na literatura, e dessa perspectiva (uma mulher, contemporânea, com a saúde mental abalada) achei ainda mais interessante.

Marcela tem uma narrativa envolvente, mesmo quando sua personagem está em crise, e deixa que Matilde conte uma história que também entendemos através do que ela não diz.
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Vitoria 07/08/2022

Me ganhou!
Marcela nos convida a ver o mundo sob a ótica de Matilde, uma mulher por volta dos 40 anos com um contexto psicológico conturbado e que precisa lidar com mais uma questão: a descoberta do pai que ela já havia desistido de procurar. Num encontro tardio, ela o descobre quando ele já morreu.

E o luto recém-descoberto se torna um dos fatores que levam Matilde a uma viagem em duas dimensões: na real, ela viaja a Portugal. Na emocional, ela embarca rumo a um desconhecido passado.

Uma escrita gostosa, que mescla o andamento da narrativa com reflexões da personagem. Mais que a história em si, me encantei pela forma como é contada.

Senti algum estranhamento nos trechos em que a narração sai do foco na Matilde - muito bem construído - e faz um adendo mostrando o ponto de vista de outras personagens. Me pareceu quase injusto, depois de acompanhar a Matilde tão de perto, ter acesso a fatos que ela desconhece.
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Samanta.Fiordomo 14/08/2022

Muito bem escrito! A história é de fato bem cativante e ao final de deixa com um leve aperto no coração.
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Senhora Cullen 06/09/2022

Jornada
Vamos lá. Ganhei esse livro do Skoob e já comecei a ler. A história por si só já me interessa: uma moça com distúrbios mentais e que recebe uma bomba em sua vida, o pai que nunca soube nada a respeito morreu e agora devia ir a Portugal ver o testamento que foi deixado. Erroneamente, falei que o livro ainda não tinha chegado no ponto, que era o testamento, mas na verdade a grande questão da história era a jornada e tudo que se passava na mente de Matilde. Tive muita empatia por ela durante todo o tempo e no final do livro uma emoção muito grande me tomou. Preciso ler outros livros da autora. Bem escrito, emocionante e apaixonante. 10/10.
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Bookster Pedro Pacifico 25/10/2022

João Maria Matilde, de Marcela Dantés
Matilde sempre acreditou na história de que seu pai era desconhecido. Cresceu com essa verdade na cabeça e foi criada sem a figura paterna. Prestes a completar 40 anos, Matilde recebe a notícia de que seu pai não apenas é conhecido, mas ainda colocou seu nome no testamento. João Maria era português e deixou as orientações para que seu testamento fosse lido em data e local marcado.

Para conhecer mais sobre esse passado, a única alternativa da protagonista era viajar até a pequena vila portuguesa onde seu pai viveu. Sua mãe ainda é viva, mas sofre com um Alzheimer em estado avançado. Matilde decide ir totalmente sozinha, deixando seu namorado para trás.

Marcela Dantés convida o leitor a acompanhar a viagem de Matilde. Além de o local guardar diversas novidades para a personagem, a viagem acaba sendo um mergulho em seus próprios medos e traumas. O que teria levado seu pai a abadoná-la? Teria Matilde coragem suficiente para enfrentar seus fantasmas sem sozinha?

A narrativa é construída com muito talento pela jovem autora. Ainda que em alguns momentos tenha sentido o ritmo decair um pouco, a leitura foi rápida e bem prazerosa. Dantés destrincha o tema dos laços familiares e da busca por uma nova identidade. Uma autora brasileira que vale a pena acompanhar!
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Julia Romão 08/12/2022

Foi um livro que me ganhou na primeira linha e quase terminei de ler tudo em um dia só.
Matilde tinha uma vida até então "conformada", mas com a notícia da existência de seu pai (o qual nunca soube quem era), trouxe de volta a tona uma onda de sentimentos e pensamentos até então supostamente controlados.
Gostei da proposta de trazer a leitura sobre busca de identidade, saúde mental e "ausência" paterna. Também gostei do final, mas me deu a sensação de faltar algo (talvez um desfecho para mãe de Matilde, não sei).
Às vezes fico meio perdida com histórias que trazem um fluxo de ideias grande, mas neste livro, em grande parte, a leitura foi fácil e bem fluída.


(Leitura: dezembro, 2022)
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Lari 08/01/2023

Conformada com uma vida que, apesar de tudo, era satisfatória, segundo suas próprias palavras, Matilde passa os dias entre seu emprego bem sucedido como tradutora, um relacionamento amoroso estável, a saúde mental frágil e os cuidados com a mãe institucionalizada por conta de um Alzheimer precoce.

Beirando os 40 anos, quando já não imagina grandes acontecimentos e mudanças um sua rotina, uma ligação internacional a informa da morte de seu pai, um pai português do qual ela não tinha conhecimento.

A partir daí, a personagem parte em busca do passado, de suas origens, de respostas que possam preencher as lacunas presentes em sua história.

Em João Maria Matilde, Marcela Dantés nos leva a viajar com a protagonista, não necessariamente para a charmosa vila cercada por muros, em Portugal, mas principalmente para dentro de si mesma. A jornada da personagem a leva a encarar medos, aflições e anseios que até então estavam dormentes, e a descobrir uma insatisfação em relação à própria vida que não parecia existir.

Marcela tem o dom da prosa poética e tece o monólogo interior da personagem de forma bela, delicada e sensível, levantando reflexões que, de alguma forma, perpassam a vida de todos nós. Reflexões sobre a necessidade de conhecer nosso passado e nossas origens, sobre a importância da memória e, principalmente, sobre a sensação de não pertencimento no mundo.

É um livro curtinho, menos de 160 páginas, mas bastante rico, tanto em conteúdo quanto em poesia. Recomendo a leitura.
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Andrea170 14/01/2023

Intenso, profundo, delicado e muito perturbador
Leitura das profundezas urgentes e incessantes da alma humana refletindo a sua dor, busca e delicadeza deixando o leitor sem fôlego e profundamente perturbado.
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Vinícius 14/01/2023

UM LIVRO DE REDESCOBERTAS
Foi por indicação de uma amiga super antenada que decidi ir em busca de ?João Maria Matilde?, romance consagrado de Marcela Dantés. Como não sou tão conhecedor de Literatura Brasileira Contemporânea, guardei a dica na memória e não me arrependi? quando estava faltando 5 minutos para o encerramento da Festa do Livro da USP de 2022, não hesitei e larguei a fila quilométrica da Companhia das Letras e voei até o stand da Autêntica e arrematei o meu exemplar antes de retornar à fila que eu estava.
Comecei a ler ?JMM? durante o Natal de 2022 para descansar um pouco da leitura da biografia do Samuel Wainer. Cada capítulo era um soco no estômago, por isso tive que ler em doses homeopáticas e o levei comigo para a minha temporada de férias no DF e no RN para me distrair durante as horas de espera dentro e fora dos voos.
Vamos ao livro? em um belo dia, Matilde Belo recebe um telefonema e descobre que seu pai, por quem ansiava conhecer durante a vida inteira, estava morto. Detalhe: João Maria vivia em uma cidade no interior de Portugal e fez a exigência de que seu testamento fosse lido na presença de algumas pessoas, dentre elas, a filha que nunca abraçou. A moça de quase 40 anos, marcada por uma saúde mental nada estável, não possui nenhuma familiar para dividir sua dor, pois Beatriz (sua mãe) está comprometida pelo Alzheimer e a relação com seu Abel, seu namorado, é marcada pela frieza e pelo distanciamento.
Em uma viagem de descoberta da sua própria identidade, Matilde foi obrigada a lidar com seus fantasmas mais sombrios na medida em que as descobertas sobre a relação entre João Maria e Beatriz surgiam como verdadeiras estocadas em sua saúde mental, levando a moça por viagens indesejáveis.
Porém, um personagem fundamental surge para aplacar a dor da protagonista: Bitoque, um cão errante que encontra em Matilde a companheira de uma vida?
Parabéns, Marcela! Seu livro é belíssimo?

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