Resenhas - João Maria Matilde

Dé 17/06/2024

Fui atravessada por essa história de maneira natural, sem esforço, com uma calmaria q contrasta com a urgência da narrativa.
Me transportei para a cidade portuguesa da ambientação, sempre pensando nela como ?aldeia?, pois era assim q meu avô contava suas historias.
Gostei de conhecer Matilde e Bitoque. Senti saudades de João Maria. Me sensibilizei com as vulnerabilidades de uma doença mental. Vale a leitura ?

DêlaMartins 11/11/2023

A narrativa é fluida, livro curto, li em 2 dias. Trata-se da história de Matilde, que foi criada pela mãe e que sempre acreditou no que a mãe contou à ela sobre o pai desconhecido: o nome dele era João, ele era estrangeiro e ela foi fruto de uma noite só durante uma viagem da mãe. Com quase 40 anos, ela recebe uma ligação de Portugal com a notícia que seu pai não apenas era conhecido, como também havia morrido há pouco tempo e ela constava como herdeira em seu testamento. Para ter acesso ao testamento era preciso ir até Portugal para a leitura do documento em dia e horário já agendados, com outros participantes.

Ela parte sozinha para Portugal levando seus medos, ansiedade, traumas e curiosidade, deixando sua mãe que tem Alzheimer e seu namorado, Abel.

Matilde encara nessa viagem não só os lugares, idioma e diferenças culturais, mas principalmente, mergulha em seus medos, dúvidas e questionamentos. Aos poucos, Pedro, advogado e grande amigo de seu pai, vai revelando os fatos para Matilde, que reage fortemente a todos eles.

Laços familiares, genética, são destrinchados de forma fluida pela autora, assim como a busca de Matilde por sua identidade.

Um bom livro.

Tamiris Durigan 28/10/2023

"A loucura atropela, quando é a verdade"
Não estava dando muito para este livro. O achei melancólico, opressivo, sufocante e enervante a maior parte do tempo mas no fim eu tava até dando uma choradinha de emoção, achei lindo.

Matilde, a protagonista, por suas condições de ser como é, não é fácil de ser lida. Na vida real, não seria uma pessoa fácil de lidar. O que torna a história extremamente palpável.

Ver a forma como seus relacionamentos e percepções foram ruindo conforme ela foi descobrido a história de onde ela veio e nasceu foi triste e desconfortável. Mas também temos um pouco de luz a partir das aparições do Barão em seus caminhos pela vila.

E no fim, todos merecem um Bitoque para se sentirem mais aprumados e terem como lutar.

jegrandini 02/10/2023

João Maria Matilde
Não foi um dos meus favoritos, foi uma leitura arrastada, difícil em alguns momentos, pois não concordei em muitos. Mesmo assim, consigo ver beleza em partes, consigo entender o porquê ser sensível e favorito pra tantos, ainda que não seja meu.

A escrita é muito boa, várias citações nos primeiros capítulos foram marcadas, profundas e cirúrgicas, mas não ganhou meu coração. A leitura e percepção é realmente singular e individual.

raíssa. 07/07/2023

Esse livro é uma constante de incômodos. Me identifiquei com a personagem em muitos aspectos e isso fez com que a leitura fosse muito mais pessoal.
Gostei muito da escrita da Marcela, pretendo pegar outras obras dela pra ler. É uma escrita fluida e muito assertiva nas descrições. Por exemplo, achei muito boa a passagem que narra a crise de ansiedade da protagonista. Absolutamente real e precisa.

Geisi.Ferla 22/02/2023

Vale
Leitura boa, rápida, do tipo que prende a atenção. Um olhar ?humanizado? sobre a esquizofrenia. Matilde em busca do pai encontra a si mesma.

Andreia410 28/01/2023

Os inquietantes devaneios da mente
O livro conta a historia de Matilde, que que, so adulta, descobre quem é seu pai, ao receber o contato do seu advogado, dizendo que ele morreu e ela precisa ir a Portugal para a leitura do testamento. A partir dai ela começa a ter acesso a história que sua mãe nunca contou, e agora acometida com Alzheimer, nao reconhece mais nem Matilde.
A narrativa é pertubadora, trazendo os pensamentos confusos de Matilde que apresenta sinais de transtornos de personalidade.
Um livro bom, inquietante.

Inspirações Literárias 26/01/2023

A busca pela origem parental
Um livro que fala sobre a busca das origens parentais.

Uma viagen de muitos encontros e reencontros.

Revela que carregamos em nosso íntimo as marcas de nossas origens parentais ainda que não a conheçamos e quando a encontramos nos redescobrimos em nossos pais.

Talita | @gosteilogoindico 25/01/2023

Minhas impressões de leitura
Segundo livro que leio da autora, e fico impressionada com a maneira que ela me "fisga" desde o início da leitura até o fim.
Acompanhar Matilde, sua história presente e seu passado, até então desconhecido, foi intenso, de perder o fôlego e profundo.
Uma leitura e tanto! Recomendo.

Nayara 24/01/2023

"As nossas dores tem o tamanho do mundo, e quando insistem em nos dizer que não, a gente tende a se fingir de louco."

Vinícius 14/01/2023

UM LIVRO DE REDESCOBERTAS
Foi por indicação de uma amiga super antenada que decidi ir em busca de ?João Maria Matilde?, romance consagrado de Marcela Dantés. Como não sou tão conhecedor de Literatura Brasileira Contemporânea, guardei a dica na memória e não me arrependi? quando estava faltando 5 minutos para o encerramento da Festa do Livro da USP de 2022, não hesitei e larguei a fila quilométrica da Companhia das Letras e voei até o stand da Autêntica e arrematei o meu exemplar antes de retornar à fila que eu estava.
Comecei a ler ?JMM? durante o Natal de 2022 para descansar um pouco da leitura da biografia do Samuel Wainer. Cada capítulo era um soco no estômago, por isso tive que ler em doses homeopáticas e o levei comigo para a minha temporada de férias no DF e no RN para me distrair durante as horas de espera dentro e fora dos voos.
Vamos ao livro? em um belo dia, Matilde Belo recebe um telefonema e descobre que seu pai, por quem ansiava conhecer durante a vida inteira, estava morto. Detalhe: João Maria vivia em uma cidade no interior de Portugal e fez a exigência de que seu testamento fosse lido na presença de algumas pessoas, dentre elas, a filha que nunca abraçou. A moça de quase 40 anos, marcada por uma saúde mental nada estável, não possui nenhuma familiar para dividir sua dor, pois Beatriz (sua mãe) está comprometida pelo Alzheimer e a relação com seu Abel, seu namorado, é marcada pela frieza e pelo distanciamento.
Em uma viagem de descoberta da sua própria identidade, Matilde foi obrigada a lidar com seus fantasmas mais sombrios na medida em que as descobertas sobre a relação entre João Maria e Beatriz surgiam como verdadeiras estocadas em sua saúde mental, levando a moça por viagens indesejáveis.
Porém, um personagem fundamental surge para aplacar a dor da protagonista: Bitoque, um cão errante que encontra em Matilde a companheira de uma vida?
Parabéns, Marcela! Seu livro é belíssimo?

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Ingrid752 18/11/2022

Uma coisa que me chamou muita atenção no livro foi o fato de a Matilde, assim como nós mulheres em sua maioria estar sobrecarregada, cansada emocional e psicologicamente, e ainda sim ter que se ?preocupar? com a forma como expressar isso mesmo para as pessoas que são próximas , e como seria vista, e isso acaba sendo mais uma carga que assumimos além de todo resto, e a Marcela expressou isso de uma forma maravilhosamente bem, e que me gerou muita identificação! A escrita é extremamente envolvente e fluída! Li mega rápido e adorei!