Bren 26/09/2023
Ela à Imagem Dele
Para comparar uma coisa à outra, é preciso ter materiais diferentes e bons parâmetros. Pois bem, este é o primeiro livro sobre Feminilidade à luz da Bíblia que eu leio, e se os outros não tiverem essa mesma linguagem, ficarei extremamente decepcionada- o que acredito que vá acontecer mesmo, pois a própria autora do prefácio, Norma Braga, assumiu a singularidade do conteúdo e do tom de Francine, dos demais livros de mesmo tema. Por outro lado, fico feliz que este tenha sido o primeiro!
Que leitura fluida, leve e prazerosa! Fran traz à tona vários temas difíceis e delicados ligados à feminilidade e ao desempenho da mulher, tanto na igreja, quanto na sociedade. Ela fala sobre o privilégio de ser mulher, e sobre a nossa importância, na Criação e no Reino, desde então. Sua fala é firme, porém graciosa. Sua escrita é simples, porém, não é simplória.
Toda menina e toda mulher cristã (e não cristãs também) deveriam ler este livro! Seria bom que os homens lessem também. Bem como a Fran expõe, em seu último capítulo, acerca de um judeu influente- chamado Ben Sira- que difundiu vários ensinos heréticos, inclusive acerca da mulher, hoje vemos também muitos pregadores que distorcem igualmente a Palavra de Deus aos seus caprichos e falam absurdos sobre a mulher e o seu verdadeiro papel e propósito. E o único jeito de combater estes maus ensinos é lendo a Palavra e bons livros. Buscando o conhecimento de fato. Até porque, a própria Bíblia diz que "o povo perece por falta de conhecimento".
Por fim, termino este breve comentário com uma citação do último capítulo desta maravilhosa obra:
"[...] Nós somos mulheres, e não homens. Somos filhas, e não filhos. Não somos independentes dos homens nem suas adversárias. Somos, assim como eles, missionárias e teólogas, aceitas e incluídas. Somos parte da Noiva do Cordeiro. Em um mundo no qual ser mulher é algo perigoso, difícil e pesado, meu desejo sincero é que consigamos olhar para as páginas das Escrituras e enxergar o Deus que se revela ali como um Criador amável, um Redentor sempre favorável às mulheres. [...] Há muitas ideias a serem refutadas e muitas verdades a serem redescobertas. Termino estas linhas em lágrimas porque me sinto muito amada. Nosso Senhor Jesus Cristo declarou em alta voz seu amor pelas mulheres, e eu não sei mais silenciar o ecoar desse grito em meu coração, nem ignorar o carimbo de Imago Dei em meu rosto refletido no espelho. Não consigo evitar bradar àquelas que, como eu, carregam o privilégio de ser mulher, que, de fato, nossa feminilidade não constitui um fardo, mas, sim, asas. É tempo de nos enxergarmos como realmente somos, pela graça- livres para voar.
Voemos, irmãs amadas! Voemos!"
Pág. 231, Francine Veríssimo Walsh.
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