Brina 09/04/2024
Inevitável realidade
Li ?Quatro Mil Semanas" e "Hábitos Atômicos" juntos e achei bem interessante como, a princípio, podem parecer similares, mas logo se percebe que são primos distantes com visões bem diferentes sobre o mundo.
Enquanto "Hábitos Atômicos" nos empurra para para a ideia de otimizar cada segundo e correr incansavelmente atrás do relógio, "Quatro Mil Semanas" nos convida a pensar sobre a finitude do nosso tempo. Inegavelmente não conseguiremos fazer tudo, por isso deveríamos escolher com mais sabedoria o que realizar e o que negligenciar. Precisamos aceitar essa verdade absoluta para conseguir viver um vida mais plena, sem ansiedades e sofrimentos desnecessários.
O autor apoia-se bastante em princípios da meditação e budismo. Achei engraçado que, apesar dele fazer citações diretas de monges e pensadores budistas, em um momento do livro, ele demonstra um leve criticismo às práticas de meditação e mindfulness.
Ao meu ver, a ideia essencial do livro é, essencialmente, mindfulness. Ou seja, prestar atenção ao momento presente e aceitá-lo como ele é. Inclusive, ele usa uma frase que já vi sendo bastante utilizada em livros de meditação e textos budistas para descrever a realidade: ?é isso aí?.
A leitura desse livro, apesar de às vezes ser um pouco repetitiva, é bastante instigante por conta de seu caráter reflexivo. A ideia central do livro está atrevidamente resumida em suas últimas páginas, contudo, acredito que vale a pena a leitura completa. É isso aí.