Resenhas - Norte e Sul

Michele.GaviAo 07/06/2021

Um livro cheio de perdas e dor onde se abrir para amor é um ato difícil, mas que no final o amor é a melhor escolha.

Letícia Alves 03/06/2021

Margaret e John conseguiram roubar de Elizabeth e Darcy o posto de casal favorito dentro do meu coração.....

Sem palavras pra escrita de Gaskell. Desculpe Austen, mas no momento vc pulou pra segundo lugar no meu pódio pessoal

Maria 23/05/2021

Maravilhoso
A comparação com Orgulho e Preconceito é injusta em muitas questões. Mas o que mais acho incrível é como nuances politicas se misturam com a história dos personagens, luta de classes misturada aos sentimentos de Margaret Hale.
A narrativa de Gaskell é adorável também, proporcionando uma leitura fluída.

Alice 13/05/2021

Um clássico dos clássicos, tem uma linguagem fluida mas é um tanto denso, as pessoas pensam de mais e falam de menos mas a história é boa! Traz o contraste da industrialização na Inglaterra e dos diferentes costumes!

Amanda Bento 04/05/2021

Karl Marx meets Jane Austen
Esse livro não é um Orgulho e Preconceito na Revolução Industrial, mas é um O Capital, só que romântico. É cheio de nuances e provocações socioeconomicas, com pessoas devastadas pela pobreza ou outros pela riqueza doentia. Ela queria: romance. Ela teve: quebra pau político.
E eu amei!

Taynara @adamadolivro 20/04/2021

NORTE E SUL – ELIZABETH GASKELL
Olá leitores, tudo bem com vocês? Espero que sim! Essa semana eu tive a honra de ler mais um livro da Elizabeth Gaskell e novamente fui FISGADA por essa ESCRITA ENVOLVENTE e calorosa, espero que vocês também tenham a oportunidade de ler esse livro, o qual trouxe tanto conforto ao meu coração. 💫

“Ele chegou mais para perto dela. Ajoelhou-se ao seu lado para ficar com o rosto na mesma altura que o ouvido dela, e sussurrou ofegante: - Tenha cuidado... Se você não me falar nada eu irei considerar de um modo estranho e presunçoso que você me pertence. Se quiser que eu parta, mande-me embora imediatamente, Margaret!”✨

MARGARET HALE é uma jovem dama criada no sul, seu modo cortês e educado reforça a imagem recatada e cristã da personagem. Quando seu pai (um pároco) entra em um dilema RELIGIOSO, não há outra saída se não o acompanhar para a cidade de MILTON no NORTE, juntamente com sua mãe e a sua criada.

Em Milton ela conhece o poderoso empresário JOHN THORNTON, que toma lições de LITERATURA com o Sr. Hale, fazendo uso de sua riqueza para a EDUCAÇÃO do mesmo, visto que teve uma infância pobre e cheia de RESPONSABILIDADES.

John se encanta com Margareth a primeira vista, mas descarta a possibilidade de um RELACIONAMENTO, acreditando no preconceito e SUPERIORIDADE que a moça demonstra quando estão juntos, além de que todas as suas conversas se tornam discussões impetuosas.

Além do ROMANCE muito bem protagonizado, o livro aborda questões POLÍTICAS e burocráticas que são presentes na diferença das CLASSES SOCIAIS. Os personagens secundários reforçam essa crítica trabalhando com cargas horárias extremas, salários de fome, condições de trabalho que prejudicam sua saúde e muito mais.

Esse é um livro extremamente romântico e CRÍTICO. Uma leitura saborosa e afiada, com algumas semelhanças com Orgulho e Preconceito, recomendo para os fãs da Austen e Charlotte Bronte, leitura obrigatória! Até mais leitores!

Gaby 15/04/2021

Os primeiros capítulos são meio cansativos, mas depois a história começa a fluir melhor.
Amei demais a história, realmente tem lá suas semelhanças com Orgulho e Preconceito mas de forma alguma é uma cópia.

Em algumas discussões entre os personagens fiquei confusa sobre o que eles estavam debatendo. Rsrs

John Thornton é o único capitalista possível de se apaixonar, embora eu esteja sempre 100% ao lado dos trabalhadores. Apesar dos pesares, gostei de algumas visões que ele teve e o respeito que ele teve pelo o Mr, Higgins no final.

É uma pena que a história teve que ter seu final corrido, pois acredito que se não fosse isso, a história seria perfeita! Acabou que fiquei com a sensação de que a aceitação entre os dois foi rápida demais. Gostaria de ter lido mais, uma pena.

Pra quem gosta de romance de época, vale muito a pena.

Amanda 10/04/2021

Perfeito!
Não sei por onde começar! Eu amei cada segundo que passei com este livro. A história é sensível, doce. Mostra tanta dor e luto, mas sempre com a doçura e amparo do amor de amigos e familiares.

Me deliciei com as profundas reflexões que eram feitas em cada conversa. Invejei essa habilidade que sempre vejo nestes romances de época, habilidade que parece ter se perdido com o passar dos anos. As pessoas hoje em dia não pensam nem por um segundo antes de falar, a realidade seria tão melhor se tivéssemos um pouco desta reflexão que há de sobra nesse livro.

Aqui há um spoiler:

A forma como o amor é desenvolvido no coração de Margaret e de John, como seus sentimentos são amadurecidos, como foram humildes ao se permitirem enxergar pelos olhos do outro e entenderem seus motivos e razões e assim permitirem que suas fortes opiniões fossem senão mudadas, abrandadas, é deliciosa! Essa onisciência do narrador, que mostrava tão bem o desabrochar desse amor em cada um deles foi o que me fez suportar feliz o fato de só terem finalmente se lançado nos braços um do outro na página 742 em um livro com 744 :) rs

Um livro que vale a pena, uma leitura que recomendo fortemente. Já estou com saudades desse casal que conquistou meu afeto e respeito!

Bruna Peixoto 27/03/2021

Fazia bastante tempo que queria ler, e achei muito bom. Para quem curte livros de romance com contexto histórico irão gostar bastante desse livro.

Jerba 15/03/2021

Margaret Hale/Norte e Sul. Elizabeth Gaskell, Pedra Azul.?
Margaret Hale, de 19 anos, retorna para a idílica aldeia do sul de Helstone depois que sua prima, Edith, se casa com o capitão Lennox. Ela viveu por quase 10 anos em Londres com Edith e a rica tia Shaw, para aprender a ser uma dama. Sua vida sofre uma reviravolta quando seu pai, o pastor local, deixa a Igreja da Inglaterra e a reitoria de Helstone por uma questão de consciência; sua honestidade intelectual tornou-o um dissidente da religião. Por sugestão do Sr. Bell, seu velho amigo de Oxford, ele se instala com sua esposa e filha em Milton-Northern (onde o Sr. Bell nasceu e possui propriedades). A cidade baseia sua economia nas manufaturas de algodão e vive o conflito entre mestres e trabalhadores típico da Revolução Industrial. Margaret acha a movimentada e esfumaçada Milton dura e estranha, ficando chateada com a pobreza que vê. Com problemas financeiros, Sr. Hale trabalha como tutor; um de seus pupilos é o rico e influente industrial John Thornton, mestre da Marlborough Mills. Desde o início, Margaret e Thornton entram em conflito um com o outro; ela o vê como grosseiro e insensível, e ele a vê como arrogante.

Durante os 18 meses que passa em Milton, Margaret gradualmente aprende a apreciar a cidade e suas pessoas trabalhadoras, especialmente Nicholas Higgins (um líder sindical) e sua filha Bessy, com quem ela faz amizade. Bessy ficou doente por inalar penugem de algodão, algo que posteriormente a mata. Ao mesmo tempo, a própria mãe de Margaret está ficando doente e uma greve de trabalhadores está se preparando. No fim, mestres e trabalhadores não resolvem seus conflitos, e uma multidão enfurecida de trabalhadores ameaça Thornton e sua fábrica depois que ele traz trabalhadores irlandeses para manter a produção durante a greve.

Margaret implora a Thornton para intervir e conversar com a multidão, mas ele apenas alimenta a raiva dos trabalhadores. Margaret se manifesta e é atingida por uma pedra. Os soldados chegam, a multidão se dispersa e Thornton leva Margaret dentro de casa, professando seu amor à sua figura inconsciente. Thornton propõe casamento; Margaret recusa, despreparada para suas declarações de amor e ofendida por ele ter pressuposto que sua ação na frente da multidão significava que ela nutria sentimentos por ele. A Sra. Thornton, que vê as maneiras do sul de Margaret como arrogantes, fica ultrajada pela rejeição recebida pelo filho.

O irmão ausente de Margaret, Frederick (procurado por motim naval), visita secretamente a mãe moribunda. Thornton vê Margaret e Frederick juntos, e assume que ele é seu amante. Leonards, um homem de Helstone, mais tarde reconhece Frederick na estação de trem. Eles discutem; Frederick afasta Leonards e Leonards morre pouco depois. Quando a polícia pergunta a Margaret sobre a briga, ela mente e diz que não estava presente. Enquanto o magistrado investiga a morte de Leonard, Thornton sabe que Margaret mentiu, mas declara o caso encerrado para salvá-la de possíveis perjúrios. Margaret se sente humilhada por Thornton ter agido em seu nome, passando a reconhecer a profundidade da personalidade dele.

Nicholas, por sugestão de Margaret, aproxima-se de Thornton para buscar trabalho e eventualmente obtém um posto. Thornton e Higgins aprendem a apreciar um ao outro e a entender-se. O Sr. Hale viaja para Oxford a fim de visitar o Sr. Bell e acaba falecendo, e Margaret volta a morar em Londres com a tia Shaw. Ela visita Helstone com o Sr. Bell e pede-lhe para contar a Thornton sobre Frederick, mas o Sr. Bell morre antes de fazê-lo. Ele deixa a Margaret uma herança que inclui Marlborough Mills. Thornton é forçado a limitar a produção devido às flutuações do mercado e à greve, e tem medo da falência. Ele aprende a verdade sobre o irmão de Margaret através de Nicholas Higgins, e vai a Londres resolver sua situação financeira com Margaret. Quando Margaret apresenta a Thornton uma generosa proposta, ele percebe que ela não é mais indiferente ou antagônica a ele. Ele novamente propõe casamento e, desta vez, ela aceita.

Dessa 01/03/2021

Conflito de ideias
O romance de Gaskell é de uma atualidade perturbadora e a delicadeza com que ela trata os problemas sociais de sua época é impressionante.

É interesse notar o tratamento que ela dá ao conflito de ideias da Margareth e do Mr. Thornton e deste com Nicholas Higgins. Gaskell viveu em uma Inglaterra de crescente ebulição, por conta dos desdobramentos da Revolução Industrial, os conflitos de ideias eram comuns, de um lado a aristocracia decadente versus a burguesia em ascensão, de outro, empregadores e empregados, todas essas visões se emergiam, colidiam-se, borbulhavam, e ninguém parecia querer se entender.

A autora conseguiu extrair uma extraordinária narrativa do que era ordinário na sua época, e seus personagens demonstram muito bem isso. Todos eles se deparam com seus preconceitos, e em um primeiro momento, nenhum deles quer entender o outro, Margareth se recusa a entender o Mr. Thrornton, já ele e Nicholas sequer cogitam a possibilidade de conversarem sobre seus pontos de vista, é apenas quando eles abaixam suas barreiras e escutam um ao outro, que o diálogo se torna possível. Todavia, como em muitos relacionamentos humanos, isso não é feito, nem acontece, da maneira mais fácil.

jua 19/02/2021

Me surpreendeu!!
Acabo de ler esse livro e com certeza se tornou um favorito, não é o melhor clássico que já li mas é com certeza um dos mais diferentes em relação a temática histórica.

Os personagem são bem construídos, inclusive os secundários, e a evolução deles é clara. Um ponto positivo que eu também achei negativo foi a riqueza de detalhes nas descrições, muito pertinente quando para caracterizar os cenários da época (principalmente em relação as fábricas e a luta de classes) e a natureza/pensamentos de alguns personagens, porém excessiva quando para descrever paisagens ou relatos de personagem que não eram necessários ao meu ver e que acabou por tornar a leitura cansativa em diversos pontos.

É impossível não notar as semelhanças, pelo menos em relação a dinâmica dos personagens principais, com o livro Orgulho e Preconceito porém apesar disso a historia é bem diferente e a problemática mais explicita.

O final acredito que deva ser um consenso entre os que leram foi um pouco decepcionante, achei apressado e senti falta de um dialogo mais profundo, não houve uma "conversa" sobre os desentendimentos, uma explicação não somente sobre a mentira contada mas também em relação aos preconceitos e falas duras presentes no inicio do livro, que era algo que eu estava esperando.

O livro em si prendeu totalmente a minha atenção, é preciso persistir durantes as primeiras 100 páginas que são mais arrastadas, mas depois disso a leitura flui bastante. Gostei dos contrastes que mostraram, primeiro entre o norte e o sul e depois entre empregados e empregadores. A leitura foi muito interessante, principalmente por mostrar elementos da Revolução Industrial e o romance apesar de estar presente no livro não se sobrepõem ou ofusca a histórica, vale muito a pena ser lido.

Obs: nem vou entrar em detalhes sobre as mortes mas meu Deus quanto sofrimento para uma pessoa só. A raiva que a Margareth causou no inicio foi substituída por admiração depois de tanta perda, lidou com classe.

Grazi 16/02/2021

Muito bom
Primeiro contato meu com a autora... achei bem interessante a escrita, história que prende... lembra meu romance preferido da vida ?Orgulho e Preconceito?.