Ley 10/07/2023Queria ter gostado mais, mas...Comecei essa história graças a minha fraqueza de ceder quando vê uma capa bonita, e convenhamos, a capa desse livro é incrível, e nem sou fã de homens seminus em capa de livro. Depois desse motivo, também me interessou saber que essa história iria trazer os quatro cavaleiros do apocalipse e cada livro contaria a história de um desses. Esse é um romance que mistura fantasia, e acompanha Sara, uma bombeira.
O mundo entra em colapso quando um ser estranho aparece e por onde ele passa, pessoas ficam doentes e morrem. Ele se chama Pestilência e é o primeiríssimo cavaleiro do apocalipse a aparecer. Aos poucos o mundo percebe que o fim dos tempos pode estar cada vez mais perto. Em um plano para tentar acabar com o cavaleiro de uma vez por todas, Sara tenta matá-lo, mas não esperava que isso pudesse ser impossível. Logo que se recupera, Pestilência resolve levar a mulher como refém e exibi-la enquanto continua sua caminhada levando a enfermidade a todo lugar.
Sara é obrigada a presenciar cada ato então. Os primeiros momentos dos dois é doloroso, já que Sara é tratada como um nada. E estamos falando de um ser bíblico que não aparenta misericórdia. Mas com o passar do tempo eles também começam a se aproximar, embora isso seja bem tenso. Pestilência carrega a incumbência de espalhar a doença, portanto faz seu trabalho bem feito. Ele é intrigante, um ser misterioso, mas que faltou em entregar mais dessa misticidade da natureza. Achei ele raso demais, e quando se aprofunda, não me cativou.
O livro basicamente gira em torno de uma caminhada extensa, parando apenas para suprir as necessidades básicas de Sara. Achei o enredo um tanto fraco, a caminhada só fica interessante em alguns momentos, o que não foi o bastante para mim.
O romance, que é um dos maiores atrativos, foi bem básico e tenso, não senti aquela química boa entre os personagens, e me pareceu mais forçado. Gosto muito da dinâmica entre casais inimigos que vão tendo um desenvolvimento bacana no processo. Mas devo ter colocado expectativas demais em cima deles, e achei até mesmo a descrição das cenas entre eles sem química.
Minha sorte é que o livro é pequeno. Gostei da ideia da história e isso me salvou. A problemática dele acerca dos deveres de Pestilência são muito interessantes, mas achei a resolução final simples demais. Sara, como é esperado, tenta a todo custo mudar o rumo das coisas, sendo machucando Pestilência ou procurando mudar sua concepção. E o que dar a entender, é que o dever é pesado demais e não há escapatória para a humanidade. Mas o final, o momento de decisões, passa tão rápido e simples que me perguntei pra quê tanta tempestade já que termina assim. A história tem uma escrita bem rápida, e o finalzinho promete o próximo cavaleiro chegando: Guerra. Torço para gostar dos demais volumes.
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