Todos os nossos ontens

Todos os nossos ontens Natalia Ginzburg




Resenhas - Todos os Nossos Ontens


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Ninasg 30/06/2020

Um livro que foca nas relações daqueles que não foram pra guerra, mas que viram amigos e familiares indo. A autora é direta em algumas partes e deixa subentendido em outras o que acontece com o emocional e o psicológico daqueles que viveram durante a 2 GM na Itália.
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Ana Helena 16/06/2024

Como explicar?
Você finaliza um livro excepcional, domingo 22:10, e pensa: como explicar como esse livro te tocou?

No começo a leitura parece até infantil, a forma narrativa usada faz com que as coisas sérias e superficiais sejam narradas do mesmo jeito, trazendo o peso das palavras apenas para o leitor.

Mas aí, você continua lendo e vê que tudo isso, a forma narrativa, não passa de uma camada do livro pra mostrar como essas pessoas viviam.

Os personagens são tão cativantes que me peguei amando Cenzo Rena e me afeiçoando ao pobre Franz.

Acho que o livro tem muitas camadas que ainda preciso entender e estudar, mas, não posso deixar de já notar como ele é excepcional e como sinto carinho e afeição pela Anna.
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Gabriela Silva 29/06/2020

Um bom livro
Simples, mas de uma simplicidade humana, os traumas, as perdas, as angústias são tratadas de uma maneira quase seca, sem os floreios literários, o que nos traz muito a ideia de um sentimento real, cheio de dor e de força pra superar.
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Michelle 29/06/2020

Minha primeira experiência com a autora. Livro conta diversas histórias ao mesmo tempo tendo sempre o mesmo observador. Apenas os personagens que terão suas trajetórias aprofundadas são chamados pelos nome. Uma obra lindamente construída.
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@fernandajfguimaraes 29/06/2020

Duro, forte, direto, sensível, cativante.
¶Leitura finalizada e uma sensação de abandono e perda no coração. Acredito que o momento histórico que nós estamos vivendo, especialmente nós brasileiros, me fez mergulhar fundo na história da Natalia Ginzburg e, inclusive enxergar, talvez de maneira muito equivocada, pontes entre o enredo de Todos os Nossos Ontens e a realidade pandêmica e política atuais.
¶Eu me apaixonei pela escrita da Natalia. Não sou formada na área de Letras, não tenho formação literária, resumindo, sou leiga. Entretanto, vou tentar expressar o que senti, sem dar spoilers.
¶A Natalia me cativou com sua escrita dura, direta, seca, sarcástica. Senti uma espécie de humor interno, algo que só quem realmente mergulha na história, percebe. Não demorei para entrar no ritmo dela. Um ritmo para muitas pessoas, esquisito. Percebi que vários leitores não gostaram da forma como ela escreve, muitos acharam que a narrativa se arrastava e, ao longo de muitas páginas, era como se nada acontecia. Contudo, creio que isso se deva ao fato de que muitos criaram falsas expectativas, na ânsia de ver uma típica história com grandes e arrebatadores fatos sobre a II Guerra e o Nazifascismo. Ledo engano. Na verdade, o ritmo da escrita é controlado pela forma peculiar de pontuação. Eu achei isso de uma maestria extraordinária.
¶Senti que o "pulo do gato" da Natalia foi justamente tecer seu enredo nas minúcias do cotidiano de pessoas comuns, como qualquer um de nós, simples mortais. Suas personagens, da minha perspectiva, se encaixam em tipos muito triviais que reagem das formas mais inusitadas diante de crises e conflitos. Temos os covardes e inúteis, temos os fúteis e alienados, temos os ingênuos sonhadores, temos os desesperados e surtados, temos os lúcidos e conscientes, temos os aproveitadores, temos os corajosos.
¶Também temos uma narrativa em duas partes que ora nos apresenta a região Norte da Itália, sua burguesia, seu ritmo urbano-industrial, mais tarde o despontar da resistencia; ora apresenta a região Sul com sua rotina mais lenta e seus camponeses. Cada uma reagindo de maneiras diferentes à crise.
¶Enfim, essa obra ficará guardada em um lugar especial da minha memória. Recomendo!
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Thatyane Jardim 28/06/2020

A sensibilidade e objetividade de Natalia
Conhecer o lado de duas famílias que se entrelaçadas não só pelos dedos do fascismo como pela guerra, e perceber que mesmo com todo o caos "exterior" os conflitos internos não se interrompem e os personagens precisam continuar lidando com seus sentimentos, suas ações e suas consequências, ao mesmo tempo que lutam para resistir aos ideais fascistas. Ver esse enredo pela narrativa de Natalia me deixou envolvida ao ponto de não conseguir dormir sem terminar o livro. O desejo de preciso saber mais dos personagens e pelas suas palavras era tremendo. E mesmo com todas as mudanças que acompanhamos ao longo do livro o final lhe proporciona um conforto quase que natural, como se você tivesse passado por tudo aquilo ao lado deles e se sentisse da mesma forma.
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Oseas.Carlos 28/06/2020

Todos os nossos ontens
Ambientado inicialmente no norte da Itália, no período do início ao fim da segunda guerra, o livro de Natália relata as relações familiares entre duas famílias de classe média.

O pano de fundo da história é a guerra que, conforme o livro vai avançando, vai tomando forma e acaba influenciando de diversas formas as vidas dessas pessoas.

A escrita de Natália é única e nunca havia me deparado com uma linguagem genial, capaz de simplificar o contexto e a complexidade de tempos bélicos numa linguagem prosaica e, ao mesmo tempo, tão poética.

Todos os nossos ontens foi capaz de situar o leitor, através das reações, das transformações e das perspectivas de vida dos personagens, num mundo que está a beira do colapso e sem ciência do que pode vir no futuro (assimilei ao contexto pandêmico ao qual vivenciamos na data de hoje)

Concluindo: recomendo demais a leitura. Depois disso vou até buscar novos escritos de Natália Ginzburgh.
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Nathália 26/06/2020

"a alegria é também feita de arrepios gelados, um medo enorme de errar e vontade de correr adiante"
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LETRAS e VEREDAS 30/06/2020

Todos os nossos ontens
Natalia Ginzburg (1916-1991) é uma das principais representantes da literatura italiana do século XX. Sua obra literária é marcada pela temática da resistência antifascista e pela denúncia da anulação e do aniquilamento dos indivíduos pelo fascismo.??

Narrado em terceira pessoa, num estilo direto e sem a utilização indiscriminada de metáforas e abstrações, "Todos os nossos ontens" (Tutti i nostri ieri, 1952) divide-se em duas partes: a) a primeira enfoca as relações quotidianas de duas famílias, que vivem numa pequena cidade urbana, ás vésperas da entrada da Itália fascista na segunda Guerra Mundial; b) na segunda parte, a história concentra-se em torno de Cenzo Rena, na cidade camponesa de San Constanzo, situada ao sul da Itália.??

Em sua obra literária e ensaística, Natalia Ginzburg concedia um papel privilegiado ás reminiscências familiares e á dimensão de pertencimento e conflito na dinâmica familiar. Em Todos os nossos ontens, a família é retratada pelo prisma da decomposição e da fragmentação de seus laços de convivência, provocados pela barbárie asfixiante do fascismo.??

Não é fortuito, portanto, os sentimentos de melancolia e de perda que atravessam a narrativa de Todos os nossos ontens. De qualquer modo, nunca é demais registrar que esses sentimentos amargos não podem ser confinados no silêncio, pois como afirmou Natalia Ginzburg no livro Pequenas Virtudes:??

"Entre os vícios mais estranhos e mais graves de nossa época deve-se mencionar o silêncio. [...] Arrancadas dolorosamente ao silêncio, emergem as poucas e estéreis palavras de nossa época, como sinais de náufragos, fogos acesos entre colinas longínquas, frágeis e desesperados chamados que o espaço engole". (p.91-92)??
??
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Rodolfo Vilar 25/06/2020

Profundo
Contando sobre um bom período do movimento fascista na Itália da segunda guerra mundial, Natália Ginzburg consegue mesclar laços familiares com a historicidade que os rodeia. Esse é um livro sobre laços, sobre o humano, sobre a transformação de cada indivíduo. https://t.co/5rGKlg2aw9
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Raissa594 24/06/2020

"todos os nossos ontens"
Ele conta a história de um grupo de amigos (duas famílias) que vivem e enfrentam a sua maneira o fascismo italiano e a 2ª Guerra Mundial. Discorre sobre suas relações entre si e com a sociedade.
Primeiro, ele é escrito em terceira pessoa e divaga entres as percepções de alguns personagens, o que normalmente não me atraí. Porém, a autora trás tanto sentimento pro texto de uma forma tão nua e crua, que acabei me envolvendo com a história e sentido tudo junto aos personagens. Do meio para o fim, a cada capítulo a autora nos desfere golpes de facas que nos atingem impiedosamente. E dói.
Eu acho que é uma leitura muito válido e interessantíssima, apesar de o início ser um pouco arrastado.
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Vitória Dias 20/06/2020

Este, sem dúvidas, é um livro contado.
É como se a autora, Natália Ginzburg, sentasse ao teu lado e te contasse como a família de Anna passa pelo regime fascista de Mussolini. Mas atenção: o centro da história é a família, as relações interpessoais, as injustiças, as faltas que cada personagem sente. O regime, a decadência familiar, a pobreza do sul da Itália, a Segunda Guerra são apenas paisagens de uma vida difícil e cheia de perdas.
Não é um livro que aconchega. Ele incomoda, instiga, te faz querer ligar os pontos e saber exatamente em que ponto da história do mundo a Anna está vivendo. Os personagens não são montados de forma complexa e é justamente isso que me fez sentir o vazio de cada um deles. Me senti representada pelo estilo da escrita da autora, aliás. É cheio de "E"s, sem muitos conectivos. Não foi um ponto negativo pra mim, mas sei que pra outros pode ser que seja.
Leia, talvez não exatamente esse livro, isso não é uma dica, só uma registro. De qualquer forma leia alguma coisa, sempre vale a pena.


site: https://www.instagram.com/v.itdias/
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lara 20/06/2020

Todos os nossos ontens
Sabe aquele livro que vc quer guardar no coração ?, então, Todos os nossos ontens é esse livro . Fala de um passado em comum, percorrendo memórias coletivas, com uma narrativa diferente , me prendendo do início ao fim. Concentrando em duas famílias no norte da Itália, vivenciando o regime fascista e a segunda Guerra Mundial. Foi uma experiência de leitura tocante com uma narrativa original e cativante .
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