Priscila.Damiani 27/12/2023
@ler.terapia
(Esta resenha não contém spoiler)
?Elas não precisam falar para se entender, não precisam de palavras para se comunicar"
As Vitoriosas é diferente de tudo que já li. Um livro que se alterna entre fatos reais e ficção.
A história se desenrola em dois tempos, em 1925 e atualmente, em Paris.
Temos como protagonistas Blanche Peyron e Soléne. Mas também posso dizer que todas as mulheres desse livro foram protagonistas em determinado momento. E no meio desses protagonismos, o Palais de la Femme, que faz com que as histórias dessas mulheres se cruzem.
Soléne, uma advogada sobrecarregada que passa por um grande trauma na carreira, se afasta para cuidar um pouco mais de si e principalmente de sua saúde mental.
No meio do seu tratamento é orientada a fazer algum trabalho voluntário. Algo que foge totalmente de sua zona de conforto.
A partir dessa escolha sua vida começa a mudar completamente.
Um personagem complexo e intenso. Mas tão real que por várias vezes me comparei a ela. A sua verdade, sinceridade, humanidade. Coisas feias até, mas coisas reais.
Em contrapartida, Blanche, uma mulher tão incrível e forte, difícil de acreditar que realmente existiu.
Blanche Peyron, lutou com unhas e dentes pela causa de mulheres excluídas, violentadas, imigrantes e pobres. Ela que foi o início de tudo.
O início de uma Paris mais esperançosa e digna. De empatia e solidariedade.
E partir dela, ter histórias de mulheres Vitoriosas de verdade.
Nunca tinha lido nada de Laetitia Colombani e me apaixonei. O que mais me agradou foi a forma natural que ela conduz o enredo. Algo real, que te prende desde o início da leitura, mesmo sendo uma leitura densa, fluí perfeitamente.
Então, super recomendo a leitura e com certeza lerei mais da autora.
Alerta de gatilhos com os temas: abusos, abandono e violência.
CURIOSIDADE: Depois da leitura pesquise um pouco mais sobre o Palais de la Femme, com certeza vai enriquecer ainda mais a sua leitura
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"Medimos os grandes amores e os grandes projetos com base nos riscos que corremos por causa deles."