Resenhas - Terra Papagalli

Aryana 12/07/2021

Fantástico!
Em um navio, que leva toda sua vida para longe, Cosme Fernandes, que mais tarde se chamará Bacharel, é degregado por um crime cometido. Neste navio, Cosme conhece outros 12 criminosos também deportados.
Após algumas aventuras no mar, os degregados são abandonados numa terra desconhecida. Lá, eles convivem com os nativos e se deparam com ações e comportamentos impensáveis a homens cristãos portugueses: nudez, poligamia e canibalismo.
Anos se passam, e Bacharel narra todos os acontecimentos, em forma de cartas, vivenciados por eles.

O livro é dividido em vários capítulos curtinhos, e existe um aspecto cômico que deixa tudo mais fácil e rápido de ler. Eis a oportunidade de mergulhar num romance didático e divertido, que brinca de maneira séria com os primeiros anos da colonização. E de quebra, ainda oferece 10 belos e sarcásticos mandamentos para bem viver nestas paragens. Imperdível!

MatheusPetris 10/11/2023

Há, em Cosme Fernandes, o chamado Bacharel, narrador-testemunha de Terra Papagalli, elementos irônicos que se dão a ver. Enquanto Cosme narra os feitos, principalmente os ensinamentos aprendidos no Paraíso (O brasil antes de ser Brasil), muitos deles ditos populares, ele aponta para certas características nossas (brasileiras) como se fossem de exclusividade tupiniquim. A ironia reside também nessa viela, pois são características facilmente generalizantes a todos nós (seres-humanos).

Embora o principal catalisador irônico esteja na própria fala, a ironia submerge a nós, leitores-receptores, menos no texto — num provável refinamento de um escritor que se sabe irônico — e mais na recepção dele. Exemplifico. No capítulo intitulado “Em que o Paraíso deixa de sê-lo”, o Bacharel se entristece por ter perdido suas terras com a chegada da tropa colonizadora, o capítulo gira em torno disso e da mudança de nome das terras de “Paraíso” para “São Vicente”. Porém, a tristeza não nasce da mudança de nome, da perda das terras, mas de como a ideia de “Paraíso” criada por ele, agora poligâmico, vivendo da escravização de prisioneiros de guerra, comendo tudo do bom e do melhor (se me permitem o duplo sentido), vivendo não como degredado, ex-prisioneiro, mas como um “rei”.

Meta ficção historiográfica de muito bom humor, Terra Papagalli também diverte, flerta com os absurdos do ultraromantismo, digno das novelas do século XX e XXI. O romance também se experimenta em gêneros. Teoricamente uma carta do protagonista a outro personagem, mistura-se com diário pessoal, bestiário, diário de viagem. Assim, pode-se notar um deboche variado, com a própria História, com os gêneros (literários e textuais), com os colonizadores, com os mandamentos (isto é, com a religião).

O narrador-personagem se leva a sério e, evidentemente, nós, leitores modernos, não. A ironia, então, toma forma. Os bárbaros selvagens são os índios? É uma pergunta que sabemos a resposta. Porém, nas palavras do próprio Cosme, como “a razão não é bem-vinda na casa do hábito”, deixemos isso de lado; sem respostas. Você, leitor, responderá por si.

Mauricio Gonçalves 20/01/2021

Muito divertido
Livro muito leve e de rápida leitura. Muitas partes cômicas, descrições e acontecimentos divertidos. Revira voltas bem encaixadas e sequência de eventos muito clara e simples.
Os mandamentos para se viver bem na Terra dos Papagaios ganha o livro com a descrição atemporal, cômica, porém trágica, de como o Brasileiro interage na sociedade.
O livro em si é muito simples, não é uma obra literária memorável e não deve ser julgado sob esse peso ou ótica. Entrega muito bem o que promete e não possui nada desnecessário, tudo é colocado na medida certa e nos lugares certos.
Me diverti bastante na leitura, os personagens são simples e cativantes, fáceis de compreender, questionar ou odiar. Recomendo bastante.

Beatriz.Linhales 05/04/2021

gera muita reflexão
O livro tem um estilo que eu amo: curto, leve, ficção histórica etc. Dá pra perceber todas as referências, citações, paródias contidas nele, mas ao mesmo tempo, me gerou muita reflexão quanto ao aspecto decolonizador de ver a coisa. No final, é uma ode à um português com pensamentos colonizadores em pequeno porte mascarado pelos dogmas religiosos e pelo fato de não estar efetivamente colonizando nada, visto que não está, nem de longe, em maioria ou com maiores recursos.
Acho muito saudável usar a linguagem do livro, que é satírica e humorística, para criticar esses fatos, mas não foi o que eu li. Me pareceu muito mais uma comédia satírica feita de um português para outro, do que um brasileiro tirando sarro com humor crítico e ácido da nossa história de colonização.
No mais, é muito bem escrito e por mais que tenha me levado para esse campo de dúvidas, me levou a muitos momentos divertidos também. Indico a leitura! (até para ouvir mais críticas boas ou ruins sobre) ;)

Ana Luiza 19/05/2010

xoxo
o livro é bem interessante, conta a história de um homem, que nasceu em Portugal, mas que como foi preso(por ter pegado uma garotinha oh coitado), foi deportado ao Brasil. Na história, ele e mais 6 homens descobriram um mundo novo na Terra dos Papagaios como Barechal(o principal) chamava. Lá(ou aqui), descobriram que haviam outros habitantes(os índios) que no começo os trataram como prisioneiros(para os índios, prisão é colocar dentro de uma oca, com 7 mulheres, dar de tudo e depois comer vivos) mas como eles lutaram contra os índios vizinhos que estavam atacando ganharam o apoio do chefe e não viraram lanchinhos. Após algum tempo, Barechal já tinha mulheres, e construiu um porto para a comercialização de escravos. Algum tempo mais tarde, Lopo da Pina(o amigo dele) rouba o dinheirinho que ele tinha juntado depois de 15 anos, e foge com um navio que havia aportado para Portugal. Como a filha do tio morava lá, o genro viu ele(Lopo da pina) andando por ai, mandou um carta pra Terra dos Papagaios avisando que o safado havia contado para o rei lá de Portugal que na terra dos papagaios havia selvagens, que comiam os homens, e que andavam pelados. Então Lopo e um amigo dele que esqueci o nome, vem para a Terra dos Papagaios e fazem um acordo com o Barechal e os outros 4e meio,(um morreu e outro ficou louco) então Barechal fica com terra nenhuma. Dai o Lopo convida os amigos para um jantar na casa dele e lá o Cosme Fernandes(verdadeiro nome do Barechal) descobre que o Lopo safado pegou a mesma mulher que a 30 anos atrás tinha prometido amor eterno pro coitado. Então Barechal quer revanche e invade a colônia do Lopo pegando ele e a mulher. Só depois descobre que a vaca teve um filho e ele dedicou o livro pra ele. Barechal matou Lopo e comeu o safado, dai eles ficaram pelas terras vizinhas. FIM :D

mahzoca 06/06/2021

descobrimento
o livro é bom, mas realmente não teria lido se não fosse pedido pela escola. a história é boa, mostra aquela tradicional história do descobrimento do brasil, com um toque de humor. achei realmente massa alguns aspectos da época, como as doenças nas navegações, o canibalismo, a cultura, etc (sei que são coisas que a gente já sabe, mas é legal ver em prática). não leria esse livro de novo, mas pelo menos não é um daqueles livros que é um porre de ler.

gihmarcal 02/07/2022

mais uma leitura chata e entediante q a escola obriga os seus alunos lerem

ao invés da escola colocar a gente pra ler livros q vão mudar nosso entendimento, eles colocam isso aí, um livro q vc lê 3 pags mas parece q foram umas 30

Carol 20/12/2022

Educativo
?Terra papagalli? retrata a história de 7 portugueses que foram exilado para o Brasil com o objetivo de conhecer a nova terra, aprender a língua dos indígenas e espalhar a ?palavra de Deus?. Apesar do medo de muitos tripulantes, eles se afeiçoaram da terra, e não queriam mais ir embora quando criaram raízes ali.
.
.
Li esse livro por causa de uma prova e acabei gostando bastante. É um livro meio ficção meio não-ficção, que conta de uma forma bem didática como foi o encontro dos europeus com os indígenas em 1500.
O que mais me intriga é não saber se algumas das coisas que aconteceram no livro foram reais ou não.

Ana 23/01/2014

Terra Papagalli abrange diversos gêneros literários, em princípio é uma carta, porém contém um diário, um dicionário e um bestiário. Trata-se de uma ficção com objetivo de mergulhar o leitor no Universo que era o Brasil Colônia na versão de um degredado. O livro é regido por um mistério que só é revelado nas últimas páginas: para quem afinal Cosme Fernandes está escrevendo esta carta que narra a sua vida ? Com muito bom humor e uma pitada ácida e irônica, este livro mostra como algumas coisas mesmo sendo antigas permanecem atuais.

Este é um livro incomum em tantos aspectos, um deles é que ele possui dois autores, ambos jornalistas, José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta. Nem todas as uniões e alianças funcionam, mas tenho que admitir que esta foi perfeita. O livro é tão bem escrito que dá vontade de ler até a lista de supermercado dos autores (quem leu A Culpa é das Estrelas vai entender a referência). Este sem dúvida é um daqueles livros que nos fazem acreditar no poder da escrita e que escrever é sim uma arte, e uma maravilhosa por sinal.

Tenho que admitir que a princípio não me animei a ler quando minha professora de português nos instrui a lê-lo. Mesmo assim tentei deixar meus pré-conceitos de lado e ir fundo na história do meu país. Aconteceu que desde a capa o livro me fisgou. É sem duvida um dos meus preferidos e sempre estou recomendando para todos, dizendo ''Vale muito a pena ler! Você não vai se arrepender, prometo.''. Aliás resenhando ele bateu uma saudade que acho que vou reler ...

Lu | @rei_no_literario 03/11/2020

Gostei e desgostei ao mesmo tempo
É meio chatinho de ler em boa parte do livro, mas o final tem uns plots que eu NUNCA imaginaria, ainda mais em um livro que eu não tinha nenhuma expectativa.
Conta sobre sobre a época das grandes navegação, em 1500, quando os Portugueses chegaram ao Brasil, mostrando tudo aquilo aquilo que já sabemos de uma forma mais descarada e MUITO exagerada (não pelos acontecimentos em si, mais pelo personagem mesmo que é muito emocionado).
Não é um livro que eu recomendaria, pois as melhores parte só acontecem lá para o final, que tem acontecimentos bem novela mexicana (kkkkk), mas acho legal para quem quer aprender a história do Brasil de uma forma menos formal.



Obs: ****ALERTA SPOILER****







O QUE FOI ESSE FINAL????
Achei até que eu estava em How I Met Your Mother versão 1500 ksksks

Sira Borges 15/04/2021

A terra dos papagaios
Livro divertido do início ao fim. Conta a história de Cosme Fernandes, um dos degredados que foi deixado aqui nessa terra dos papagaios por Pedro Álvares Cabral.

Malu 26/08/2022

Esperava nada
Honestamente eu li esse livro por obrigação, já que era um livro que eu devia ler para a escola, imaginava que nao ia gostar. Felizmente o livro foi contra as minhas expectativas, é um livro que faz com que a gente nao consiga parar de ler, praticamente cada capítulo conta sobre um evento diferente na vida do protagonista. Foi um livro que me prendeu e me fez rir bastante.

estora xota 02/04/2023

Foda
Melhor livro que ja li 10/10 fala sobre os portugueses mt foda simplesmente o final chocante (pog) mt foda amei

Williane 11/04/2021

Terra Papagalli
Foi um livro indicado pela minha professora de português, gostei muito dele, achei muito interessante e divertido, a escrita é ótima, aprendi muitas coisas com ele, foi uma leitura prazerosa, indico ele.

AliciaAraujo 20/06/2022

Amei!
A história do Brasil, possui várias vertentes. Alguns dizem que já conheciam o Brasil, outros dizem que foi encontrado por Portugal. Porém, como foi encontrado se já haviam habitantes?

Eu amei a narrativa, amei os personagens e amei como houve uma mistura entre história da personagem e o conhecimento do lugar juntamente às narrativas histórias e documentadas.

A leitura foi rápida, leve e eu senti a necessidade de continuar lendo até que por fim, o livro terminasse.

Recomendo a leitura para todos, além de enriquecer o conhecimento e fortalecer o patriotismo, causa uma reflexão sobre a maneira que o Brasil foi colonizado e administrado pelos portugueses.