Saudade não viaja bem

Saudade não viaja bem Lu Lacerda




Resenhas - Saudade não viaja bem


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Vania.Evangelista 04/11/2023

"Eu ia do aborto à infância, da infância ao aborto."
Saudade não viagem é um livro para pensar o quanto nós mulheres temos autonomia sobre nosso corpo e nossas escolhas. E principalmente, o peso que carregamos quando essas escolhas não partem de si, mas de alguém tão próximo e que amamos.
Maria Clara, ao realizar um aborto clandestino, por vontade do namorado e não sua, passa a lidar com os efeitos emocionais do pós aborto (a vergonha, a culpa, a lembrança, a fragilidade e a solidão). Nesse estágio de sofrimento, a personagem passa a relacionar suas lembranças dolorosas de viver durante a infância na fazenda (sua mãe alcoólatra, a morte do irmão, o amor pouco verbalizado do pai e as alegria de uma avó que tinha imensa sabedoria sobre a vida), com o seu sentimento de não pertencimento ao lugar que se encontra, pois mudar-se para a cidade grande vai contra tudo o que conhecia e sabia sobre si.
Uma tentativa de ligar as dores do passado, a sua dor do presente e assim justificar sua escolha e omissão. É um livro de capítulos curtos, como se fossem uma confissão da personagem sobre os seus segredos, seus medos e sua fragilidade. Porém, não faz uma discussão profunda sobre o efeito físico e emocional do pós aborto em mulheres que optam pela interrupção da gravidez.
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Luana Almeida 28/10/2022

Comecei a ler o livro bem animada com a história e a escrita, que é fluida. A autora aprofunda bastante nas personagens, mas para por aí. Faltou uma história que justificasse a narrativa. A sensação que dá é que se trata de um compilado de pequenos casos (nenhum muito relevante), até que o livro acaba e não diz a que veio.
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Jaderson.Felisberto 07/10/2022

Campo, cidade solidão!
Permear junto a personagens pelas paisagens urbanas, dos campos. Caminhar com ela é sua família com seus sonhos, e desejos e se aprofundar na sua solidão, frustração.
A riqueza desta história pra mim, foi saber que a vida no campo urbana também permearam as minhas lembranças, eu nunca morei de fato no campo, mas passei por pequenos períodos, que me fizeram sentir a entoação da personagem.
É um livro que achei bonito, mas que também é muito pesado e carregado de sentimentos fortes, contrastantes e emocionantes.
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