Guxta 08/09/2022A melhor opção para iniciantesQuem conhece um pouco de Junti Ito sabe que não é fácil lê-lo. Seus mangás, em maioria, são um pouco cansativos. Geralmente histórias envolvendo uma mesma maldição, ou um mesmo mal. Tomie, por exemplo, são quase 800 páginas envolvendo a personagem. Eu aprendi que Junti Ito é um autor que devemos ler devagar, entre uma coisa e outra. Talvez no formato original, semanalmente, seja o mais indicado.
Porém, no caso de Calafrios, dá pra ler tudo no mesmo dia que não há cansaço. Histórias curtas, bizarras e que funcionam de forma fechada. Mais uma vez citando Tomie, um dos capítulos dessa personagem está presente no mangá. E eu até reli. Eu já não me lembrava daquela passagem específica de Tomie e foi uma boa leitura. Na época que li eu provavelmente fui no embalo e nem prestei muita atenção. Calafrios serve para isso. Ele te entrega histórias que podem nem ser inéditas, mas são leituras excelentes de terror.
Os melhores contos estão no início do mangá até um pouco depois da metade. Em alguns capítulos o autor sai demais da casinha e torna-se confuso. Aliás, é quando ele se explica menos que a história se torna interessante. Cabeças gigantes flutuantes que caçam seus corpos para enforcá-los, bruxo marionete controlando uma família, uma modelo fotográfica peculiar e... faminta, uma mulher que se torna uma obsessão em forma de musa para um pintor, uma maldição que causa uma doença (quem tem tripofobia, não leia, kkkkkkkk), entre outros. O penúltimo, nojento...
Com certeza vale a leitura.