Yoda 09/04/2024
O que dizer sobre essa bomba?
Eu demorei mais de um ano para terminar a leitura e, sinceramente, antes não tivesse terminado. Além de terminar o primeiro livro, tive que imediatamente começar o segundo porque o primeiro acaba de um jeito que te deixa MUITO insatisfeita. Só que o segundo foi tão pior que eu nem consegui terminar. Então, vamos ao contexto.
A protagonista vive num mundo amaldiçoado pelo Rei demônio, todas as criaturas que antes podiam se transformar (metamorfos), agora estavam fadados a viver apenas com a sua forma humana e além disso uma doença se espalhava graças a maldição e a população estava morrendo. Havia também uma maldição na família real e no castelo, onde o tempo meio que parou para eles ao mesmo tempo que, no resto do mundo, o tempo continuava. Nessa história, todos os demônios são seres da luxúria, hiper ultra mega sexuais que aumentam seu poder através do sexo (eles só servem na história pra manter a tensão sexual continua, aparentemente).
No início, Nossa protagonista está tranquilinha, camponesa, atrás de sua flor para tentar curar seu pai quando é atacada por um demônio. No entanto, de repente, é salva por um dragão mágico peladão que deixa ela louca. Ele leva ela para o castelo e diz: você agora é minha prisioneira, vai fazer o que eu mandar, você tava roubando minhas flores e agora vai pagar com a vida uma hahaha( não exatamente assim) e aí a história começa.
Primeiramente, esse é um resumo bem meia boca, mas enfim, gostaria de apontar que comecei a leitura positiva de que iria gostar, pois estava atrás de um Monster romance adulto. E essa história acaba tomando um rumo que muito mal chega no romance,e o que era pra se tornar algo muito bom acabou virando um desastre.
Tem momentos que você se pega achando algo interessante e depois simplesmente perde o interesse. As conversas são fúteis, a fantasia é alegórica. É uma história com muitos altos e baixos. Há uma certa imaturidade em alguns pontos da escrita que não convém com o tema adulto. As observações que quebram a quarta parede, pra mim, tiram um pouco a imersão.
O slowburn excessivo torna a história insuportável de chata, uma ameaça constante de quando vai rolar?Quando vai rolar? E não rola. O livro inteiro é uma enrolação, não há ameaça real, os motivos e os perigos não são nenhum pouco convincentes, nem mesmo os motivos para eles se manterem afastados é crível.
No segundo livro, depois que finalmente bota o meninão pra jogo, pronto, a história despenca da ladeira ainda mais, porque tudo passa a ser só sexo, só sexo, sexo, sexo sexo. Não me leve a mal, literatura erótica é ótimo, mas toda hora? Fica cansativo, chega um ponto que você fica entediada. Já li isso cinco páginas atrás, sabe, não quero ler a mesma cena de novo e de novo. Porque quando não há um equilíbrio, isso fica repetitivo. Não foi muito interessante pra mim. Principalmente porque aquela tensão pelo momento tinha desaparecido.
Foi um completo desserviço, uma história que era pra ser boa se transformou em pura pornografia fetichista. E sinceramente se fosse pra eu consumir porno de baixa qualidade eu não estaria lendo um livro. Não recomendaria nem para meu inimigo.