Sami 18/07/2023
Apenas o MAIOR
A escrita da Mariana é muito confortável, me deixa com aquela sensação gostosinha de querer continuar lendo a mesma história pra sempre e ser amiga dos personagens.
Ler “Kulti” me fez sentir uma montanha russa de emoções, teve momentos em que eu queria socar o Reiner e dar umas boas sacudidas na Sal, já em outros eu ri de doer a barriga ou chorei de soluçar. Além dos óbvios surtos internos em que você se imagina gritando e correndo pela rua por causa de um simples sorriso dado pelo protagonista.
Reiner tem aquela vibe de “odeio todo mundo menos você” que faz o meu coração de shipper bater mais forte. Já a Sal não tem papas na língua e vive xingando mentalmente todo mundo, o que me fez dar gostosas gargalhadas. É impossível não amá-los.
Eles são dois mal-humorados que são obrigados a conviverem juntos, nos presenteando com interações divertidíssima que só um enemies to lovers pode proporcionar. Aos poucos vemos o relacionamento gato e rato se tornar uma grande amizade onde um protege o outro independente do quanto isso custe (literalmente pra ele). E juro que todas as partes em que eles são melhores amigos são lindas.
Mas não vou enganar ninguém, o romance demora muito pra acontecer, muito mesmo, porém a química entre os protagonistas é tão grande que, sinceramente, a demora nem chega a ser um incomodo tão grande (pelo menos não pra mim).
Não posso deixar de citar que “Kulti” também é um livro sobre relações familiares e uma das coisas mais lindas da história foi a relação da Sal com o pai, fiquei diversas vezes emocionada com a conexão e a cumplicidade que eles têm.
O único ponto ruim foi a ausência de um pov do Reiner. Ele é um personagem extremamente introspectivo e complexo, não conhecemos muito do que se passa na sua cabeça e nem detalhes sobre o seu passado, então acredito que seria muito valioso se pudéssemos saber o que ele pensa e como a Sal de fato alterou a vida dele.