spoiler visualizarnsie 20/08/2023
Eu era, mesmo, uma folha na correnteza
O livro me surpreendeu, de certa forma.
A garota sem futuro e o menino sem nome me conquistaram gradativamente. No fim, não chorei com a morte da Sakura, era algo previsto. Mas chorei quando o fulano disse seu próprio nome.
Durante a leitura, não pude evitar me identificar com ele, mais vezes do que gostaria de admitir. A diferença entre nós, é que eu sempre achei que fosse como a Sakura, um presente do Masking.
Me revolta saber que ela o trouxe para o mundo, o fez enxergar os arredores, as outras pessoas. E ainda assim, teve sua vida podada, antes mesmo do que era esperado, de maneira bruta, abrupta e insensível. Finais felizes pertencem apenas a contos de fadas, mas é por precisar me apegar à eles que eu leio. A realidade já é crua demais.
Me conforto com a certeza de que a personagem (além do fato de ser apenas fictícia) estaria contente com seu propósito e o que recorreu à sua partida.
Escolhas, às vezes nós temos escolhas.
Ninguém - nem mesmo eu, ou você - é uma folha na correnteza. Conseguimos escolher se seremos, ou não, levados pelo fluxo.