anelima.arl 17/11/2023
Prende o leitor, mas Rina K precisa inovar...
Com o 4º vol. da série "legacy of gods" que agora acompanha a vida de Landon e Mia, ele sendo filho de Astrid e Levi (Royal Elite), e Mia sendo filha de Rai e Kyle (Throne of vegeance) ambas séries passadas da Rina Kent.
Tanto Mia quanto Lan já haviam aparecido nos livros anteriores da série, Landon inclusive foi um dos responsáveis por várias confusões nas histórias passadas, ele sendo um inimigo jurado dos Heathens o clube que o irmão de Mia, Nikolai, participa.
Já estava claro que eles seriam aquele romance cão e gato desde as interações anteriores deles com Landon chamando Mia de "muda" e ela chutando ele nas bolas sempre que pôde. Fiquei muito interessada pelas dinâmicas dos dois, inclusive, muito curiosa com os motivos que levaram Mia a parar de vocalizar. Já sabíamos que ela não era uma pessoa com deficiência, mas por algum trauma na infância ela parou de falar e passou a se comunicar só por linguagem de sinais.
Dito isto, o livro inicia com Mia em busca de vingança contra Landon, pois ele foi um dos responsáveis pelo ferimento de Nikolai nos livros anteriores. Então Mia se junta a Maya, sua irmã gêmea, para dar uma lição em Landon e apesar de alguns contratempos, seus planos tem o efeito desejado.
Após isso, Landon sabendo quem foi o responsável pelo ato vai atrás de Mia e deixa isso bem claro, em um desses momentos de conflito Landon acaba ativando um gatilho antigo em Mia e ela meio que fica em estado de choque, totalmente paralisada, e nesse momento Landon fica totalmente abismado com a capacidade de Mia em parecer uma estátua, um mármore como aqueles que ele adora esculpir.
Nesse instante Landon passa a ver Mia com outros olhos e ela meio que vira a musa dele, algo que consegue fazer com que ele alcance o auge da inspiração. A partir daí a história vai se desenvolver naquela mesma receita Rina K, Landon sendo invasivo e possessivo e Mia desdenhando dele, mas não conseguindo evitar a atração que nasce entre os dois.
O que vem me incomodando nos livros em geral da Rina é a forma genérica de quase todos os livros. Em legacy of gods, especificamente, ela segue a mesma fórmula pra quase todos: eles se odeiam> ele se torna obcecado por ela> o trauma dos dois é arrastado até 90% do livro e depois é resolvido em passe de mágica> eles dizem que se amam daquele jeito distorcido deles> fim.
É quase sempre a mesma coisa, com poucas variações, tanto que você não consegue definir os personagens pelas personalidades já que são tão parecidas, a única características para diferenciação trazer são as cores que a Rina geralmente reserva aos personagens, assim, além dos nomes parece que tanto os caras quantos as meninas tem a mesma personalidade.
O lance de dar cores e hobbies para cada um deles é muito bom para criar um estética para o personagem, mas além do estilo ela nunca se aprofundar muito em nada, os passatempos e gosto ficam tão de plano de fundo quanto os traumas mal resolvidos.
Eu tinha boas expectativas para o livro, o fato de Mia usar linguagem de sinais me cativou muito porque geralmente amo livros com essa trope, mas apesar de ser algo que foi é mencionado desde os livros anteriores, senti que tudo foi explorado muito superficialmente, principalmente, pelo vício da Rina K em segurar o plot até os últimos capítulos. Aí de repente todo um trauma é resolvido em minutos.
Às vezes funciona porque a gente entende que o drama não é o foco da Rina, mas às vezes fica tudo muito mal trabalhado e acaba não conseguindo virar conexão entre leito e história, sabe?
Os livros são grandes, mas cheios da mesma coisa, não teve nada nesse que não houve nos anteriores, só que com personagens diferentes. Mia e Landon tinham potencial e apesar de serem fofos naquele jeito insano do dark romance, eu não consegui me conectar tanto com eles; nem as cenas hots foram tão boas.
Dito isto, espero que os próximos imóvel mais, dos quatro livros da série, o que mais gostei foi o primeiro, Killian e Glyn, que inclusive era o que estava com menos expectativa.