Maria19377 05/05/2024
Que enemies to lovers fofinho ?
Mara é uma cientista e engenheira ambiental que está enfrentando o caos do luto pela morte de Helena, na qual foi sua orientadora na faculdade e sua única visão de família. Foi graças a Helena que Mara conseguiu o emprego dos sonhos, e apesar de odiar seu chefe, ela ama seu trabalho.
"No papel, eu deveria estar nas nuvens. Mas o papel queima tão rápido. Tão rápido quanto casas em chamas."
O que ninguém estava esperando - muito menos Mara - é que ela estaria no testamento de Helena e que seria herdeira de uma de suas propriedades. Quer dizer... meia propriedade.
Junto a casa veio também um co-morador, o sobrinho de Helena, Liam Harding. Os dois são o completo oposto, Liam trabalha para uma empresa que não se importa com o meio ambiente enquanto Mara é uma engenheira ambiental que trabalha justamente com meio ambiente.
Agora, obrigada a dividir o mesmo teto com Liam, um completo desconhecido que não respeita as regras básicas de convivência, ela terá que lutar para ficar com o que é seu de direito (além dos dois não se darem nenhum pouco bem, Liam está tentando comprar a metade da casa que ela herdou) e ainda terá que resistir ao fato dele ser insuportavelmente lindo e a todos os músculos que Liam ostenta 24h por dia. Será que ela vai resistir ou deixará a lei da atração agir?
"E é quando ele me gira no meio do escritório, num único e perfeito rodopio de pura felicidade, que eu me dou conta. De como eu estou incrivelmente, absolutamente apaixonada por esse homem"
Eles demoram, mas acabam se entendendo principalmente na dor e lembrança de Helena (orientadora de Mara e tia de Liam). O desenvolvimento dos dois é bem fofo justamente por serem bem opostos.
"?Liam? Posso fazer uma pergunta que provavelmente vai fazer você querer jogar a tigela de sopa em mim?
? Isso não vai acontecer.
? Você não ouviu a pergunta.
? Mas a sopa é muito boa"
Essa é o primeiro livro da trilogia Odeio Te Amar e apesar de ser uma novella (um pouco maior que um conto mas menor do que um romance completo), e parecer tudo muito corrido a Ali Hazelwood consegue em pouco tempo de trama desenvolver personagens carismáticos e uma história fluída e que deixa o leitor com um gostinho de quero mais.
Sim, na minha cabeça isso tudo foi um plano da Dona Helena pra juntar os dois e em uma das partes da história o Liam diz a mesma coisa, algumas partes confirmam bem essa teoria, então:
OBRIGADA HELENA POR TER ARQUITETADO ESSE PLANO MALUCO DE UNIR OS DOIS
Mesmo o livro tendo um pouco mais de 100 páginas, Ali Hazelwood consegue mais uma vez entregar um romance divertido e envolvente.
Cada capítulo marca uma passagem de tempo e em meio a uma rotina caótica entre os dois, vemos a evolução do relacionamento entre Mara e Liam - de estranhos que se odeiam e são obrigados a conviver sob o mesmo teto à amigos que assistem o mesmo programa de TV juntos, até finalmente culminar no romance tão esperados pelos leitores (eu fiquei super ansiosa e surtei a cada migalha desse casal que a Ali escreveu).
As provocações diárias praticadas por Mara e Liam me renderam um bom divertimento, isso porque é tudo (ou quase tudo) muito leve e não causa danos reais a nenhum dos dois. Na maior parte do tempo, temos Liam tentando incomodar Mara a todo custo, seja enquanto consome os alimentos que ela guarda na geladeira, ou diminuindo a temperatura do termostato. Para grande parte da população mundial pode parecer besteira, mas pra Mara toda-sistemática-e-certinha, isso é o fim da picada. E quando enfim, eles decidem levantar a bandeira branca, e os conflitos entre os dois deixa de existir, torna-se quase impossível não perceber a atração gigante que eles compartilham. É assim que uma cientista genial e um advogado renomado, passam a viver uma relação juvenil, onde primeiro se desenvolve aquela amizade tímida e confortável, seguida sem muita demora por um interesse amoroso silencioso, cheio de dúvidas, constrangimentos, ciúmes...
"Minha voz falha. Porque Liam está estendendo a mão para roçar os dedos na minha bochecha, com um leve sorriso nos lábios. Meu cérebro entra em curto-circuito. O que ...? Ele...?"
O livro A Hipótese do Amor foi meu primeiro contato com a autora e não é atoa que ele foi um best-seller do New York Times. E com esse aqui não podia ser diferente. Ali Hazelwood não erra.
Ali encontrou em suas histórias STEMinistas uma fórmula de sucesso com temáticas super importantes no cenário acadêmico, que sem dúvida traz um diferencial as suas tramas.
Sob O Mesmo Teto, é um enemies to love clichê, gostosinho de se acompanhar, de rápida leitura e pouca profundidade. Uma obra feita sob medida para encantar e entreter.