vet_leitora 07/03/2023
Final maravilhoso
** "Eu tinha doze anos quando as garotas começaram a desaparecer. Não eram muito mais velhas que eu. Foi em julho de 1999, e achávamos que aquele era só mais um verão quente e úmido na Luisiana. E um dia tudo mudou." (p.24) **
RESUMO
Quando Chloe tinha 12 anos, seis meninas sumiram em sua cidade, Beaux Bridge, e depois de um tempo o culpado foi preso. As evidências contra o pai de Chloe foram descobertas por ela mesma, o que sempre a assombrou.
Chloe passou o resto da vida tentando superar o trauma de ser filha de um serial killer, mas isso fica ainda mais difícil quando uma garota desaparece em Baton Rouge, onde ela está morando.
Chloe começa a ver semelhanças demais entre as garotas que seu pai assassinou e esse desaparecimento. Logo depois, desaparece outra garota, uma paciente sua, e que foi vista pela última vez em seu consultório.
Esses sumiços ameaçam desequilibrar a vida que ela montou cuidadosamente para conseguir finalmente ser feliz. Chloe não consegue decidir se suas ideias fazem sentido ou se ela está ficando paranóica. Desconfiando de todos, ela não consegue contar o que pensa para seu noivo nem para seu irmão.
** "Não, monstros de verdade agiam em plena luz do dia. Eu tinha doze anos quando aquelas sombras começaram a adquirir forma, rosto. Deixaram de ser aparições, foram se tornando mais concretas, mais reais, e fui percebendo que talvez os monstros vivessem entre nós. E havia um monstro, em especial, que aprendi a temer mais do que a todos os outros." (p.10) **
CLASSIFICAÇÃO
+14
Gostei bastante do livro, foi bem empolgante, com a escrita da autora, que é maravilhosa. Foi bem legal esse ponto de vista, da filha do serial killer, nunca tinha pensado nisso antes.
A personagem da Chloe foi muito bem trabalhada, mostrando que mesmo uma psicóloga pode achar que não precisa de ajuda. Conseguimos ver as cicatrizes psicológicas que ficaram na Chloe depois desse trauma, vendo que qualquer coisinha ela já se desespera e se coloca em posição de defesa.
É muito louco ver esse pensamento do assassino, que deve ser psicopata, não tem como.
Também foi interessante acompanhar as pistas que a autora foi colocando pra chegar ao final, que foi muito bom. Eu tenho o costume de no começo do livro imaginar qual seria o melhor final que consigo pensar. Parece que a Stacy pensou o mesmo que eu, porque foi quase exato.