Nickie Dias 28/01/2024
Falsificadas, onde a ganância impera!
Fiquei passada com a Ava e as escolhas que ela fez pelo caminho.
Entrou em uma das Universidades de maior prestígio do mundo e fez o quê? Foi estudar direito! Um curso que odiava para agradar os pais, resultado? Também odiava o seu trabalho!
Casou com Oliver, bonito e inteligente, mas que tem uma carreira exigente como médico, então eles passam a maior parte do tempo longe um do outro, o que significa passar as noites sozinhas.
E para completar é mãe de uma criança, Henry tem três anos, embirra por qualquer coisa e está sempre chorando e ainda não fala.
Ava não consegue lidar com tudo isso, então tem ao seu lado Maria, uma babá que praticamente faz o papel de mãe do Henry e mesmo assim, ela não consegue retomar seu trabalho de advogada.
Entre a rotina doméstica, a solidão e o choro constante de Henry ela reencontra Winnie, sua ex-colega de quarto de Stanford.
A Winnie de agora está muito diferente da garota imigrante chinesa que abandonou a Universidade logo no primeiro ano, mas ela é tudo que Ava inspira, independente , bem sucedida, estilosa. Vestida com roupas de grife da cabeça aos pés e com bolsas tão caras quanto um carro.
Na primeira parte do livro, temos Ava narrando sua história numa entrevista com uma detetive, fiquei tão intrigada, que não consegui largar o livro.
Através do seu relato, vamos descobrindo como Winnie introduziu Ava no negócio de bolsas falsificadas.
O plot twist foi surpreendente e a segunda parte do livro traz o desfecho dessa trama que não está muito longe da realidade. Onde a ambição está acima dos valores morais que deveriam reger nossos atos e por trás de todo glamour das marcas famosas, tem uma história de luta e sofrimento daqueles que trabalham para produzi-las.
Falsificadas não é apenas sobre falsificação de bolsas importadas, mas também sobre o falso moralismo e até onde a falsidade pode chegar quando colocamos a ganância como prioridade.