Salvar o fogo

Salvar o fogo Itamar Vieira Junior




Resenhas - Salvar o Fogo


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Barbara857 09/06/2024

Em Salvar o Fogo, Itamar se mantém em um cenário similar ao de Torto Arado, retratando a vida de famílias descendentes de escravizados cultivando uma terra que não é deles, onde são explorados e lutam para obter o sustento.
No livro, é retratada a história de Luzia e sua família, seus pais, irmãos e irmãs, e seu filho. São abordados temas como a fome, a exploração do trabalho análogo à escravidão, e a conivência da igreja católica normalizando este contexto em prol da ganância de alguns. Aqui também é abordado o tema da pedofilia e estupro.
Na narrativa, focada principalmente em Luzia, a história de sua família é contada, sua luta para sobreviver com poucos recursos e praticamente nenhum suporte. Além desse contexto, ela sofre ataques da comunidade local por seus supostos "poderes" en relação ao fogo, além de sua deformidade física nas costas.

O livro é muito sensível e tocante, nos faz enxergar pontos de vista que, quando distantes da nossa realidade e contexto, nem nos passam pela cabeça. Esse é um dos livros que exemplifica muito bem o porquê eu amo ler e o quanto isso me ensina e me enriquece como pessoa.

As 4 estrelas ficam por conta de que na última parte, e especialmente mais para o final, fiquei com a sensação de que as coisas se bagunçaram um pouco e o desfecho foi um pouco vago.

"Na teia do esquecimento, a memória se faz de doses iguais de verdade e imaginação".

Maria Cabocla "Mariinha" ao optar por não compartilhar com Luzia o sofrimento que passou com a violência do marido ao longo da vida:
"Quando se nasce em meio à miséria, não se deve alimentar o desespero de sua gente com mais histórias de desgraças."
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iasmin 05/06/2024

Genial! itamar segue pra mim como um dos maiores autores da literatura contemporânea brasileira, trazendo temáticas abordadas de um ponto de vista único
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Ju.ninho 04/06/2024

Itamar se tornou meu autor brasileiro (vivo) favorito
?Salvar o fogo? é lindo, cru e sensível. O autor traz dessa vez a história dos afro-indígenas, uma cultura apagada e consumida.
E de novo uma personagem feminina forte. Esse autor sabe bem como construir personalidades poderosas e sofridas. Uma história de tirar o fôlego e te fazer pensar no passado do nosso país, chorar por uma relação entre mãe e filho e mostrar o punho de uma igreja que abusa de um vilarejo.
De uma certa forma ?ainda escravidão? assim como em ?Torto arado?. A terra não é deles, não podem construir casas duráveis, suas covas também não são suas.. já que quando outro morre é preciso desenterrar os ossos dos outros e jogar em uma vala.
Mesmo assim Luzia luta pela sua Tapera e para viver nela.


Luzia do Paraguaçu é forte. É coragem, e não teme mais a morte. Ela é fogo que consome.
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Indria 04/06/2024

Luzia
Mais uma obra prima, assim como Torto Arado, esse autor consegue prender a atenção do leitor desde a primeira pág.
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_ijaqline 03/06/2024

"o fogo só existe livre."
Tanta coisa pra ser dita e nada que eu consiga transcrever em palavras. Itamar escreveu (mais uma vez) uma obra incrível e valiosa, mais um clássico para a nossa literatura.
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Dafne.Campos 02/06/2024

Maravilhoso!
O livro conta a história de indígenas que teve suas terras e sua cultura explorados pela igreja, a história é pesada pois traz racismo, pobreza extrema, a luta por uma vida melhor, preconceito, fome, abuso sexual, marginalização e como acontece a perca da cultura de povos originários.
Itamar mais uma vez trouxe poesia e realidade em sua escrita, leitura ótima.
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Danielle 31/05/2024

Lírico, duro, atual
Mais duro que Torto Arado, mas tão fantástico quanto. Itamar retrata de forma profunda e dura a vida do povo do sertão, colonizado, as amarguras e durezas da vida. Para mim os livros os Itamar são uma mistura de sentimentos, algumas vezes uma prosa mais lírica e suave, outras dura e atual. Quem meu Torto arado Alves ache mais confuso, mas é um livro igualmente bom
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Leticia.Lottermann 31/05/2024

Resenha Salvar o fogo
Livro sensacional, a escrita do autor Itamar é maravilhosa. Apesar de ser um pouco mais confuso e eu ter preferido o livro Torto Arado do mesmo autor, ainda é uma literatura extremamente necessária e que retrata bem a desigualdade social do Brasil.
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Alcir1 30/05/2024

Leitura de Peimeia
Sem sair da temática, sempre atual, da opressão e dos abusos praticados pelos colonizadores e seus sucessores através dos tempos, neste livro Itamar toca, principalmente, em três aspectos bem definidos. Primeiro a pedofilia, os abusos sexuais praticados por representantes do todo poderoso clero contra crianças. Impressiona como o autor trata do assunto de uma forma leve, insinuada, conduzindo o leitor pela mão para que ele absorva, passo a passo e processe toda a estupidez praticada por homens que se diziam representantes de um Senhor que, paradoxalmente, simbolizaria o Amor. Também a dor da mãe que, sabendo dos abusos sofridos pelo filho, quedava silente para, assim, garantir trabalho e pão para os familiares.
O tema seguinte é a questão de como os povos originários foram expurgados das terras onde viviam, terras que coletivas e, num passe de mágica, passaram a ter “donos”, inclusive a própria igreja católica, também aqui no Recôncavo baiano. Primeiro os colonizadores, na sequência, os jesuítas que chegariam ao cúmulo da desfaçatez de cobrar aluguel, o famigerado “foro”, dos pequenos pedaços de terras onde viviam e trabalhavam os descendentes dos originários e escravizados.
Para completar, impunham suas próprias crenças e regras, ameaças e anátemas contra a cultura, os costumes, as mezinhas, chás e todo um conjunto de práticas herdados da ancestralidade, muito antes da chegada dos colonizadores. Aqui a brutalidade é às claras, primeiro, atribuíam poderes maléficos às pessoas, bruxarias etc, para, na sequência, impor e justificar perseguições de todos os tipos, inclusive agressões com pedradas.
Para concluir, um trechinho do livro (fla. 176) “O Mal foi plantado pelos senhores de terra. Tinha sido regado pelos padres que habitavam o mosteiro de Santo Antônio. Não saía mais da minha cabeça que nos dividiram para enfraquecer...”
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gilmarpsicologo 30/05/2024

Surpreendente e sensível
A história me conquistou logo no início por retratar a relação cotidiana de dois irmãos: mas especificamente de uma irmã mais velha cuidando do irmão mais novo. Me identifiquei com a história e nem imaginava o caminho que ela seguiria.
Temos pontos sociais interessantes tratados no livro de maneira super inteligente, e cada detalhe é revisitado dando seu devido desfecho.
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Ju Carvalho 26/05/2024

Detalhes do interior de um Brasil cheio de histórias, crenças, misturas, pobreza e misticismo.
Mais uma vez Itamar revela sua escrita cuidadosa e cheia de ?pequenas coisas? tão comuns no dia a dia e ainda assim tão assustadoras.
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Amanda 22/05/2024

Segundo livro que leio deste autor. Muito bom. Mas gostei mais do primeiro que li "Torto Arado". ...
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Marcelo 21/05/2024

Salvar o fogo
Vida dura para o povo da tapera. Luzia é uma personagem que representa muito o sofrimento que o povo do interior passa para sobreviver com o pouco que tem.
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Juh 19/05/2024

"O fogo não corria, tampouco escorria ou se tornava bloco compacto. Não ocupava um lugar, nem podia ser aprisionado. Tentou guardá-lo numa caixa, mas percebeu que se extinguia quando encerrado. Tentou apresar uma ínfima chama sob um copo de vidro, desaparecida quando não pôde mais respirar."
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Flavia 17/05/2024

Spin off de Torto Arado
O livro é bom, acredito que tanto quanto torto arado. Obviamente segue abordando temas semelhantes em um contexto social muito parecido. Mas me pegou de surpresa encontrar Belonisia e Bibiana nessa trama também!
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