Sessenta primaveras no inverno

Sessenta primaveras no inverno Aimée de Jongh




Resenhas - Sessenta primaveras no inverno


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Lurdes 14/12/2023

Josy completou 60 anos mas ela acha que não tem o que comemorar.

Sua vida estacionou.
Após 35 anos de casamento o amor, se existiu, já sucumbiu à rotina e à indiferença.
Seus filhos têm uma relação superficial com a mãe, não parecendo haver afeto ou preocupação com o bem estar dela.

Josy se sente sozinha, vivendo uma existência que não lhe cabe.

Então ela faz as malas e, antes mesmo de a família cantar os parabéns, ela parte em sua velha Kombi.

Sem destino, sem planos.
Apenas parte, porque não pode mais ficar ali.

Em busca de liberdade, de felicidade. Em busca de si mesma.
Ela que se perdeu de quem era.

A personagem é muito cativante e vamos acompanhar sua jornada, as novas amizades e até um novo amor, imprevisível e fora dos padrões heteronormativos que sempre regeram sua vida.

Uma estória que nos provoca e nos lembra que, não importa o que aconteça, precisamos manter nossa identidade e amor próprio intactos.
E se, por acaso, nos perdernos de nós, sempre é tempo de tentar nos reencontrar.

Amei e recomendo!
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Juliana Ascoli 13/12/2023

Em seu aniversário de 60 anos resolve deixar tudo pra trás e ir viver num trailer. A parte do spoiler fica por conta do aviso: nem tudo são "flores" nessa nova vida.
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Rafael Mussolini 26/04/2024

Sessenta primaveras no inverno
"Sessenta primaveras no inverno" com ilustrações de Aimée De Jongh e texto de Ingrid Chabbert (Editora Nemo, 2023) é um quadrinho francês que toca em temas como família, afeto, amor, sexo e liberdade na terceira idade. Apesar desse recorte, é uma obra que pode atingir pessoas de todas as idades por conta de sua natureza reflexiva e que perpassa uma busca pela individualidade muito própria dessa nova geração. As ilustrações são tão cuidadosas quanto o texto. Suas cores e texturas nos transportam para um ambiente sépia e ao mesmo tempo luminoso que nos dá uma impressão de estar sempre amanhecendo, assim como os desejos da protagonista.

A história começa no dia do aniversário de Josy, quando ela está prestes a completar 60 anos. Cada frame do quadrinho vai nos apresentando a uma família comum, aparentemente feliz e que vive numa casa bem estruturada. Enquanto Josy está em seu quarto, já sentimos seu incômodo perante algumas ações básicas do dia a dia. Logo percebemos que aquele é mais um dia comum em família para todos, menos para ela.

No andar de baixo seus dois filhos (um casal) preparam um bolo de aniversário, enquanto seu marido está fazendo reparos na porta da garagem e os dois netos brincam no quintal. Quando todos se reúnem na mesa para cantar parabéns e Josy se depara com as velas indicando sua nova idade, a mesma se recusa a soprá-las e anuncia em alto e bom som: vou embora.

Josy não se presta a dar explicações à família sobre o porque de sua decisão. Ela precisa partir imediatamente, então pega sua mala, uma velha kombi estacionada na garagem e parte para morar em um estacionamento. Nas horas seguintes, ela ignora todas as mensagens e ligações dos filhos e do marido. Longe do ambiente familiar é que vamos conhecendo verdadeiramente uma mulher que há muito estava vivendo em “modo automático”.

No estacionamento, Josy faz amizade com uma jovem mãe solteira que vive com seu bebê em um trailer. Essa moça será um sopro de vida no dia a dia de Josy, que ainda estará lidando com as consequências e as dúvidas de sua decisão de abandonar seu casamento. Através dessa nova amizade que Josy também acessará um clube de mulheres com histórias parecidas a dela e que será uma espécie de rede de apoio.

O maior desejo de Josy é recuperar sua liberdade. As autoras encontraram uma maneira inteligente e desafiadora de explorar a narrativa, pois colocou a personagem principal em um ambiente aparentemente confortável, mas que aos poucos vamos entendendo o quanto se tornou opressor para aquela mulher. As reações de sua família perante suas decisões, acabam sendo o retrato de uma sociedade que tem dois pesos e duas medidas em relação aos papeis atribuídos a cada gênero.

Josy se mostra engasgada pela rotina de um casamento morno, onde o amor há muito deixou de habitar. A decisão da protagonista e a forma como ela o faz diz muito mais sobre tudo que ela precisou abrir mão pelo casamento e pela família do que o próprio texto diz. É claro para o leitor que ela é uma mulher no limite e não precisamos saber de toda a sua história para isso. Diferentemente de sua família, nos colocamos num lugar de compreensão e empatia, enquanto seu marido e seus filhos apenas querem seu retorno, em busca de um conforto que era apenas deles.

Josy ignora os estigmas impostos a faixa etária para arriscar recomeçar e isso é retratado de forma inspiradora. Desafiando tudo o que se espera de uma sexagenária, ela se permite viver emoções que sempre desejara e que as circunstâncias da vida foram retirando de sua vista pouco a pouco. “Sessenta primaveras no inverno” demonstra que histórias não precisam ser definitivas e sempre é tempo de se deslocar quando a infelicidade começa a ganhar morada.

site: https://rafamussolini.blogspot.com/2023/05/sessenta-primaveras-no-inverno-de-aimee.html
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Sabrina.Parenza 23/07/2023

Recomeços
O quadrinho é extremamente sensível, retrata muito bem sobre como é decidir mudar e enfrentar as críticas sobre essa escolha. Mais do que isso, mostra como não devemos deixar essas críticas nos impedirem de buscarmos essas mudanças, esses recomeços.
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pordentrodaestoria 04/06/2023

?Sessenta Primaveras no Inverno? é a primeira graphic novel lançada no Brasil com roteiro da francesa Ingrid Chabbert.

Este trabalho, que foi realizado em conjunto com a quadrinista holandesa Aimée de Jongh, ilustradora bastante famosa e querida entre os brasileiros, rendeu a dupla, recentemente, a indicação ao prêmio Eisner 2023 na categoria melhor quadrinho digital.

Além disso, a obra foi indicada ao prêmio BD Fnac France Inter 2023 e a seleção de quadrinhos imperdíveis de 2022 da Association des Critiques et journalistes de Bande Dessinée (ACBD).

Sobre a história, conhecemos Josy, uma mulher que no auge do seu aniversário de sessenta anos resolve abandonar a festa de confraternização com seus familiares para resgatar a sua liberdade morando sozinha em uma kombi. Embora sofra com os julgamentos da sua família, ela se mantém firme na sua decisão. Aqui começará a nova vida de Josy. Entre as diversas pessoas que cruzam seu caminho, Christine não compartilha só uma história de rompimento com seu passado, mas a vontade de viver um novo amor.

?Sessenta Primaveras no Inverno? é uma obra extremamente reflexiva. A história de Josy é muito comovente, rodeada de autodescoberta e ressignificação. A cada virada de página somos convidados, pela dupla Aimée e Ingrid, a acompanhar a sua transformação como mulher.

Eu adoro os trabalhos da Aimée. Ela, inclusive, se tornou uma das minha quadrinistas preferidas. As suas ilustrações conseguem transmitir a sensibilidade do seu trabalho e todas as suas obras são comoventes, tocantes e nos fazem pensar bastante sobre os mais variados temas.

Certamente um quadrinho lindo e que merece não só as indicações, mas os prêmios em si. Um ótimo acerto da editora Nemo, que trouxe essa edição em um formato super caprichado.
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Kelly 07/05/2023

Liberdade e recomeço
Um quadrinho de traços lindos e leves que abordam a crise de meia-idade da perspectiva feminina.

Certeza que seria uma trama completamente diferente, caso fosse um homem que partisse. Ele não enfrentaria tantos julgamentos. Acho que a autora foi muito feliz no desenvolvimento da estória, se formos comparar à realidade.

Enfim, um trama tocante sobre liberdade e recomeços.
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Estante do Gui 05/10/2023

Um livro rápido, mas ótimo!
Uma leitura fluida, rápida e gostosa, traz um grande lição sobre reconhecer nossos limites pessoais. Além de saber a hora de ir embora de um relacionamento, situação ou algo que nos fere.

Ótimo para quem está passando por uma ressaca literária e que voltar a ler, principalmente por não ser um livro grande.

Eu super indico esse livro.
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BiaBozo 02/12/2023

Apenas embasbacada....
Essa resenha está saindo do fundo dos sentimentos que eu nutri lendo esse livro, sem nenhum planejamento prévio.
Sessenta primaveras no inverno promete ser um livro sobre uma senhora, no seu 60° aniversário, redescobrindo a liberdade (em todos os conceitos de liberdade que você conseguir imaginar).

Um livro tão curto mas que nos entrega uma história absurdamente profunda, com personagens extremamente completos. Uma história rápido que tocou a minha existência aburdamente.

Josy é apenas uma mulher sonhando em viver a sua própria vida, depois de 60 primaveras presa em uma vida que ela não tem mais gosto algum por manter. Josy é uma mulher incompreendida, responsabilizada erroneamente, Josy é uma mulher que está dando seu melhor.

Um livro muito bem escrito, que nos entrega os sentimentos certos na medida certa, que nos da montanhas russas enormes de emoção. Sim, você irá do pico do monte mais alto ao ponto mais profundo do oceano em uma virada de página.

Josy somos todas nós! Que livro impecável!
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monilycavaleiro0 13/03/2023

Comovente
A capa e contracapa me deixaram curiosa, e fui ver o que tinha nessas páginas. Ao ler, devagarinho fui surpreendida pela coragem da personagem principal: Josy. Uma senhora que acaba de completar 60 anos decide abandonar seu casamento, sua casa, e ir morar em sua Kombi. O que acontece depois, é tão encorajador, tocante e lindo, que fiquei com o coração quentinho com a leitura. Ver a forma com que Josy lida com sua família, seu marido ( ou ex? ), e sua mais nova paixão, nos faz enxergar como a sociedade nos prende em cadeados onde a chave só pode ser encontrada dentro de nós mesmos, com muita coragem e determinação, o que não tirará dos outros a revolta e desrespeito. Um quadrinho lindo lindo lindo, que me tocou deliciosamente, e que ainda é difícil deixar aqui o que achei de tudo que ali encontrei. Recomendo muito!!!
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Gê Galvao 31/12/2023

Um quadrinho emocionante
Uma história muito sentimental, muito triste e corriqueira na vida de muitas mulheres. Uma mulher que aos 60 busca sua liberdade a todo custo e nos deixa emocionados.
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Taciani.Silva 22/05/2023

Liberdade feminina
Uma mulher de 60 anos, que abandonou tudo para viver em liberdade, nos mostra um exemplo de que a idade é apenas um número e que nunca é tarde demais para buscar a felicidade e a realização pessoal.
Essa história com certeza irá ecoar em meu coração como um lembrete de que somos os autores de nossa própria vida, e que cada estação pode ser uma oportunidade para florescer e brilhar.
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Paola.Grossl 26/04/2023

Libertação
Gostaria de mais coisas sobre a história, mas o pouco que é mostrado é incrível. No contexto que ela vive, conseguir se libertar dessa maneira é admirável.
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Samanta Samy 30/03/2024

Nunca é tarde para se reencontrar
Que graphic novel maravilhosa!
Lembro que quando fiquei interessada em ler, o que mais me chamou a atenção na sinopse foi o fato de se tratar de uma obra que nos apresenta os dramas e descobertas de uma mulher mais velha.
Confesso que ando cansada de me deparar com romances sáficos (em livros, graphic novels e mangás) com personagens geralmente jovens.
Apesar de ser uma obra com apenas 120 páginas, questões como casamento, amor próprio, relações familiares, envelhecimento, libertação, descobertas sexuais e afetivas, foram abordadas de uma forma bem delicada. Umas mais profundamente e outras de forma mais sucinta, ainda assim, essa graphic trilhou por mais de um caminho.
Vale ressaltar que a obra tem vários diálogos interessantes, muitos sobre os temas citados acima, além dos inúmeros momentos divertidos (obrigada por tudo Camélia).
Me fez rir, ficar nervosa, emocionada... acima de tudo, me fez sentir. Não tem como passar por essa leitura sem tirar pelo menos um ponto para refletir e levar conosco.
Ah! Impossível não elogiar (e muito) as ilustrações da Aimée de Jongh. Lindíssimas!A parceria entre Aimée De Jongh e Ingrid Chabbert nessa obra merece todos os elogios possíveis.
Confesso que adoraria que a obra fosse mais extensa e abordasse de forma mais profunda alguns temas.
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