bia 28/01/2024
Não leia se estiver carente.
O livro se entrega exatamente aquilo que ele se propõe.
É um romance bonitinho com hots muito bons e personagens não tão complexos mas também nem um pouco rasos.
Não é o meu estilo de escrita favorito, lembra um pouco a vibe de fanfic, mas não me incomodou muito.
Sobre a história, eu senti que chega um ponto no livro em que parece que não existe mais nada a ser contado. Para mim, houve um momento em que a leitura ficou arrastada por que parecia que nada estava acontecendo. Por mais que eu goste de ler romance e ver o casal junto, achei que ficou meio repetitivo e cansativo - talvez eu só seja meio amargurada mesmo, e tudo bem!
Gostaria que o ?enemies? - e digo essa palavra entre VÁRIAS aspas - tivesse durado mais, achei que eles se resolveram muito rápido e eu, particularmente, gosto dessa fase.
Sobre os personagens, eu não amo a Anastasia, mas acho ela uma boa personagem. Talvez o que mais me incomode nem seja ela em si, mas toda aquela coisa da protagonista ser convenientemente a mais desejada? Chamo isso de ?síndrome de Violetta?. Todos amam ela, todos os homens se atraem por ela e isso é muito conveniente. Gosto da questão do transtorno alimentar dela ser abordado, acho que isso traz uma complexidade maior para a personagem.
Não sei o que dozer sobre o Nate, só que queria um desse pra mim. Ele é literalmente a definição de ?homem escrito por mulher?. Sinto que a autora pegou todos os clichês de personagens masculinos e juntou em um só (não estou reclamando).
O Aaron cumpre o papel de ?vilão? da história. Honestamente não acho que tenho muito a falar sobre ele. Sei que é um livro de ficção, mas acho difícil de acreditar que existam pessoas assim na realidade. Odiei ele do começo ao fim. Ele sempre foi toxico e foi aliviante ver a Tasi desistir dele. Entendo a relutância, é realmente difícil deixar para trás pessoas que já viveram momentos bons conosco, ainda mais quando sabemos que existe mais do que aquele lado ruim desse alguém. Mas vendo de fora, claramente ela o manteve por perto por muito mais tempo do que deveria.
Os meninos do time de hockey também são uns queridos, amo muito o JJ e o Henry - apesar de ter deixado passar o fato de que o JJ é gay por mais da metade do livro. Sinto que em alguns momentos eles tem a função de explicar pro leitor exatamente como encontra-se a situação amorosa do Nate e da Tasi, isso aparece em forma de diálogos e conselhos, mas parece que a autora está duvidando da nossa capacidade de interpretar a situação. Tipo, é a mesma vibe de ter que explicar uma piada, sabe? Tem uma cena no final que o JJ de repente se torna expert em relacionamentos e doz exatamente o que o Nate está sentindo e meio que explica para o próprio o que está acontecendo. Não me parece uma cena natural.
Tirando esses pequenos comentários, gostei do livro. É leve. É bonitinho. Recomendaria para tirar da ressaca literária, com certeza. Não recomendo para os dias em que você se sente carente, por que definitivamente não vai ajudar - eu sei bem.