spoiler visualizarGladstonier 04/08/2023
A vida é breve para quem não vive
Miguel Verdi, na efervescência dos seus 20 anos, enfrenta uma encruzilhada existencial. Atormentado pela insônia e refugiando-se em copos excessivos de amargura líquida, ele se vê envolto num labirinto emocional. Ao celebrar o rito de passagem para a próxima década de sua vida, a apatia que o prende só agudiza suas angústias, fazendo-as parecer mais tangíveis, mais desafiadoras.
Perdido no labirinto de seus medos, Verdi posterga a resolução de seus problemas. Mas a questão que paira é: será que a ampulheta do tempo lhe permite tal luxo? A vida, por sua natureza efêmera e irreversível, nos desafia a agir agora, a viver no presente, a resolver nossos problemas antes que o tic-tac do relógio nos alcance. Assim, a tragédia de Verdi ressoa com as profundas questões filosóficas sobre a transitoriedade da vida e a inevitabilidade da morte.
Cada momento não vivido, cada segundo desperdiçado, é uma eternidade perdida. É uma lição que Verdi, em seu inferno pessoal, parece ter esquecido. E é uma lição que nós, ao observá-lo, devemos lembrar.