Gabriela Teixeira 03/09/2023
Deus é testemunha de que eu tentei, TENTEI MUITO gostar desse livro, mas limites existem e os meus foram ultrapassados. Eu amo "Girls Like Girls", eu lembro da primeira vez que eu vi o clipe e, pela primeira vez na vida, eu questionei a minha sexualidade, porque fiquei reflitona. E é bem legal nos comentários, a Hayley comenta um pouco do processo de produção, uma coisa toda feita na permuta com os amigos e que deu super certo. Então, assim, eu fui nesse livro com a expectativa lá no teto.
Olha, eu sou uma pessoa que shippa com muita facilidade, eu tenho talento para criar casais e apoio eles até quando estão fadados ao fracasso. E, considerando o meu lado shippadora incorrigível, eu não consigo colocar em palavras a minha frustração de ler um romance em que eu TORCI PRO CASAL NÃO FICAR JUNTO. No final eu tava chorando, mas não era de felicidade não.
Sonya é insuportável. Desde o primeiro momento em que essa garota apareceu, eu revirei os olhos, o enredo até tenta justificar as coisas que ela faz com a Coley, mas eu já tinha instalado o ranço por essa garota, que se me falasse que era em nome da paz mundial, eu continuaria torcendo o nariz. Não existem outras palavras para descrever que não sejam: ela foi cuzona para um grande de um 🤬 #$%!& .
Coley chega a ser irritando com a obsessão que ela cria por Sonya? Sim. Eu ficava me questionando o que ela achou de tão encantador numa chata? Sim. Mas ela eu entendo um pouco mais. A garota tinha passado por uma perda dolorosa, se encontrava num lugar novo com alguém que ela não pretendia ter contato se não fosse a obrigação, não tinha um único amigo em quem se apoiar. Aí claro que a garota bonita que não faz o mínimo por ela ia chamar atenção. As migalhas que Sonya deu a Coley, a coitado aceitou como se fosse o banquete todo. (gente, juto, eu to muito rancorosa)
Acho que o único momento do livro que eu gostei, é quando Sonya deu no pé para aquele acampamento de dança. Eu queria arrancar meus olhos com Coley se lamentando a cada duas linhas por Sonya? Sim, mas pelo menos ela não tava ali presente. A gente tem um pouco de aprofundamento na relação dela com o pai e Coley consegue um emprego em um ambiente cheio de pessoas legais (talvez as única de toda aquela cidade). Mas até mesmo a relação da Coley com o pai achei meio estranha, porque, assim, ele basicamente abandonou ela e a mãe, ele fala sobre querer se aproximar dela e se importar com ela, mas 🤬 #$%!& , meu irmão, você esperou acontecer uma merda na vida da menina pra mostrar isso, sabe. Mas de todos os males, ele é um dos menores.
No geral, eu achei um livro no máximo razoável. As personagens que não sejam Coley ou Sonya para mim foram clichês e até mesmo caricatas, o fato de eu ter pego ranço de Sonya não me permitiu nem curtir minimamente o romance, porque tudo o que eu pedir era que ela se afastasse de Coley.
E cansei de falar, que já to amargurada demais.