lendo_e.viajando
24/05/2023.Achei uma história intensa, conforme fui lendo fiquei agoniada pela moça não ser ouvida, o marido simplesmente descartava que ela não estava melhorando psicologicamente porque fisicamente ela estava e ele era médico, então ele sabia o que estava ajudando ou não. Foi sufocante ver ela "enlouquecendo" e ao mesmo tempo foi libertador. Sinto que não entendi o conto 100%, quem sabe, se eu ler de novo quando for mais velha, não faça mais sentido, mas mesmo sem entender completamente, é um conto ótimo e profundo.
Essa é uma parte que tirei do livro que achei importante:
"Do ponto de vista feminista, a história também representa uma condenação do controle masculino sobre a profissão médica. Ao longo da história, a narradora tenta oferecer alternativas de tratamento ? exercitar-se, trabalhar, socializar com pessoas de fora da casa ? mas todas são imediatamente rejeitadas com uma linguagem que a trata como irracional e infantil. ?O papel de parede amarelo? foi rejeitado pelos críticos ? homens ? por ser ?perturbador? e ?provocar a insanidade?, uma visão questionada pela crítica feminina, como a da professora Susan S. Lanser e das pesquisadoras Martha J. Cutter e Paula A. Treichler. Por outro lado, alguns estudiosos o citam como exemplo de literatura gótica por conta dos temas de loucura e impotência. Alan Ryan o chama de ?um dos contos de terror mais belos e fortes já escritos?, enquanto H. P. Lovecraft já em 1927 o definia como um ?clássico ao sutilmente delinear a loucura que se arrasta por sobre uma mulher?."