Memphis

Memphis Tara M. Stringfellow




Resenhas - Memphis


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Ederson 07/08/2023

Andando em Memphis
Memphis, palco de revoluções sociais, políticas e musicais, é uma cidade que deve ser muito inspiradora em mãos talentosas.
Como Marc Cohn fez de sua música, Walk in Memphis, um clássico ao falar sobre a cidade, Stringfellow deve seguir caminho semelhante com suas palavras.
Mulheres de uma mesma família nos mostram, em uma narrativa não linear dos anos 1930 até os 2000, que uma vida plena e de amor constantemente é interrompida por violências, seja da sociedade ou no seio familiar mesmo.
Maior que as perdas e dificuldades é a resiliência dessas personagens para seguir tentando melhorar suas vidas e manter a união. E claro que a arte tem um papel importante na vida de uma delas.
Gostei muito como a autora aborda todos os temas no livro com o vai e vem no tempo, fazendo um paralelo entre as lutas das personagens, e como sua escrita é clara, e poética na maior parte do tempo. Suas palavras nos fazem andar por Memphis e voar nos sentimentos das guerreiras mulheres.
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acalvarenga 07/08/2023

Ótimo!
A obra narra a história de três gerações de mulheres da família North, tendo como foco inicial a fuga de Miriam e de suas duas filhas, Joan e Mya, de seu marido Jax com quem por anos sofreu vivendo em um casamento abusivo na Carolina do Norte, elas buscam refúgio junto a irmã de Miriam, August, que segue vivendo em Memphis, cidade em que foram criadas por sua mãe Hazel.

A linha temporal que permeia a narrativa se estende entre os anos 1930 até o início da década de 2000 de forma não linear, e, com diferentes pontos de vista a cada capítulo, dado que o enfoque da história alterna entre Joan, Miriam, August e Hazel, o que torna a obra envolvente, mas confusa em algumas oportunidades, dado que por vezes a autora faz uso de flashbacks em partes do livro, que na maioria dos casos são difíceis de encaixar no quebra-cabeça temporal construído pela autora.

Ao longo de todo livro, mais do que as personagens listadas acima em si, acompanhamos o processo de transformação de Memphis, cidade localizada na região sul dos Estados Unidos, que por anos sofreu com a intensa segregação racial no país, em dado momento passou a servir de palco para os movimentos na luta pela igualdade racial, dos quais a personagem Hazel inclusive abrigava em sua casa, mas por fim se tornou uma cidade comandada pelas gangues que disputavam o controle das ruas locais, mas em todos os períodos a obra mostra que a comunidade de mulheres negras sempre permaneceu unida como mecanismo de preservação de sua sobrevivência.

Em toda a obra a autora traz uma grande riqueza de detalhes quanto à ambientação da história, assim como caracterização de personagens, por vezes até mesmo desnecessária na minha opinião, um espaço que seria melhor utilizado no desenvolvimento em algum dos acontecimentos da narrativa, porém, entendo que esse seja um livro muito mais sobre a resiliência necessária para sobrepor os obstáculos impostos as mulheres negras, do que os problemas em si, assim isso é ao mesmo tempo tanto uma fraqueza quanto uma força do livro.
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Caroline Vital 18/02/2024

Um livro muito poderoso. Logo no início, vemos que o livro é dedicado a Gianna Floyd, filha de George. Acompanhamos a trajetória familiar das mulheres North ao mesmo tempo em que acompanhamos a segregação racial e a luta por direitos civis nos EUA. E que cenário é Memphis para ser contada essa história! Onde houve tanta música, tanta luta, tanta morte. Livro muito poderoso, mesmo, assim como as mulheres retratadas nele.
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Sara 28/07/2023

Estou apaixonada por este livro, por estas personagens? o livro é delicado, poético? ele conta a história de mulheres de diferentes gerações de uma mesma família. Segundo a revista de apoio, ele é sobre dor e sobre esperança. E é sobre os talentos e quem pode ceder a ser talentoso. É um livro que eu amei!
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Madame Marisa 23/08/2023

Forte, pesado, triste e ao mesmo tempo necessário. Livros com tematicas raviais sempre me pegam de maneira negativa e eu sempre evito le-los, porém Memphis me agradou muito, ao mesmo tempo que tocou em feridas que permanecem e seguirão assim, abertas. Uma história que mostra com maestria a história dessas mulheres tão fortes que se protegem e são a força uma das outras.
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Monique | @moniqueeoslivros 25/08/2023

Memphis
{Leitura 19/2023 - ?? Estados Unidos}
Memphis - Tara M. Stringfellow
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Nossa casa é ? supostamente ? nosso refúgio. Uma casa pode abrigar em si histórias, memórias e segredos, às vezes até como extensão de nós mesmos. Além disso, uma casa é o lugar onde pessoas compartilham suas vidas e formam famílias, transformando paredes em lar.
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A história de três gerações de mulheres que vivem em uma mesma casa é o tema do livro Memphis, romance de estreia da norte-americana Tara M. Stringfellow, lançado em 2022. A narrativa dá voz às mulheres afro-americanas da família North, começando com Hazel, em 1937, cujo marido constrói a casa, passando pelas filhas Mirian e August, e chegando à filha de Mirian, Joan, em 2003.
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Com capítulos que vão e vem no tempo, somos levados a conhecer episódios das vidas dessas personagens, transcorridos sempre ali, na casa de portas amarelas. Há acontecimentos bem delicados, como a violência que Joan sofre ainda criança, e há também fatos históricos que atravessam a narrativa, como o assassinato de Martin Luther King (ocorrido em Memphis), e a queda das Torres Gêmeas.
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É importante perceber que o romance dá foco total para as mulheres, e tudo é contado a partir da perspectiva delas. Os personagens homens da história permanecem em segundo plano, não importa a geração. Um exemplo disso é quando Joan (que deseja ser artista plástica) tem a ideia de pintar as mulheres da família, para seu portfólio. É de fortaleza feminina que o livro é feito.
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E apesar de levar o nome da cidade em que a trama se passa, é a casa que salta aos olhos. Ela é uma espécie de personagem. São as paredes da casa que abraçam essas mulheres e suas histórias. E seus sonhos, para além das gerações.
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Lucy 26/08/2023

A escrita é de estilo moderno, com a visão de diversos personagens. São histórias poéticas de luta, perdas e recuperações.
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luizagross 26/08/2023

Livro de estreia da autora, aborda três gerações de mulheres negras de Memphis, em diversos momentos de suas vidas. Cada capítulo traz a perspectiva de uma delas em um ano distinto e de forma não linear, o que traz diferentes pontos de vistas para a mesma situação.
O livro retrata o machismo e, principalmente, o racismo sofrido por todas elas. Esses temas tão duros são trazidos por uma escrita lírica (a autora também é poeta) que faz o livro ser emocionante.
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Gislaine 22/07/2023

Essa história linda de uma família de mulheres encontrando suas vozes ao longo de 4 décadas em Memphis é pura poesia e arte.
A narrativa em primeira pessoa de cada uma das personagens nos promove muita intimidade com elas esclarecendo fatos sob diferentes perspectivas.
Longe do lugar comum da igualdade racial e de gênero, traz os temas de forma leve e cotidiana, nos dando percepções sutis e nas entrelinhas trazendo profunda reflexão.
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oiamandah 30/09/2023

Estou com você.
Essa é uma leitura leve, porém com alguns trechos indigestos. Gatilho pra violência física e sexual.

Nesse livro conheceremos 3 gerações de mulheres North e toda a sua força, garra e esforço para sobreviverem em meio às dificuldades.
Amei a relação de Miriam e August, sobretudo em como elas se apoiavam e fortaleciam mesmo em silêncio. Confesso que esperava um pouco mais sobre as conquistas de Joan e, em alguns momentos a organização dos capítulos me pareceu meio confusa, mas não me atrapalhou taaanto não.

Adorei a experiência, terminei a leitura com um quentinho no coração
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JuliaMarques 05/08/2023

A autora tem uma maneira de escrever que me prendeu desde o início. É uma escrita tão leve, fluida e bonita. E apesar da escrita ser leve, a história contada é bem profunda, pesada, e... tocante?
Infelizmente nao tenho o dom das palavras para conseguir descrever o quanto gostei dessa leitura. O fato de tratar a relação entre mulheres pretas, de 3 gerações diferentes, o trauma que cada uma viveu e os sonhos que cada um vive...
Eu achei simplesmente maravilhoso e quero reler com certeza no futuro
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Andrea 22/11/2023

Mulheres fortes
A autora divide a história da família North em três partes em um vai e vem no tempo. Na primeira parte temos 1995, 1978 e 1988. Já a parte dois temos 1997, 1937, 1943, 1955 e 1978. Já na terceira e última página temos 2001, 2002, 2003, 1968 e 1985. E ao contrário do que se possa imaginar, o vai e vem de passado e presente, não torna a leitura confusa, muito pelo contrário, ela vai preenchendo os vácuos ao pouco, ao mesmo tempo que nos ajuda a entender mais da personalidade das irmãs Mirian e August.

Além disso a autora coloca vários fatos históricos como pano de fundo nos acontecimentos dos personagens. Desde a parte musical com o blues o rock?n?roll, passando pelo pós guerra, o assassinato de Martin Luther até o atentado de 11 de setembro. E naturalmente o racismo, pulsante em diferentes situações, e que influenciam até mesmo na escolha de uma profissão.

Tudo isso em uma escrita envolvente, fluída, que não só nos aproxima dos personagens, como nos faz sentir as mesmas sensações, nos gera questionamentos e indignações.

Resenha completa no blog: http://literamandoliteraturando.blogspot.com/2023/09/memphis.html?m=0
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Lais.Lagreca 03/12/2023

Força e beleza

Um livro bem escrito que nos mostra como mulheres podem ser tão fortes – ainda mais quando juntas.

Conhecemos a história e uma família de mulheres que passaram por diversas questões que lhe obrigaram a encontrar forças e ferramentas para continuar.

Com diferentes narradoras, presente e passado se costuram nos mostrando de quantas dores e de quantos amores uma mulher pode ser feita...

Um livro bonito, forte e poético.

Sinopse:

A história tem como ponto de partida o retorno da personagem Miriam, pertencente à segunda geração da família, para a cidade. Junto de suas duas filhas, Joan e Mya, ela deixa para trás um marido violento e volta para a casa que fora de seus pais. Na casa, vivem agora sua irmã, August, e seu sobrinho, o adolescente Derek. É a partir, portanto, desse reencontro familiar — tão afetuoso quanto perturbado — que diversos fios vão sendo costurados, com a alternância das histórias e pontos de vista de Hazel — a já falecida matriarca da família —, de Miriam, August e Joan.
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Victor Vale 23/09/2023

A estrutura da desigualdade escancarada. A mulher preta desprestigiada em oportunidade tem os sonhos esmagados por duas gerações. Tanto talento que não foi reconhecido. A família desintegrada por racismo, seja ele direto ou estrutural. Seja por crimes a favor ou contra o estado. Mulheres que apesar das agruras mantem-se firmes, lágrimas rolam, mas continuam para frente. É seguir ou morrer, não tem o privilégio da tristeza derrota.
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