Dani 05/07/2023
Uma história com pouca emoção, mas, com um casal fofo demais!
Estava em falta com a resenha do livro da Série “Amores Estrangeiros” – Um Libertino em Boston, o segundo da sequência de histórias escritas pela Stefany Nunes. Por qual motivo pulei essa resenha? Nem eu mesma sei, porém, como diz o ditado: Antes tarde do que mais tarde.
Como sempre gosto de localizar quem vai ler essa resenha, acho importante colocar algumas informações básicas. O livro conta a história de Mark Fletcher (que apareceu anteriormente nas séries “Uma Dama Impensável” e “O Interesse do Barão”) e Daphne Shermann, que transita entre os anos de 1807 e 1815. Sobre a localização geográfica, temos a Inglaterra e os Estados Unidos.
Sobre a premissa desse livro, Mark é um libertino com dinheiro que ao passar um tempo na casa de um parente conhece Daphne, que trabalha como cozinheira. Bem, nem preciso dizer que aqui já temos questões sociais bem colocadas. Eles se apaixonam, vivem um intenso romance, até que Mark precisa voltar para Londres e promete voltar em um mês para se casar com Daphne.
Como um bom enredo de romance (e podemos até dizer de novela mexicana), a protagonista descobre que está grávida e se depara com o fim do prazo dado por Mark. Entre ficar e sofrer com uma sociedade que irá julgá-la e seu filho será considerado um bastardo, Daphne escolhe embarcar com a melhor amiga para Boston (nos Estados Unidos). Neste momento da história precisamos abraçar a “descrença” e entender que ela não tinha como se comunicar com Mark para contar sobre a gestação ou sobre a sua decisão de partir. Para mim isso foi um tanto complicado, mas… seguimos.
A primeira parte do livro termina com Mark voltando para a casa que Daphne trabalhava, e para sua surpresa (não nossa), ela não está. Sem recado, sem carta, sem notícias...(se agarra na descrença aqui, certo?).
Entramos agora na segunda parte do livro, com uma passagem de anos. Mark precisa ir para Boston e se hospeda na pousada administrada pela nossa protagonista. Um ponto positivo que tenho do livro é o fato de que não existe enrolação quando ao fato da descoberta que ele tem um filho, do encontro dele e dos “pingos nos is” diante de uma história de amor que sofreu um hiato.
As revelações feitas por ambos na conversa, que para mim é um momento alto da história, fez com que a minha empatia por esse casal subisse de nível (mesmo tendo um * para o ponto de que ele não deixou nenhum endereço para ela). Daphne e Mark são um típico casal fofo. Ele, um protagonista apaixonado, sensível... Ela, uma protagonista que precisou fazer escolhas difíceis, foi para um outro continente precisando refazer a sua história para sobreviver em uma sociedade machista e, ainda assim, continua sensível. Com marcas na alma, porém, ainda sensível.
Em um breve resumo, na minha percepção, a história do romance dos protagonistas se desenrola bem, no entanto, acho que faltou alguma coisa. Sabe quando a história tem uma linha tão linear que a gente fica até querendo alguns percalços pelo caminho? Eu sei, a gente sabe que eles vão terminar juntos, mas… eu queria um tantinho mais de emoção (emoção que senti no primeiro livro).
Pulando para outra parte que senti falta, preciso destacar o meu sentimento de “querer mais” sobre o contexto histórico. Será que fiquei mal acostumada com a maravilha que a Stefany Nunes fez em “Um Cretino na Austrália”? Com certeza e, justamente por isso, mesmo ela falando sobre os Estados Unidos (Boston), descrevendo os cenários, o clima, e tudo mais, para mim ainda foi pouco.
Finalizando essa resenha (que não ficou nada curta), escrevi logo após a leitura no meu Planner Literário o seguinte: “(...) fiquei mais curiosa para saber mais sobre a história da sua amiga Mariana”. Para você se situar, Mariana é amiga de Daphne e com ela administra a pousada. Escrito isso, a minha “eu do passado” não saberia que a minha “eu do futuro” teria muitas ressalvas sobre a história da Mariana. Calma, vou falar mais sobre isso em outra resenha.
Diante de tudo, acho que “Um Liberto em Boston” é um livro mediano dentro de uma série muito boa. Não é a minha melhor história, também não é a pior. Passa por média, e o motivo disso é que Mark e Daphne são realmente muito, muito fofos juntos.