Que bobagem!

Que bobagem! Natalia Pasternak...




Resenhas - Que bobagem!


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GIPA_RJ 18/07/2023

LIVRO BOBAGEM
Penso que perdi tempo precioso e dinheiro com tal leitura....
Há décadas , eu e minha família (incluindo dois gatos) utilizamos acupuntura e homeopatia com pleno sucesso. Já fiz psicanálise , fiz dietas diversas com nutricionistas , usei reiki e aprendi bastante sobre astrologia.
Obviamente , não esperava eu que tal livro , de capa tão cética , viesse a referendar e ratificar tais realidades , mas ao menos que a dita cientista o tivesse escrito de maneira mais isenta e menos preconceituosa ,talvez com curiosidade de investigar outras verdades , que não as dela...
Nas 300 páginas , senti que faltou qualquer humildade intelectual : adotando um tom cínico e jocoso prá lá de tendencioso , a autora vai zombando de práticas terapêuticas e também não -terapêuticas , jogando “aspas” debochadas em tudo , cheia de dogmas materialistas. Daí segue atirando para todos os lados atingindo médicos , psicólogos , nutricionistas e mesmo outros cientistas.
A abertura de cada capítulo tem a célebre foto de Albert Einstein mostrando a língua e daí joga umas
definições rasas e de forma super antiética atribui aos profissionais coisas como “vaidade , ganância ,imaginação” entre outras desqualificações .
Então vai jogando no mesmo saco , discos voadores , curas pela pureza da natureza , paranormalidade. Parece imersa num nevoeiro sem enxergar um palmo à frente do nariz mas desferindo golpes.... A narrativa soa ranheta , caduca , antipática , como partindo de alguém que só resmunga e reclama , distribuindo bengaladas....
Ela parece esquecer que o público-alvo são BRASILEIROS . Temos mente aberta e livre para interagir com temas não -materialistas , entende-los e senti-los , sem aquele ceticismo obtuso que distorce o bom senso humano. Ela definitivamente não parece uma de nós. Quando por exemplo sugere que brasileiros não deveriam prestigiar a homeopatia por ela ter nascido na Alemanha (!!!) O que (e quanto) estará ganhando com isso?
Que bobagem eu ter lido este livreco!

Mas exaltando algo que realmente importa : estou lendo um livro incrível , na contramão do dela , “A CIÊNCIA DA VIDA APÓS A MORTE”, de Alexander Moreira-Almeida , Marianna de Abreu Costa e Humberto Schubert Coelho (Editora Springer 2023) . Dois médicos psiquiatras e um filósofo expõem evidências científicas que corroboram com esta sobrevivência (A bibliografia tem 318 referências!)
Marina 23/07/2023minha estante
Uau! Fiquei interessadissima na leitura indicada! Procurando para ler :D


GIPA_RJ 23/07/2023minha estante
Sério? Por qual dos dois livros que citei você se interessou?


Marina 25/07/2023minha estante
Pelo "a ciência da vida após a morte", claro hahaha


Gabriel 25/07/2023minha estante
Me interessei pelo livro justamente pelo seu comentário! ? Deve ser o poder da atração!! ????


Duchesse 26/07/2023minha estante
Gostei da resenha - deu para sentir o teor do livro - não pretendo passar nem perto!

Lembrando que a autora, Natália Pasternak, é uma das ?cientistas? incensadas pela midia durante a pandemia do covid, ou seja, todo cuidado é pouco com esses ?especialistas? mediáticos, pois normalmente são tendenciosos e costumam se fechar para todos que não pensem igual (e devemos levar em consideração que muitos podem ser comprados para emitir uma certa opinião).


Gabriel Lopes Bento 30/07/2023minha estante
Acertou na mosca.
Quando descobri esse livro não acreditei que uma pessoa sem qualquer base pode tentar juntar tanta coisa num único guarda-chuva.
É vergonhoso espalhar tanta desinformação em coisas que claramente ela não foi capacitada para tanto.


GIPA_RJ 01/08/2023minha estante
Há dois tipos de céticos : o cético saudável que admite sair fora de suas crenças para avaliar outras ideias e poder ponderar ou não - e o cético "dogmático" (neste paradoxo mesmo) que é negacionista até debaixo dagua em função de suas verdades inabaláveis. Esta tal laboratorista ai é do segundo caso. E vem com aquele papinho pragmático de " todos sabemos que a ciência prova que isto não é válido. " Quem provou?? E "todos" quem??


luhodf 11/08/2023minha estante
Não acho que em nenhum momento que os autores foram desumildes, eles trouxeram a história bem detalhada de todas as práticas, e as desmistificaram, provando que existem práticas mais avançadas e atuais. Não há problema algum em ter fé, crenças, espiritualidade, acreditar na filosofia do autor x, o problema é querer vender essas coisas pra saúde humana, sendo que, como ela explica no livro, é efeito placebo, por isso pra algumas pessoas que tem expectativa de serem ?curadas? com tais práticas acabam se sentindo melhor, mas não tem garantia alguma de melhora definitiva com tais tratamentos, E realmente, pros adeptos é desconfortável de ler, mas com o tempo acostuma!
Já passei por DIVERSOS processos terapêuticos holísticos, e eu realmente me sentia um pouquinho melhor depois, mas logo todos os meus sintomas todos voltavam, e a medida que eu fui deixando de acreditar naquilo, foi fazendo menos e menos efeito. Tudo que eu ouvia durante os meus tratamentos, feitos com diversos profissionais, por vários anos (reiki, homeopatia, tarô, constelação familiar, xamanismo e cacau sagrado) era que eu estava com a energia ruim, ou com obsessor, ou com carma de vidas passadas e não ia conseguir resultados daquele jeito, eu me sentia culpada e mais mal ainda! porque eu estava doente, e não conseguia ficar ?com a energia alta? DOENTE. Só depois que parei de gastar dinheiro à toa, procurei tratamento de verdade, consegui ter uma vida digna, longe daqueles sentimentos horríveis que impuseram na minha cabeça. A ciência não precisa que você acredite ou não, esteja com as energias elevadas ou não, seja puro e santo ou não, tenha carma ou obsessores, ela é pra todos!


GIPA_RJ 11/08/2023minha estante
estou na correria mas me interessei em lhe responder sobre este seu ponto de vista , aguarde


Duchesse 11/08/2023minha estante
Já comigo aconteceu o oposto: tive depressão durante anos e tudo que médicos e psicólogos sabiam fazer era receitar anti-depressivos cujas doses sempre tinham que ficar mais fortes para continuar fazendo efeito. Foi só quando procurei um terapeuta não convencional que consegui me curar (e saliento que me CUREI da depressão; não foi apenas um mero alívio dos sintomas). Nunca mais tomei anti-depressivos ou qualquer outro remédio; parei de dar dinheiro para a indústria farmacêutica.


luhodf 11/08/2023minha estante
Realmente, fazer tratamento só com fármacos não leva a lugar algum? pode até piorar o quadro porque alguns psiquiatras, (principalmente os de plano de saúde) te diagnosticam em 20 minutos, e isso está absurdamente errado. Em psicologia sabemos que o processo de um diagnóstico requer MUITO mais etapas, que podem levar meses.
O correto é fazer psicoterapia de verdade primeiro, e SE necessário intervir com medicamento. As vezes a depressão não provém de processos químicos desregulados no cérebro, mas de outras ramificações, como falta de vitaminas, alimentação desregulada, burnout entre diversas outras.
Fico feliz que tenha se libertado da doença, mas reforçando, práticas holísticas não funcionam pra todo mundo, psicoterapia baseada em evidências sim!
Outra coisa, se um psiquiatra erra o diagnóstico e te da anti-depressivos quando o seu processo é outro, pode piorar o quadro, fora que nem todo corpo se acostuma com aquele tipo específico de remédio, e se for necessária a intervenção com medicamento, é necessário fazer a troca.


GIPA_RJ 11/08/2023minha estante
Compartilhar nossas vivências com tratamentos realmente é o debate importante a fazer , e está acontecendo aqui. Vocês mencionaram sua trajetórias , algumas fracassadas por uma série de fatores , outras bem sucedidas.
O ponto a se exaltar aqui é um só : LIBERDADE DE ESCOLHA para escolher com o que se tratar ou deixar de se tratar.
O efeito deletério do livro desta senhora é combater tal liberdade , induzindo em nós a polarização : ciência x não ciência , funciona x não funciona , placebo x


GIPA_RJ 11/08/2023minha estante
(continuação) placebo x princípio ativo . O livro é antiético e leviano em sua essência, mas não conseguiu promover a cisão : nas últimas semanas os conselhos estaduais de medicina do país inteiro emitiram notas de repúdio (eu as tenho lido) cont molhando e unindo alopatas e homeopatas.
Eu quero exercer o direito de escolhermeu tratamento, entendendo que sou muito mais do que um mero jogo de neurotransmissores inibitorios e rxcitatorios a serem manejados quimicamente .
Não é suficiente garantir a liberdade de escolha terapêutica. É necessário garantir o direito à diferenca .Se hoje é raro encontrar quem se arvore a emitir opiniões e formular comentários públicos para desqualificar escolhas religiosas, políticas ou sexuais de qualquer cidadão, quando se trata das escolhas terapêuticas é comum encontrar quem o faça. Basta portar algum dado, científico ou estatístico, para que surjam nos meios de comunicação de massa paladinos da verdade dispostos a eliminar o direito de escolha dos demais.
O livro desta senhora presta este desserviço.


luhodf 11/08/2023minha estante
Todos têm liberdade de escolha pra escolher qual tratamento utilizar! isso nunca foi, e acredito que nunca vai, ser negado a ninguém! mas as pessoas merecem saber o que estão consumindo! e esta é uma das propostas de livro.
Novamente, como disse no comentário anterior, adoecimento mental (que é minha área de estudo, sou estudante de psicologia) não provém APENAS de um jogo de neurotransmissores, levamos em consideração a filoONTOgenese em psicoterapia, e estudamos muito durante anos, pra conseguir identificar e inserir no tratamento a individualidade, cultura e genética de cada um, não da pra pra analisar uma pessoa apenas isolando uma dessas instâncias, os neurotransmissores também existem, assim como suas particularidades também.
Não é uma questão de inibir o direito de escolha, mas conscientizar a população do que estamos consumindo, de onde vem, para onde vai e se é aquele ou esse tratamento que realmente estamos procurando.


luhodf 11/08/2023minha estante
Continuando: O livro está longe de ser antiético, foi consciente! e claro que isso ia enfurecer pessoas que vivem financeiramente de alguma dessas práticas, o mercado holístico move bilhões de dólares por ano, não ironicamente.


GIPA_RJ 11/08/2023minha estante
Eu não estou dizendo que você considera o.jogo mas ela sim . Discordo que.ela queira simplesmente ter a pureza de informar a população leiga : o que ela quer é fazer uma ingerência acintosa . Você vai chegar na parte do.luvri em que numa festinha infantil ela esculachou com uma mãe que exercia seu direito de dar homeopatia para seus filhos.
Para ela é joguinho refucionista-cartesiano sim , é dicotomia bem ao estilo do que o Brasil presenciou após a eleição 2018. É nós contra eles.
Está senhora é muito mal intencionada e mmuito bem paga pela indústria farmacêutica. Mas já está vivenciando o desgaste de sua figura .
Viva a liberdade de escolha que pude fazer nos últimos 30 anos
Tenho dito.


GIPA_RJ 11/08/2023minha estante
Mas este valor não é nada comparado ao mercado industrial farmacêutico você sabe né? Mas este.vslor.pifio os.incomoda lá.
O livro é um lixo é desrespeitoso e antiético inclusive com pares cientistas da dita cientista.


luhodf 12/08/2023minha estante
Entendo seu ponto de vista, mas ainda sim descordamos.
Ainda acredito que ela fica enfurecida de ver pessoas trocando tratamento medicinal por holístico, ao invés de utilizar como complemento, como deveria ser feito.
E ela já deu várias entrevistas dizendo estar tranquila com os hates, ela e o marido Carlos, já sabiam que isso ia provocar grande desconforto e fúria da parte das pessoas que vivem das práticas holísticas. Algumas ainda estão ameaçando ela de morte! Isso sempre acontece quando cientistas mostram um pouco da verdade pra população, principalmente quando a verdade acaba por ser cética e real.
Também entendo que, é muito difícil simplesmente deixar de praticar pseudociência quando esta rende dinheiro do sustendo familiar/ pessoal e foi gasto muito tempo (anos) e dedicação estudando.
Eu também não sei o que faria se fosse comigo, falo tranquila porque não tenho família pra sustentar ainda, e estou escolhendo meu caminho profissional, pretendo ficar ao lado da ciência.
O livro está sendo maravilhoso pra mim, e tenho certeza que também está sendo incrível pra vários dos meus amigos que também estão lendo, entre outras pessoas que se encontram na mesma situação que a minha.


GIPA_RJ 12/08/2023minha estante
Bem, no seu lugar , eu nao seria tao generalista e taxativo...
Tudo é ciência , aceite. Lá do conforto das entrevistas globais ela pode fazer o nhe nhe nhe que quiser , pois é uma cega no nevoeiro com um ego daqueles de suplantar Deus.
Viva as verdadeiras cientistas de nossa era : MARGARETH DALCOMO , NISIA TRINDADE , DRA. KUDMILA , DRA LUANA. que não entram na seara dos outros , são ÉTICAS
Viva também os Conselhos de classe médica que não se omitiram , e aguardam um direito de resposta legitimo dos meios de comunicação que foram parciais. Ela comprou briga com gente de peso , como já escrevi na resenha.
Está tao claro para mim que ela é um fiasco.... e com aquele sotaque sulista conheço bem o perfil : bem como aquela minha parentada do sul que por serem branquelos se acham a cereja do bolo , mas são tão tacanhos e com aquele incosnciente separatista....
Definitivamente , tenho dito. Boa sorte para você em sua carreira.


Eros Kerouak 20/08/2023minha estante
Você diz que há décadas utiliza acupuntura e homeopatia com pleno sucesso, isso é o que chamamos de evidência anedótica . Qual foi o sucesso? Como pode saber que o sucesso não seria o mesmo se não tivesse feito nada, ou se tivesse feito qualquer outra coisa?
Os pressupostos em que práticas como psicanálise, reiki e astrologia se baseiam são bastante objetivos. Temos um inconsciente, ou não, podemos transmitir uma energia com poder de cura, ou não, a posição das estrelas interferem na nossas vidas, ou não. Em todos os casos, uma hipótese é verdade, enquanto a outra não é, não existem outras verdades. Além disso, todas essas práticas, acupuntura, homeopatia, psicanálise, reiki, astrologia, etc., se baseiam em suposições sobre o mundo material. O corpo humano e as agulhas são materiais, a água dos remédios homeopáticos é material, bem como a suposta energia do reiki e os corpos celestes, também são materiais. Para algo ser imaterial, teria que estar completamente fora da natureza e ser completamente incapaz de interferir ou influenciar o mundo material. Qualquer coisa que interfere no mundo material, poderá ser mensurado de forma empírica, e é por definição parte do mundo material. Se existe algo sobrenatural, esse algo tem que estar fora da natureza, e ser incapaz de interferir no mundo material, o que o torna irrelevante.


GIPA_RJ 21/08/2023minha estante
Sucesso sim , Eros.
O que acontece que as pessoas (inclusive a senhora lá) desconhecem o básicio de epistemologia , de filosofia da ciência : não há apenas a maneira reducionista- cartesiana , limitada de se fazer ciência. o investigador pode seguir uma linha integrativa por exemplo.
Não é sobrenatural , é fisica. Somos matéria e energia e é lógico que nosso organismo capta e responde tais estimulos (vide os resultados em recém -natos e em animais) , apesar do nosso lado cético- racional- ver para crer.
a tal senhora perde tempo com estes ataques quando poderia estar cumprindo seu papel de divulgadora cientifica na tão importante area microbiológica. Ao invés disso , soa caduca e está se autodesmoralizando , vide títulos de seus artigos no Globo (exorcismo!) Ninguém mais aguenta os tatibitates dela ,são de rir , vergonha alheia.
Sugiro que voce abra o site da Faculdade de Farmácia da UFRJ e de outras federais para ver o que os verdadeiros cientistas tem pesquisado sobre os medicamentos homeopáticos . Eles fazem ciência aberta e sem preconceitos.


Eros Kerouak 21/08/2023minha estante
Acho muito engraçado a repercussão que esse livro está tendo.
Existem dezenas de livros de ceticismo publicados no Brasil, nenhum deles recebeu nem uma fração dessa repercussão, mesmo abordando os mesmos tópicos de forma parecida. Geralmente isso fica restrito a uma bolha, a maioria das pessoas não sabem nem que esse tipo de livro existe. O único motivo desse livro ter furado a bolha, é que ele ousou falar da psicanálise, que é uma corrente que ainda tem muito prestígio no meio acadêmico e intelectual do Brasil. Isso levou a algumas reações indignadas, chamando atenção de um público maior. Se o livro fosse exatamente o mesmo, sem o capítulo de psicanálise, não estaria tendo toda essa comoção, e imagino que você provavelmente nem o teria lido. Em sua maior parte, a intelectualidade brasileira não dá a mínima para esse tipo de discussão. Esse é o único motivo de a homeopatia persistir mesmo em universidades, indiferença. Você está se iludindo em pensar que a homeopatia é amplamente aceita na comunidade acadêmica. Com exceção dos próprios homeopatas, a maioria dos profissionais e cientistas da área da saúde não leva a homeopatia a sério. Porém, também são poucos os que se incomodam com ela, afinal é só água, custa pouco e mal não vai fazer.


Sou um ávido leitor de epistemologia e filosofia da ciência. Acredito que o método epistemológico deve se adequar ao objeto de estudo. Se o seu objeto de estudo é física, matéria e energia como você falou, isso é hard science, e os resultados confiáveis serão obtidos de forma cartesiana. O seu argumento pode servir para salvar um campo de estudo mais das humanas, talvez até salve a psicanálise. Mas se o seu objeto de estudo for física, matéria e energia, não funciona.


Lualmeidapsi 24/08/2023minha estante
Cada capítulo é farto em referências atestando a ineficácia de cada charlatanismo desses. Mas você não quer perder a boquinha ne



Eros Kerouak 29/08/2023minha estante
Um texto bem interessante que demonstra exatamente o que eu falei anteriormente. Se o livro fosse exatamente o mesmo sem o capítulo sobre psicanálise, duvido muito que o autor desse texto teria se dado ao trabalho de o ler. E mesmo se ele lesse, não teria ficado irritado, acho muito provável que até tivesse gostado.
Acredito que a psicologia possa sim ser estudada por uma abordagem mais hard science do que o da psicanálise, não acho que isso seja impossível. Entretanto, mesmo que a psicanálise não seja um ciência stricto sensu, isso não a torna uma pseudo ciência necessariamente, concordo com essa parte. Mas esse não é o caso da homeopatia, da lei da atração, ou da astrologia. Mesmo que o cérebro seja físico, pode-se argumentar que nossa psique tem algo de metafísico, mas o mesmo não pode ser dito das moléculas de água, da física quântica ou dos astros visíveis no céu.


GIPA_RJ 30/08/2023minha estante
Esta autora está na rota de autodestruição da carreira depois de ter gerado tantos opositores diversos com o.livreco dela. Que gastasse a energia dela com outras coisas . Quero mais é esquecer que ela existe e mudar de canal.


Eros Kerouak 30/08/2023minha estante
Bom, comercialmente o livro é um sucesso, o que é bem surpreendente para uma obra com essa temática. Tem livros com a mesma temática que acho muito melhores inclusive, só que com muito menos gente leu, aí o que adianta?


Outro mérito do livro é promover debates, isso é importante. As pessoas não deveriam levar para o lado pessoal, você também não deveria.


O debate sobre a psicanálise tem sido bastante acalorado entre os psicólogos no meio acadêmico, acho interessante isso estar chegando ao grande público também.


Sustentar que a psicanálise é uma ciência com C maiúsculo é uma posição bastante difícil de manter. O que fica bastante evidente no fato de os psicanalistas nem estarem tentando mais isso. Na verdade, o que observo agora quando os psicanalistas vão defender a psicanálise, é uma estratégia oposta a essa. Dizem que a psicanálise não é uma ciência mesmo, que nunca pretendeu ser, e que isso não é demérito nenhum, afinal nem tudo precisa ser ciência. Em se tratando especificamente da psicanálise, acredito sinceramente que esse argumento pode ser válido. Realmente, nem tudo precisa ser ciência. O grande problema para os psicanalistas, é que a psicologia não vai deixar de ser uma ciência. Eles ficam bastante confortáveis de fugir para o status da não ciência como forma de escapar do estigma de pseudociência, desde que isso não implique que existe uma psicologia que é uma ciência a qual a psicanálise não faz parte. Assim sendo, dizem que uma psicologia científica é impossível, e acusam os psicólogos que buscam uma abordagem mais científica de positivistas, reducionistas, cientificistas, entre outros istas. O fato é, para não cair na pseudociência a psicanálise pode mudar para a caixa da não ciência, mas não vai conseguir carregar a psicologia inteira junto, os psicanalistas vão ter aceitar que continuará existindo uma psicologia que é ciência.


Voltando para práticas como homeopatia, acupuntura, astrologia, etc. Essas são pseudociências, e ao contrário da psicanálise, mesmo se seus praticamentes começarem a dizer que não tem pretensão de ser ciência, continuaram sendo pseudociência. O motivo, diferentemente da psicanálise, essas práticas se baseiam em afirmação de natureza muito mais concreta. São afirmações testáveis em nada metafísicas. Defender que esses charlatanismos tem alguma eficácia, além de efeito placebo, é equivalente a defender que a Terra é plana. Essa é a principal razão dos psicanalistas terem ficado tão ofendidos, pior do que o conteúdo do livro em si, é ver a obra do Freud no mesmo saco de charlatanismos tão evidentes.


Kelly.Azevedo 19/11/2023minha estante
Uma pessoa que utiliza do reiki e acredita em astrologia não tem poder para criticar um livro de desmistificação científica


GIPA_RJ 20/11/2023minha estante
E você é uma ceguinho Kelly. Vem na minha página vomitar ?Te incomodei hein?


caio.lobo. 02/12/2023minha estante
Falta a alguns homens de ciência uma perspectiva da fenomenologia. As coisas podem ser como a ciência descreve, mas em última instância a beleza está nos olhos de quem vê e não em dados positivados


GIPA_RJ 02/12/2023minha estante
Concordo , e mais do que nos olhos , nos sentidos , no sentir.




Max 13/10/2023

O crédulo e a falta de senso crítico...
A capacidade de pensar todos nós, seres humanos, possuímos, mas a capacidade de raciocinar e refletir é privilégio para poucos.
A verdade é que pensar, se informar, cansa, gasta tempo, energia e esforço. Por isso, prá muitas pessoas o caminho mais fácil é acreditar no outro, sem nenhum senso crítico.
Basta ver como a sociedade brasileira, hoje, está dividida pelas "fake news".
Até de vacina se desconfia!
Esta obra ao se propor a informar de forma critica e fundamentada, claro, anda irritando muita gente, principalmente as que sempre acreditam no outro...
Super recomendo!
Regis 14/10/2023minha estante
Seu comentário foi certeiro, Max. Parabéns pela resenha! ????


Max 14/10/2023minha estante
Obrigado, querida Regis!?




Fabio.Nunes 14/09/2023

Abandonar o pensamento mágico
Que bobagem! - Natalia Pasternak e Carlos Orsi
Editora: Contexto, 2023

Comecei esse livro com uma gana em quebrar os argumentos dos autores com relação à psicanálise; e, portanto, vim com sangue no olho.
"Os autores só querem ganhar dinheiro com polêmica!"
Acontece que eu me estrepei. Este livro maturou coisas que eu já refletia há algum tempo, sem ter a coragem de expressar.
Faz um tempo que desenvolvo na minha mente a ideia de que vivemos uma Idade Média da consciência humana; e isso, causado pelo mal do pensamento mágico. Presente em todos os lugares, é ele quem autoriza pessoas a viverem de ilusões; algumas bastante deletérias.
É mais fácil ouvir falar de "cura quântica" do que a real física quântica; é mais fácil culpar o mundo espiritual ou mesmo às suas próprias vibrações mentais pelos infortúnios da vida do que outros fatores muito mais plausíveis; é mais fácil buscar teorias mágicas de fenômenos naturais do que entendê-los de verdade.
Nosso mundo precisa de uma educação que ensine pensamento crítico e científico nas escolas, mais do que nunca.
Por isso, a quem interessar, recomendo a leitura desse livro. Para que seja uma porta de entrada para a ciência e para o debate crítico sobre nossa capacidade humana de criar ilusões que nos afastem o medo da finitude, o medo da morte e o medo do desconhecido.

"Não se trata de desqualificar ou demonizar gente que acredita em práticas de saúde sem comprovação científica ou que tem ideias exóticas (e demonstravelmente falsas) sobre a história humana ou a própria natureza da realidade.
Como vimos, muitas dessas pessoas foram vítimas de um marketing perverso e de uma sociedade que não investe em letramento científico e ensino de pensamento crítico e racional."
Max 15/09/2023minha estante
Ótima resenha!?




Lívia 30/07/2023

Ciência NÃO é opnião
Perfeito! Ciência NÃO é uma questão de opnião e sim de estudos baseados em evidências.
Enquanto não há um só estudo robusto que comprove o funcionamento de " pseudociências", estas devem ficar restritas ao trabalhos de charlatanismo : "Do mesmo capítulo dos defensores da homepatia e cloroquina para covid 19".
O livro mostra a importância de estudos e da Ciência em detrimento de meras opniões negacionistas e sem embasamento científico.
GIPA_RJ 01/08/2023minha estante
adorei este seu ceticismo-dogmático-pragmático....
pode bater ai seu martelo para os que têm preguiça de pensar Lívia. Vai fazendo que nem a laboratorista lá , jogando ai palavras mágicas como cloroquina , charlatanismo para ganhar algumas palmas e alguns likes , perfeito.




Jonnas0 18/10/2023

Bobagem!? Nem tanto assim!
Polêmico, e já vi que quem ama suas pseudociências de estimação se sentiram desconfortáveis. Ótima leitura, só tem a agregar.
Apesar de mexer com as estruturas, quase religiosas, para quem segue à risca tais ciências falaciosas, vale a pena tirar esse tempo para ler e se aprofundar em um conhecimento que pode ser antagônico às nossas raízes culturais. Mas o estudo científico não tá nem aí para nosso pensamento antagônico (a natureza não tá nem aí pra nossa opinião)...
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Charlie Gabriel 01/12/2023

Que desserviço a humanidade
Quando dois moradores de condomínio na crise da meia idade querem dar opinião naquilo que claramente não entendem para se sentir relevante resulta no capitulo referente a Freud, recomendem nem que leiam para contatar o quão patético é esta obra, só passem longe
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spoiler visualizar
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Wintruff 17/08/2023

Necessário
Como o próprio livro diz, as pessoas em sua grande maioria, creem em uma pseudociência e repudiam outra. Acreditar em ovnis? Que besteira! Acreditar em homeopatia? Aaaa mas homeopatia funciona, minhas enxaquecas passaram. Será mesmo?

Leitura clara até para os menos inseridos no meio científico. Muito elucidativo e com as mais variadas explicações sobre ciência e sobre falácias!

Tudo precisa ser ciência? Não! Desde que não finja ser!
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Bruna.Toledo 10/12/2023

É triste ver que tanta gente atacou esse livro por causa de um único capítulo sobre psicanálise. E sinceramente, não vi nada de ofensivo nem de injusto escrito lá.

No mais, excelente livro. Muito bom para entender que a pseudociência está em todos os lugares e parte da culpa é nossa (pesquisadores, cientistas, pós-graduados, acadêmicos) porque não nos damos ao trabalho de dialogar com a população. Mas acima de tudo, a responsabilidade é do nosso sistema educacional que não fornece o mínimo de educação científica e ainda assim espera que as pessoas tenham senso crítico para não cair em charlatanismos... enfim, a hipocrisia.
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Luiz Pereira Júnior 19/08/2023

Capa e coragem
Comprei “Que bobagem!”, de Natalia Pasternak e Carlos Orsi, em uma pré-venda de um site famoso. Infelizmente, na publicação do livro, a capa foi trocada por uma, digamos assim, mais popular(esca). Alguns dias depois, fiz um comentário em um certo aplicativo famoso e a editora me respondeu que me seria enviado um exemplar com a capa original. Fiquei bastante feliz com a decisão da editora, mas não foi o que aconteceu.

“Não julgue o livro pela capa”, é o que devem estar pensando. Mas, na verdade, a capa é (sempre foi e sempre será) aquilo que primeiro vemos em um livro (e, para ser bem sincero, sempre vemos o exterior em primeiro lugar, o que é até mesmo ridiculamente óbvio).

Não se pode, em hipótese alguma, desmerecer a capa, que pode até mesmo se tornar a marca registrada de um determinado autor (Stephen King, por exemplo), de uma determinada série de livros (a icônica série “Vagalume” é um bom exemplo) ou de uma determinada editora para uma determinada faixa etária.

Mas mudemos o foco. Se o que vale é o conteúdo, o livro acerta em cheio e lembra muito “O mundo assombrado pelos demônios”, de Carl Sagan. Em que pese a opinião pessoal dos autores, com exemplos e experiências puramente pessoais, o livro tem forte embasamento teórico e referências muito atuais, que o leitor médio com certeza lembrará (afinal, “Que bobagem!” pode ser classificado como de divulgação científica).

O que é abordado pelo livro? Vamos aos capítulos: Astrologia; Homeopatia; Acupuntura e Medicina Tradicional Chinesa; Curas naturais; Curas energéticas; Modismos de dieta; Psicanálise e psicomodismos; Paranormalidade; Discos voadores; Pseudoarqueologia e deuses astronautas; Antroposofia; Poder quântico e pensamento positivo.

Talvez a característica que mais me chamou a atenção no livro seja justamente a coragem dos autores. É muito fácil criticar a astrologia e a crença em discos voadores, mas fazer o mesmo em relação à psicanálise é realmente dar a cara à tapa. Parabéns aos autores!

Vale a pena ler “Que bobagem!”? Com certeza! Seja qual for a capa...
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vicareno 10/09/2023

Manual para a vida
Sei que somos um país culturalmente supersticioso: isso não mudará, nem precisa. As crenças, mitologias e religiões fazem parte de quem somos.
Porém, o que os autores fizeram com esta obra foi jogar luz sobre práticas que, geralmente, são pouco ou nada compreendidas, além de envolverem dispêndios financeiros, emocionais e comprometimento da saúde das pessoas. O livro é sensacional por isso.
A ciência precisa ser mais difundida e valorizada, pois foi graças a ela que o homem alçou os seus maiores vôos no que concerne à compreensão das coisas (do universo e da vida), à tecnologia e à melhora geral da saúde das pessoas.
Parabenizo enfaticamente Natalia Pasternak e Carlos Orsi pelo trabalho.
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Eros 27/02/2024

Acordem!
O povo quer circo, espetáculo e claro, o caminho mais fácil. Não precisa ser nem real, aqui no caso um placebo, mas tem que ter alguém que diga que é bom! E não falta isso para atender as crendices e superstição dos "macacos pelados" (na expressão do grande biólogo Desmond Morris). O fato é que Natália e Carlos só confirmaram o que eu já sentia, a grande carência pelo ente divino que remove a dor como um passe de mágica. O bom é que esse livro dá nome a tal divindade: Placebo! Efeito abençoado que livra de dores físicas sim, ainda que momentaneamente (porque elas quase sempre voltam), mas que alimentam esse primitivismo idólatra que arrastamos como atavismo. E é assim que os modernos medicamentos curam, mas a cura mesmo é atribuída à homeopatia, passe, reiki, água fluidificada ou seja lá qual... bobagem seja servida ao freguês, mas não esqueçamos, desde que como "tratamento complementar" ou "alternativo" (outro sinônimo para bobagem). O livro é bem menos ácido que essa minha resenha e apresenta muuuuuitos dados científicos para confrontar tanta bobagem (ou baboseira). Certamente não conseguirá ser simpático a muitos, mas leva o recado para aqueles ainda em processo de salvação (científica, é claro!).
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Márcio Leonardo 01/04/2024

Enfim, ciência.
Todo mundo tem a sua pseudociência de estimação. Qual é a sua? Que todos leiam e aprendam o valor da ciência na sociedade.
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Rafael_Santiago 14/01/2024

Ceticismo, pensamento crítico e lógico?
?temas importantes de serem discutidos na atualidade (2024), dado o bombardeio de negacionismo, pseudociência, estelionatários de terno ou ripongos vendendo curas na esquina mais próxima, além desse povo ?na beca? vendendo livro e palestras que tratam o indivíduo como uma empresa. Tem também ?filósofos? modernos com microfone de madona falando para multidões que os endeusam como se tudo que falassem fosse da mais pura verdade absoluta, genialidade e originalidade, nesse ponto a filosofia mais parece uma religião acadêmica. Enfim, essa praga do pensamento simplório seja por má fé ou incompetência cognitiva já impregnou tudo que é segmento?

No início o livro introduz de forma bem amigável o que seria o cerne do pensamento científico moderno e como se afere a validade dos resultados obtidos em pesquisas científicas que buscam fazer ciência de forma séria. No decorrer dos outros capítulos ele pega um dos temas-piada para demolir usando algo inerente do homo sapiens sapiens (mas não tão sapiens assim): o pensamento e ciência prévia séria feita por quem veio antes (e foi um pouquinho mais sapiens que ele sim e nisso o não tão sapiens assim até que fica mais sapiens sim).

Ao usar todos esses temas esdrúxulos que exploram a ignorância, ingenuidade e talvez até desespero de suas vítimas o livro mostra como de forma tácita se pode escapar desses embustes apenas exercitando (de novo) o pensamento crítico, lógico, ceticismo e se valendo da séria ciência prévia.

Vale a leitura, principalmente para estudantes de ensino médio pois é sabido que o ensino no Brasil de longe exercita pensamento crítico, lógico quanto mais científico. Feynman entendeu muito bem o que se passa por aqui quando chegou à conclusão que o ensino brasileiro para ele ?era? baseado em decoreba!

Por fim, se você ama History Channel leia esse livro! ? Vai ser de utilidade pública?
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