xLeoSaraiva 31/12/2023
"Somos causados pelo cosmo, mas não somos a sua causa. O homem moderno não tem nenhum papel na criação".
Considero "O Pálido Ponto Azul", de Carl Sagan, uma continuidade da leitura de "Cosmos", escrito cerca de dez anos antes pelo mesmo autor. Nesse volume, o astrofísico faz reflexões de extrema sensibilidade e profundidade acerca da conexão que envolve todas as criaturas e elementos do universo. Além de compartilhar novidades de sua época, como o sucesso das sondas espaciais Voyager, Sagan faz um trabalho ímpar de divulgação científica ao passo que convida o(a) leitor(a) a conhecer um pouco mais sobre aquilo que a ciência define por Criação.
Mais uma vez, trata-se de uma obra-prima de Carl Sagan. Excelente livro!
SARAIVA, L.*
Trecho da leitura (sem spoilers):
"Para nossos antepassados, muitas coisas na natureza deviam ser temidas: raios, tempestades, terremotos, vulcões, pragas, secas, longos invernos. As religiões nasceram, em parte, como tentativas de aplacar e controlar, ainda que pouco fizessem para compreender, o aspecto desordenado da natureza. A revolução científica permitiu que vislumbrássemos um Universo ordenado, subjacente, em que havia uma harmonia literal dos mundos. Se compreendemos a natureza, existe a perspectiva de controlá-la ou, pelo menos, de mitigar os danos que possa causar. Nesse sentido, a ciência trouxe esperança".
*Resenha escrita meses após a leitura.