Azul Quase Transparente

Azul Quase Transparente Ryu Murakami




Resenhas - Azul Quase Transparente


14 encontrados | exibindo 1 a 14


Lusia.Nicolino 05/05/2024

Eu estranhei, mas gostei.
Um livro diferente e necessário para ampliar a nossa carreira de leitor. A escrita de Ryu é elegante e sofisticada. Mas, a linguagem e algumas passagens podem incomodar, criar algum desconforto. Sobre expressões consideradas preconceituosas há, inclusive, uma observação no final da edição. Azul é seu primeiro romance e foi publicado em 1976! Os personagens parecem cards com algumas informações. Não se sabe bem de onde vem e para onde vão. Se juntam em algumas situações com muito sexo, consumo de drogas, uma vida sem futuro ou perspectivas em um Japão sombrio do pós-guerra. Ryu, o alter ego e protagonista de 19 anos, vive em um apartamento sujo perto de uma base militar americana em Tóquio, onde recebe os amigos que não trabalham e Lily – uma prostituta, parceira sexual mais estável de Ryu – que viverá um dos momentos mais marcantes e nada transparente da trama.

Quote: "Um inseto com carapaça grossa que estava parado no caule do choupo é jogado pela chuva intensificada pelo vento e está tentando andar na direção oposta ao fluxo da água. Será que esses besouros têm ninhos para onde voltar?"

site: https://www.facebook.com/lunicolinole https://www.instagram.com/lu_nicolino_le
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morpheusgf0 24/04/2024

Insano
Após algumas leituras de obras asiáticas - livros coreanos e japoneses, no geral -, decidi dar uma chance a ?Azul quase transparente?, depois de chamar a minha atenção com a boa avaliação no próprio site da editora (darkside).

É completamente diferente de tudo que eu já li.

O livro narra a história de um grupo de jovens no Japão, que não veem perspectiva alguma na vida. São cenas bastante explícitas de sexo e drogas ao longo da narrativa e a sua escrita é igualmente confusa, muito provavelmente com o propósito de inserir o leitor naquele cenário.

Por muitas vezes eu não entendia o que estava acontecendo ou quem eram os personagens, o que dificultou em muitos aspectos a leitura, contudo, é mais um ponto interessante no livro. Você quase se sente como um daqueles jovens perdidos e chapados.

Não recomendaria o livro para quem é sensível a temas como estes - ou inclusive violência -, mas se estiver disposto a encarar algo completamente novo, vá em frente.
Lorena.Zacarone 24/04/2024minha estante
Narrativas asiáticas são tão diferentes do que estamos acostumados, é sempre um desafio cada leitura




NatAlia1571 14/04/2024

Inusitado
Esse livro foi, com certeza, a narrativa mais insana que já li na vida. Muita droga, muito sexo e experiências relatadas que eu jamais imaginaria possíveis de acontecer. Cenas explícitas e bem delicadas, o livro não poupa detalhes, não recomendaria para pessoas de estômago sensível. Além da possibilidade de gatilhos sexuais que podem vir a surgir.
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Jean.Garrett 14/04/2024

Diferente de tudo que li
Criativo, sujo, lisérgico. Primeiro livro que leio da literatura japonesa. Com cenas bastante explícitas, Ry? faz com que os diálogos dos personagens se misturem na narrativa, contribuindo para uma atmosfera em que parece que você está tão drogado quanto eles. O livro faz com que você se sinta parte das orgias relatadas, como um observador (voyeur) atento a cada detalhe. Uma doideira! Uma obra cheia de sexo, drogas e rock 'n' roll. Nota 3,5/5.
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Mariana Dal Chico 08/04/2024


“Azul quase transparente” de Ryū Murakami com tradução de Ayumi Anraku foi publicado no Brasil pela @darksidebooks

Essa é uma leitura que causa muito desconforto desde as primeiras frases, se você é sensível aos temas sexo, abuso de drogas e violência, talvez esse não seja o livro ideal para você. Seu mérito fica por conta da objetividade do autor, que não romantiza ou repreende seus personagens e não há lições de moral mal disfarçadas por redenções e finais felizes.

O livro se passa em Fussa - Japão -, no período do pós-guerra. Ainda que a ocupação estadunidense tenha se encerrado em 1952, eles mantiveram bases militares na ilha de Okinawa.

Os personagens são amigos com pouco mais de 18 anos que estão perdidos, sem saber qual caminho seguir na vida adulta, presos no fundo de um poço sombrio onde só querem a próxima dose para ficarem entorpecidos e esquecerem momentaneamente do tédio que toma conta de suas vidas.

O enredo não é mirabolante e nem tem grandes cenas de ação, o foco é nos personagens que carregam angústia, confusão e medo, muitas vezes são desumanizados e horríveis uns com os outros, ainda que se considerem amigos.

A escrita do autor é caótica como a situação de seus personagens, diálogos se misturam com monólogos internos permeados de alucinações, paranóias e surrealismo.

A trilha sonora me trouxe um sentimento nostálgico já que muitos álbuns citados fizeram parte da minha adolescência e me acompanham até hoje.

site: https://www.instagram.com/p/C5g2fhavkCa/
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Luana 04/04/2024

Certamente, o livro lançado em 1976 deve ter sido impactante em sua época, dada sua descrição vívida do comportamento juvenil no pós-guerra.
No entanto, numa leitura contemporânea, a obra parece-me monótona. Os personagens e a narrativa carecem de profundidade, resultando em uma trama que parece estagnar. Contudo, suspeito que a falta de profundidade na trama seja proposital. Acredito que o autor buscava despertar no leitor a atenção e reflexão na degradação humana em si, evocando sentimentos de repulsa ao retratar jovens constantemente flertando com a morte, através do abuso de drogas e da promiscuidade.
Definitivamente, não é uma leitura para todos, dada sua exploração minuciosa de um estilo de vida imprudente e desenfreado, no entanto, é interessante observar como a percepção da obra pode mudar ao longo do tempo e conforme os valores e sensibilidades da sociedade evoluem.
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ellentavaresp_ 29/03/2024

Para mim, esse livro é basicamente um Trainspotting japonês. Não é exatamente aquele livro rico em acontecimentos cativantes, é mais de acompanhar o que rola e o contexto social da juventude na época, influência ocidental na cultural e afins
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Toniolo 26/03/2024

Azul quase transparente
A escrita é muito boa mas fiquei perdido em várias partes do livro e não entendi o pq de as coisas acontecerem e quem eram os personagens
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Felipe1503 10/02/2024

Datado, a partir disso, ótimo.
É um romance datado, não histórico. Vemos a desilusão dos jovens japoneses da geração nascida no pós guerra que bebe um pouco na cultura norte americana, principalmente em relação ao consumo de drogas e uma emulação do que seria uma geração derivada da beat.
O livro não se aprofunda nos personagens, não sabemos muito os motivos. Mas as situações relatadas são sintomas de uma geração. Portanto, é preciso.
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Raphaella.Saintclair 31/01/2024

Que livro agonizante, nojento e pesado ,o Murakami ele é cru e duro nas palavras e nas descrições, em vários momentos meu estômago dava reviravoltas.
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Gabi Sagaz 21/12/2023

Diferente
O livro fala da relação de um grupo com o uso das drogas. Muitas narrativas de viagens, loucuras e violências. Gostei, mas é impactante.
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Juju 27/10/2023

Uma jovem sociedade arrasada
Em um violento Japão pós-guerra - meados da década de 60 -, pode-se observar de forma gritante indivíduos jovens completamente desiludidos, sem esperanças, potencialmente arrasados e que buscam preencher seu vazio com qualquer coisa que possa lhes entorpecer, distrair. As drogas quase sempre são a principal e mais fácil solução. O abuso de substâncias é o que lhes permite sonhar, ainda que esses sonhos estejam quase sempre repletos de ameaças surrealistas, exageradas e temperadas pelo medo de algo completamente desconhecido. O nome do protagonista é o homônimo de seu ator, Ryu, nesse livro um jovem garoto de apenas 19 anos que passa seus dias imerso em um universo paralelo permeado por sexo, drogas e rock n' roll e flertando violentamente com a morte e seu colapso iminente.

Azul Quase Transparente foi lançado por Ryu Murakami em 1976. Seu romance de estreia, publicado no auge de seus 24 anos e que também foi a obra responsável por catapultá-lo ao estrelato. Desde então, Murakami já está mais do que consolidado como uma das maiores vozes da literatura japonesa, tendo vencido vários prêmios ao longo de sua brilhante carreira como escritor.

Nesse livro especificamente, o autor se dedica a abordar a natureza humana a partir de um ângulo bastante desagradável, o que é bem comum nas obras de Murakami. Não possui muitas páginas, então está mais para uma espécie de ensaio ou novela (120 páginas). Carregado de descrições asquerosas, repugnantes e muito gráficas, somos conduzidos por uma breve e deliriosa jornada de degradação, enquanto observamos impotentes os personagens profanando e destruindo pouco a poucos seus corpos sem esperanças de um amanhã melhor. Com uma trilha sonora adequada, o livro é embalado ao som de The Doors, Rolling Stones e Led Zeppelin, além de outros artistas japoneses.

Sobre a minha experiência: admito que não gostei muito não. Certamente compreendo que o livro deve ter sido muito impactante e ousado para a sociedade japonesa daquela época, um tapa na cara, uma espécie de "acordem e vamos viver a vida!". Mas para os dias atuais, apesar de se adequar em muitos sentidos à nossa realidade, não é uma mensagem que ressoa de maneira tão forte ou estrondosa. O estilo de narrativa é até ok, mas a trama é chata, justamente porque não tem uma história em si acontecendo ali. Fica bem evidente logo no princípio que esse negócio não vai dar em lugar nenhum, são apenas escolhas ruins e suas consequências, as fatalidades de uma vida hedonista, violenta e perigosa. Sem mencionar que os personagens vivem drogados, então o autor se aproveita disso para construir longas 'viagens' reflexivas, metafóricas e extremamente descritivas em um tom até lírico e com cenários imaginários e estranhos. Os maiores sentimentos que me foram despertados durante essa leitura foram os de angústia e nojo, o que creio ser totalmente proposital, afinal a obra foi feita para incomodar e chocar mesmo. A mensagem é até válida, mas não existiam elementos que me prendessem e capturassem a atenção. Definitivamente não é para todo e com certeza não funcionou para mim.
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Juju 27/10/2023

Uma jovem sociedade arrasada
Em um violento Japão pós-guerra - meados da década de 60 -, pode-se observar de forma gritante indivíduos jovens completamente desiludidos, sem esperanças, potencialmente arrasados e que buscam preencher seu vazio com qualquer coisa que possa lhes entorpecer, distrair. As drogas quase sempre são a principal e mais fácil solução. O abuso de substâncias é o que lhes permite sonhar, ainda que esses sonhos estejam quase sempre repletos de ameaças surrealistas, exageradas e temperadas pelo medo de algo completamente desconhecido. O nome do protagonista é o homônimo de seu autor, Ryu, nesse livro um jovem garoto de apenas 19 anos que passa seus dias imerso em um universo paralelo permeado por sexo, drogas e rock n' roll e flertando violentamente com a morte e seu colapso iminente.

Azul Quase Transparente foi lançado por Ryu Murakami em 1976. Seu romance de estreia, publicado no auge de seus 24 anos e que também foi a obra responsável por catapultá-lo ao estrelato. Desde então, Murakami já está mais do que consolidado como uma das maiores vozes da literatura japonesa, tendo vencido vários prêmios ao longo de sua brilhante carreira como escritor.

Nesse livro especificamente, o autor se dedica a abordar a natureza humana a partir de um ângulo bastante desagradável, o que é bem comum nas obras de Murakami. Não possui muitas páginas, então está mais para uma espécie de ensaio ou novela (120 páginas). Carregado de descrições asquerosas, repugnantes e muito gráficas, somos conduzidos por uma breve e deliriosa jornada de degradação, enquanto observamos impotentes os personagens profanando e destruindo pouco a poucos seus corpos sem esperanças de um amanhã melhor. Com uma trilha sonora adequada, o livro é embalado ao som de The Doors, Rolling Stones e Led Zeppelin, além de outros artistas japoneses.

Sobre a minha experiência: admito que não gostei muito não. Certamente compreendo que o livro deve ter sido muito impactante e ousado para a sociedade japonesa daquela época, um tapa na cara, uma espécie de "acordem e vamos viver a vida!". Mas para os dias atuais, apesar de se adequar em muitos sentidos à nossa realidade, não é uma mensagem que ressoa de maneira tão forte ou estrondosa. O estilo de narrativa é até ok, mas a trama é chata, justamente porque não tem uma história em si acontecendo ali. Fica bem evidente logo no princípio que esse negócio não vai dar em lugar nenhum, são apenas escolhas ruins e suas consequências, as fatalidades de uma vida hedonista, violenta e perigosa. Sem mencionar que os personagens vivem drogados, então o autor se aproveita disso para construir longas 'viagens' reflexivas, metafóricas e extremamente descritivas em um tom até lírico e com cenários imaginários e estranhos. Os maiores sentimentos que me foram despertados durante essa leitura foram os de angústia e nojo, o que creio ser totalmente proposital, afinal a obra foi feita para incomodar e chocar mesmo. A mensagem é até válida, mas não existiam elementos que me prendessem e capturassem a atenção. Definitivamente não é para todo mundo e com certeza não funcionou para mim.
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