Resenhas - Para Ana, com amor

RaquelTerezani 10/02/2024

Muito bom
Não, o tema não é leve, mas não fiquei com uma sensação ruim como outros livros com temas fortes que já tentei ler (e abandonei). O relato me atingiu de tal forma que senti fome lendo, cada vez que a protagonista falava há quanto tempo estava sem comer ou descrevia o que estava no prato, os cheiros, etc., meu estômago era afetado. Bom destacar que não senti repulsa em nenhum momento.

Gostei também que não há romance.

A leitura me prendeu como não acontecia há tempos. Daquele tipo "tenho que dormir cedo hoje, vou ler só dois capítulos" e acabar lendo dez.

Dos quatro livros que eu já li da autora, esse é meu preferido. É também o mais recente, então acredito que a escrita dela está evoluindo, reli vários parágrafos pensando "que foda, quero escrever assim quando eu crescer".


Para ler, refletir, torcer, solidarizar, enfim, recomendo demais!

Ana B 07/02/2024

Tô procurando ler mais livros nacionais. Encontrei esse livro e me interessei sobre o tema. Achei que a escritora soube descrever mto bem os sentimentos de uma pessoa com distúrbio alimentar. Durante a leitura nada me abalou, mas possui umas cenas gatilho, os pensamentos da protagonista com o próprio corpo também.

Achei legal

leobalarin 15/01/2024

PARA ANA, COM AMOR
?Antes de mais nada é bom alertar que é um livro muito forte e pode gerar bastante gatilho, principalmente por tratar de temas como distúrbios alimentares e questões com corpo ligados a dietas e emagrecimentos. ?Minha irmã me indicou esse livro e foi uma grande surpresa, a história é forte, real e faz você ficar extremamente incomodado (no bom sentido) e tocado.?Conhecemos Duda ou Ana Eduarda, uma mulher que está entrando na faculdade e tem inúmeras questões com seu corpo e isso faz com que ela se feche para todos seus relacionamentos, seja amoroso ou amizades e até mesmo com sua mãe. ?Ela não aceita o seu corpo e vive focada em querer emagrecer e está disposta a fazer de tudo pra que ela atinja esse resultado, e quando eu digo tudo é tudo, desde não comer, tomar apenas líquidos, fazer uso de laxantes para soltar o intestino até mesmo a prática de bulimia.
Na história Duda conhece Katia na faculdade e elas se tornam amigas, e ali elas se conhecendo um pouco melhor percebem que possuem as mesmas questões em querer serem magras a qualquer custo. Não fica explícito, mas na minha percepção as personagens têm disforia de imagem, onde se enxergam de um jeito que não condiz com a realidade. ?Essa amizade faz com que uma incentive a outra a seguirem firme nas dietas ou em simplesmente não comerem para atingir o resultado do ?corpo ideal?.?Obviamente que tudo isso gera consequências de saúde graves, além da saúde mental e em todas as relações das personagens, tudo é mostrado de forma muito real o que faz a história ser ainda melhor e mais comovente. ?Recomendo demais e se você estiver passando por algo assim, busque ajuda.

Mandy0780 12/01/2024

Tocante e surpreendente
Acredito que sejam os melhores adjetivos para esse livro. Simplesmente tocou tudo, tocou minha infância, meus traumas, minha pré adolescência, minha vida amorosa, tudo.
Especialmente como mulher gorda, me identifiquei em diversas partes, especialmente no desespero para se livrar de algo nojento, um fardo. Sempre fomos ensinadas a sumir com ele, seja lá como fosse. Além disso, fiquei surpresa ao perceber que a protagonista era realmente uma mulher gorda, destruindo o estereótipo de apenas mulheres magras sentirem a dor da anorexia.
Quando comecei a ler, achei que não estava apta, pq comecei a cogitar ouvir as ?dicas? da Duda de maneira mais ?saudável?, mas depois percebi, com a virada de chave dela, que não havia maneira saudável de seguir aqueles rituais suicidas. Que são apenas uma tentativa desesperada de sumir com aquilo que nos incomoda, nós mesmas.
Se uma mulher gorda resolve viver para chegar a magreza, ela vive para os padrões e morre para si, para quem a ama e eu sinceramente espero que nenhuma mulher tenha que passar por isso.
Descobri ao decorrer da leitura que o fardo que queria junto de Duda ?me livrar? era eu, cada medida, caloria, marca, faz a Amanda, e eu não acho justo que eu ou Duda ou qualquer mulher do mundo se veja como um fardo.
Duda foi uma força ao olhar para si e ver que não estava bem, foi uma força ao tentar comer, ao desabafar com a Suzana, e especialmente, ao demonstrar apenas com os relatos de sua vida, que nos amar é um ato de resistência, mesmo quando a sociedade ou até nossa própria cabeça nos impulsiona ao contrário. :)
Obrigada Duda e Larissa ??

Mariana_ 04/01/2024

Um livro difícil....
Uma história sobretudo, real, cruel e visceral. Não recomendado para pessoas sensíveis. Contém gatilhos!!!! Leia com responsabilidade.

Blue.berry 28/12/2023

" Prefiro morrer do que ser gorda "
Esse livro foi uma série de socos bem na boca do estômago. Ele te atinge bem onde dói e principalmente te faz entender como uma pessoa com transtorno alimentar pensa, te faz enxergar como eles exergam.
Nesse livro vamos embarcar com duda para o fundo do poço, vamos ver ela se afastar de todos e até de si mesma, se perder cada dia mais. Mas também vemos ela perceber que precisa de ajuda pra sair desse poço, que garotas fortes podem pedir ajuda.
A Larissa soube desenvolver essa história muito bem, com capítulos curtos e fluidos e com uma escrita simples que aproxima você da personagem. Ela consegeu mostrar muito bem a importância de uma rede de apoio para pessoas com transtornos mentais e de como o tratamento nao vai ser eficaz ate que a pessoa entenda de verdade que precisa de ajuda. Tenho certeza que essa obra ainda vai abrir a mente de muita gente.

R4vi 22/12/2023

"Eu prefiro morrer a ser gorda"
Isso não foi um tapa na cara, foi um murro no corpo inteiro. A história é meio díficl de engolir, a autora retrata tudo de maneira dolorida e foi difícil etender quando era a personagem falando e quando era eu mesma pensando, a gente se mescla com ela, me identifiquei muito com a situação da Duda, ela não é fácil e muito menos tudoo que ela passa consigo mesmo e com a Kátia.

A leitura é super fluida, os capítulos são bem curtos(acho que os maiores tinham 3 ou 4 páginas) o que me pegou demais, porque sou do tipo "Só mais um capítulo e paro", só parei quando acabou, mas queria mais. A narradora tem vinte anos, então é super fácil de entender a história e se ver nela.

Achei muito maneiro a autora falar sobre como vemos as pessoas nas redes sociais e como são na vida real, as persoangens são maravilhosas, dei muitos gritos com a Kátia e me vi demais nos problemas entre a Duda e a Pri. Lidar com nosso corpo é difícil demais e conseguir ajuda pode ser mais ainda, é uma história muito real, Larissa Siriani acertou demais.

Maria.Clara 21/12/2023

Para Ana, com amor
Eu tenho tantas coisas pra escrever sobre esse livro, mas tudo expõem demais, então vou tentar sintetizar bem de uma forma que não seja desconfortável.
Eu odiei e amei ler esse livro, a Larissa te coloca dentro da cabeça da protagonista de um jeito que doi. Acho que eu nunca imaginei que pudesse ser tão ruim.
A escrita em si é muito fluida e envolvente, mas realmente muito repetitivo, não de um jeito ruim, se não fosse tão repetitivo acho que não doeria tanto.
Mas enfim, não sou uma ?garota forte?, como já quis ser, nem uma ?garota saudável?.

¿sarita? 20/11/2023

Senti uma sensação única lendo esse livro, uma mistura de pavor, identificação e tristeza.
acho totalmente problemático ter me identificado com o livro, mas foi reconfortante saber que tem mais pessoas que se sentem como eu?absolutamente tudo que a duda passa eu já passei e estou passando.
com certeza esta em um dos melhores livros que eu ja li.
espero que todas as pessoas que também tenham se identificado estejam bem.

dramaliteral 30/10/2023

Gostei mas não foi o que esperava
Eu tive alguns sentimentos conflituosos em relação a esse livro. Tinha boas expectativas porque vi boas resenhas dele, mas ele não foi o que eu esperava.

O livro não é ruim, trata de um assunto complicado e muito delicado. Eu sou uma pessoa que tenho transtornos psicológicos e TA ja foi uma realidade na minha vida mas não tão forte como outras personagens e não como a personagem do livro sofre.

O meu problema com o livro foi que 1- achei a personagem um pouco chata, mesquinha, ingrata etc. E, 2- achei a narrativa cansativa e repetitiva.

Sobre o primeiro ponto eu tive o sentimento contrastante e não decidi o que pensar sobre. Por um lado, eu acho que personagens precisam ser tridimensionais e não fazer eles perfeitos e ótimo para a história e a duda e, claramente, uma pessoa cheia de defeitos, egoista e muito ali acontece por conta do transtorno dela e a visão dela é muito distorcida porque ela realmente acredita que ela ta fazendo o bem. Mas, por outro lado acho que essa narrativa reforça muito que pessoas com problemas psicológicos não tem noção sobre suas ações, sendo que tem sim. Ter um problema desses é uma coisa, ser uma pessoa babaca e sem caráter é outra diferente. E eu scuo que a duda cai um pouco pra esse lado da falta de carater sim kkkk ela estava mal e por estar mal não queria ver ninguém sendo feliz e chegou a levar a amiga dela a quase MORRER literalmente, ela estava induzindo a amiga dela aquilo e isso não tem desculpas so porque ela tem um transtorno.

Agora meu segundo ponto é sobre a narrativa. A autora não escreve mal! A escrita é direta e fluida. Mas, os capítulos são quase TODOS focados na comida. É óbvio que esse é o tema do livro, mas achei que ficou tão repetitivo e falando coisas que ja entendemos que isso enfraqueceu outros aspectos como as relações delas com as pessoas. As vivências dela, como ela e a amiga dela da faculdade se aproximaram pq foi tudo mt "rapido" e nada natural. Basicamente os capítulos são todos semelhantes um ao outro kkkkk eu ja abria sabendo o que ia acontecer, ela escondendo comida e ela se culpando. Acho que foi uma escolha da autora pq, de fato, essa escolha de narrativa faz a gente viver a mente compulsiva da personagem e ver que aquilo e a vida dela, mas por outro lado acho que enfraqueceu o texto, dava pra abordar esse tema como central mas com o texto tendo mais riqueza. Tbm achei que a duda e algumas coisas estavam muito infantis, por vezes achei que talvez a historia caberia melhor se fosse passado no ensino médio (?)

Por último, uma coisa que eu gostei MUITO foi mostrar o quão difícil é achar profissionais capacitados e bons que a gente se identifica. Tem muitos médicos, psicólogos, nutricionistas que mais pioram que ajudam nossos quadros. Adorei a forma que isso foi abordado, bem realista!

Camila Zuza 18/10/2023

Vontade de pegar a Duda no colo e colocar em um potinho
Eu gostei do livro sofri junto com a Duda foi difícil ver a realidade dela ver que ela não comida mesmo estando com fome se afastou dos amigos eu me surpreendi quando mostrou que o afastamento dela com a amiga não foi culpa da amiga e sim que a ela não consegui ver o que Duda estava passando e tentou ajudar ele livro forte mais com muitos ensinamentos

Leticia.Saggese 17/10/2023

Para Larissa, com amor.
Eu tive que pensar muitas vezes sobre como colocar em palavras tudo que eu senti lendo esse livro. A escrita da Larissa é real, muitas vezes bruta e com muita sinceridade. Crescemos numa sociedade onde se busca o ?corpo perfeito?, mas o que se enquadra nisso? Hoje, mesmo com tantos pensamentos relacionados a body positivity, ainda existe a ditadura da magreza. A Duda é um retrato de como somos capazes de nos machucarmos até alcançarmos esse padrão inalcançável e prejudicial. A história de Duda, com suas culpas e tantos outros questionamentos, se torna cada vez mais real conforme as páginas avançam e acabamos percebendo que queremos que ela peça ajuda e consiga começar a se amar e deixar ser amada, do jeito que é. E queremos ajudá-la também. A Larissa coloca todos os dilemas da personagem de uma maneira que acabamos nos questionando, em determinados momentos, se é realmente um exagero por parte das pessoas ao redor da Duda, já que vemos tudo pelo seu ponto de vista, ou se realmente ela não aceita que está doente, entre tantas outras indagações que somente essa sociedade pautada em magreza nos faz refletir sobre nossos hábitos e até sobre o jeito que falamos com outras pessoas quando se trata de peso. Peço cuidado com quem passa pela parte mais difícil da doença no momento, por ter cenas muito explícitas, que podem gerar gatilhos em algumas cenas. Obrigada por nos mostrar um pouco do reflexo da nossa sociedade que ainda se encontra tão doente por um padrão de beleza estética e que, por muitas vezes, são irreais, Larissa. Com amor.

Sarah 19/09/2023

Ana não é sua amiga
Quem tem problemas com a aparência sabe que muitas vezes achamos que só depois de sermos magros que seremos felizes. Ana encontrava-se desta forma, sem um norte, com sua vida focada na necessidade de perder peso e nada mais importava. Neste livro, como num diário, acompanhamos o dia a dia de Ana Eduarda que está iniciando a faculdade, porém com a vida social abalada e com um único foco na visa que é de transformar o seu corpo.

Ana não tem esperanças e nem perspectivas na vida além da necessidade do corpo magro. O seu modo de agir e pensar afasta as amizades que tentam se aproximar dela, assim como sua família. É doloro ver e se identificar com a forma como pessoas acima do peso sofrem julgamento da família e de profissionais da saúde que são incapazes de perceber a dor que uma pessoa com transtorno alimentar pode estar enfrentando.


Certamente, "Para Ana com amor" não é um livro para pessoas que estão passando pelas mesmas batalhas que ela, inclusive, acho que deveria ter um alerta de gatilho. Mas, é uma obra que nos faz refletir sobre doenças alimentares e nos alerta para o quão prejudicial é nos entregar para idéias ruins que estão na nossa mente. Há muitas Anas Eduardas que necessitam vencer essa batalha.

Ale Gilos 08/09/2023

Brutal e incrível
Já tinha lido duas outras histórias da Larissa e me encantado com a sua escrita. Mas esse livro, 🤬 #$%!& !
Para Ana, com amor é brutal, visceral e verdadeiro. E exatamente por isso, incrivelmente necessário.
Como alguém que viveu a adolescência nos anos 90, sob a pressão estética bizarra e flertando com distúrbios alimentares e me achando muito fraca por nunca conseguir efetivamente abraçar nenhum deles, a história foi um soco. Um soco muito bem escrito e desenvolvido.
A história pegou fundo, chorei em várias partes. Me indignei com trechos q exemplificam bem profissionais despreparados e como indiretamente qualquer um acha coerente e legal fazer comentarios sobre o corpo alheio, sem nemhum bom senso.
Garotas de vidro e essa história ocupam o pódio de narrativas necessárias.
Leiam! Leiam com atenção e cuidado.
(não recomendo ler se vc estiver em um momento delicdo da sua doença).