Mia Fernandes 20/01/2024
Às vezes é preciso ignorar e apenas estar presente
Lembrei daquela vibe dos livros John Green, com as suas temidas capas azuis, a gente já sabia que viria a sofrência naquelas histórias.
Meia vida do amor é isso, tem uma vibe de Os dois morrem no final, porém , diferente do último, esse livro da autora Brianna Bourne, não conseguiu mexer com a química do meu cérebro e despertar a emoção que a história pedia.
O que você faria se soubesse o dia que fosse morrer ? Aqui, a pessoa, ao sofrer uma convulsão, descobre que chegou na metade da sua vida. E ninguém pode escapar do botão da morte. É tipo uma loteria, isso acontece com crianças e adultos.
Flint lidou de uma maneira no qual se castigou desde que sofreu sua convulsão aos oito anos de idade. Só lhe restava mais oito anos de vida. Ele não se formaria na escola, não teria um futuro, não seria piloto. E agora, faltando dois meses pra sua data da morte, ele retorna para sua cidade natal, Carbon Junction. Ele cortou tudo que trazia vida, cor e esperança na sua vida. Até que esbarra com September, uma garota pura luz e alegria, que o faz repensar suas escolhas.
"Talvez ele possa ser a pessoa a quem recorro quando a escuridão falar mais alto, e eu possa ser essa pessoa para ele."
"Por que essa garota me passa a impressão de que é possível desacelerar? Olhar, ouvir e simplesmente aproveitar ? Nos últimos oito anos, tudo que tenho feito é controlar as coisas. Eu me proibi de comer minhas comidas preferidas, de ouvir minhas músicas preferidas, de ler qualquer coisa que não fosse a literatura russa mais deprimente. Ela está prestes a acabar com o garoto que eu era quando cheguei a Carbon Junction."
Ambos escondem segredos e uma escuridão que ameaçam engolir suas esperanças, sua fé e o momento presente. Será que Flint e September, mesmo com o tempo contra eles, poderá mudar o seu destino e fazer a diferença nesse mundo? Mesmo com os dias contados?
"Acho que a coisa mais incrível e corajosa que alguém pode fazer é enxergar a beleza apesar de toda a dor".
Foram nas últimas páginas, que comecei a curtir a história e desacelerado os momentos de babaca e egoísta do protagonista. E ambos puderam viver o momento presente. A divindade da vida, daquele dia, intensamente. Criar memórias, lembranças que vão ficar para sempre enquanto vivermos.
"Não importa quanto tempo passa, sempre restará algo dela dentro de você".
Xoxo
Mia Fernandes