Alê | @adagaliteraria 10/05/2024
Ele era o homem mais bonito do olimpo... E se eu não tomasse cuidado, ele seria a minha morte.
Psiquê Dimitriou aprendeu a navegar habilmente na sociedade do Olimpo, se vê envolvida em uma trama arquitetada pela impiedosa Afrodite. A deusa, ordena a seu filho, Eros, que traga o coração dela. No entanto, Eros, ao contrário das expectativas de sua mãe, decide proteger Psiquê, culminando em uma solução improvável: o casamento.
Psiquê, assim como sua irmã, Perséfone, se destaca sendo cativante e bem desenvolvida ao longo da história. Sua personalidade gentil coexiste com uma astúcia e inteligência admiráveis. Já Eros é marcado por um passado de manipulação e abuso sob a tutela de Afrodite, o que faz ter dificuldade de acreditar no amor, e principalmente de ser merecedor dele.
No entanto, Psiquê desperta nele um instinto protetor, desencadeando uma complexa dinâmica entre os dois. O relacionamento do casal é habilmente desenvolvido, sendo permeado por provocações e flertes que evoluem para um sentimento mais profundo. Embora ambos neguem, suas ações falam mais alto. As cenas mais intensas são descritas com precisão, equilibrando-se harmoniosamente com as ameaças de Afrodite e os planos do casal para escapar da influência da deusa.
Outra coisa que me deixou muito feliz, foi a Psiquê trazer representatividade gorda, ela ama seu corpo. Todas as vezes que eu encontro uma protagonista gorda fico com o coração aquecido e me sinto acolhida.
Eros tem uma jornada linda, se desvinculando de um papel como mera arma nas mãos da sua mãe. A narrativa também destaca a diversidade sexual, com ambos os protagonistas identificados como bi/pan, uma característica compartilhada por vários outros personagens. Essa representatividade contribui para enriquecer a trama e oferece uma perspectiva inclusiva aos leitores.
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