Quando os prédios começaram a cair

Quando os prédios começaram a cair Mauro Paz




Resenhas - Quando os prédios começaram a cair


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Priscila.Mastranto 14/05/2024

Muito bom o livro. Capítulos curtos e diretos. Ficção com realidade. Triste, trágico...não somos nada diante da força da natureza.
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Dilso 26/04/2024

Romance inteligente e de ótima leitura...
[Distopia?] que contrói a história, ao mesmo tempo em que desconstrói a vida do protagonista e destrói a cidade, o mundo... ao narrar, em primeira pessoa, uma "epidemia" de quedas de prédios, o caos que satiriza literariamente a nossa situação real de solidão, comportamentos de negligência política, conspirações mirabolantes, religião, depressão, buscas, separações... durante a Covid-19. Romance inteligente e gostoso de ler.
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Dokisnowy 11/04/2024

Não indico
Uma distopia que se passa no cenário de São Paulo, contada pela visão de Solano, um homem cujo passado lhe persegue, um personagem cético, desconfiado e desiludido. Acompanhamos Solano que tem um caso com uma jovem quase duas décadas mais jovem que nosso protagonista Solano. Intitulada como Georgia, que o visita às cinco horas das terças e quintas. Após a queda do primeiro prédio, Georgia vai embora do apartamento de Solano nervosa falando que precisam dela, o que deixava ao ar que talvez a personagem seja bombeira, e na quinta não aparece como combinado. Acompanhamos Solano em sua busca pela garota durante todo o livro, descobrindo sobre sua vida e como chegou ali.



Crítica com spoilers e opiniões pessoais, cuidado.





Gostei como o autor fez o personagem, identifiquei realmente os traços de um homem, fugindo do fantasioso que temos em muitos livros, um homem possessivo que ao saber que suas companheiras já haviam tido a primeira relação com outros homens se incomodava, ou como conseguia ser estupido e deixar pequenos momentos de prazer acabarem com toda sua vida.

Me peguei enfurecida ao saber como Solano chegou ao fim do poço em que estava, saiu do interior e entrou na dita como a melhor faculdade do brasil, fez amizade com alguém de classe alta como JP e conseguiu um emprego bom, conheceu alguém de vida assim como ele e se casou, poderia ser uma ótima história se o homem não tivesse procurado soluções aos seus momentos de tristeza na maconha e em outras mulheres, achando que Andressa não iria desconfiar, Andressa havia conseguido um cargo melhor, e viajava as vezes 10 dias ou até mais fora, e como sempre, o homem se sentiu só e foi em busca de resolver seu problema. A mulher engravidou e Solano se viu no dever de retomar sua vida familiar, cuidando da sua filha Luiza.
Solano se dedicou a sua esposa e filha, sempre trabalhando mais, sempre rendendo mais, consequentemente desenvolvendo um burnout, que levou o mesmo a pegar um atestado de dois meses.
Durante esse periodo Solano se sentia incomodado ate com a presença da filha, o que me leva a odiar mais ainda esse personagem, que se sentia menosprezado por estar em um momento ruim de sua vida, e por isso se sentia atacado ao ter sua filha do seu lado para ver séries no sofá ou coisa do tipo. Com o passar do tempo, Solano começou a desconfiar de Andressa, o que levou o mesmo a mexer no telefone da esposa e descobrir que Luiza sequer era sua filha, então Solano abandonou a casa.

Solano passou a viver de bicos, o livro não deixa claro mas aparenta que Andressa tinha casos com JP que era seu melhor amigo que lhe rendeu tal trabalho. Solano voltou ao fim do poço, e após os prédios começaram a cair e o sumiço de Georgia, que ele continuava procurando, Solano descobriu que a mesma fazia balé, ficou na espreita do local tentando esperar Georgia para saber o que havia acontecido, e acabou se encontrando com Luiza.

Luzia após quase um ano se mostrou muito aceita com o abandono do pai, o que me deixa frustrada com a falta de desenvolvimento de Luiza e Andressa, pois após alguns capítulos, Luiza leva seu pai ao antigo apartamento, onde tudo continua o mesmo, e acaba se encontrando com a ex-esposa, que fala sentir saudades e ter procurado o marido até em um cemitério. Os dois discutem e Andressa revela que achava que viviam em um relacionamento aberto com sarcasmo, afinal, Solano foi o primeiro a trair a mulher.

Da mesma forma, as duas continuaram dispostas a aceitar a volta do homem em suas vidas.

Após isso as duas vão para o interior, fugindo da loucura da cidade grande, dos prédios caindo, de pessoas morando na rua, Solano continua sua jornada com o índio que conheceu nas suas espionagens a escola de balé, ate chegar o momento que decide desistir de procurar georgia e procurar sua família, e quando o mesmo chega na casa do interior, não as encontra, volta, e não encontra o índio, ficando só.

Sinceramente, eu não gostei muito desse livro, esperava algo a mais, a historia tava boa até mostrar esse personagem de personalidade tão escrota, não sei se o objetivo do Mauro era realmente fazer a gente criar esse ódio pelo protagonista, mas foi a única coisa que senti, achei a escrita várias vezes grotesca, mas talvez seja pela minha falta de costume com palavras de baixo calão em livros.
Não indicaria esse livro como uma boa leitura, devorei o livro em dois dias pela curiosidade de saber o que houve com Georgia, mas o fim foi em um aberto que sequer dá para tirar uma conclusão.
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tooonho 05/04/2024

Que história sensacional! e hábil em atravessar caminhos e histórias dentro da história maior. muito bom, especialmente pela forma das questões levantadas e como a leitura nos surpreende a cada página. Mauro brilhou muito neste!
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Dimas.Samuel 02/04/2024

Aqui o autor nos apresenta a seu protagonista, um homem que abandonou emprego e família e vive de passear com cães. Um dia da semana, tem seu momento de maior prazer com uma estranha, com quem transa e fuma. Até que prédios começam a cair no mundo todo, o que lhe retira a paz de espírito, enquanto procura essa estranha e, ao mesmo tempo, faz reviver seus relacionamentos passados. Há uma grande inventividade sobre o que acontece diante dessa epidemia, com pessoas indo dormir nas praças, e como, nesse mundo solitário e melancólico, nos afeiçoamos a pequenos gestos de solidariedade e carinho.
Gostei muito da escrita do autor, é toda em frases curtas, ágeis. É um livro tremendamente rápido de se ler por ser envolvente, com capítulos curtos. Não se demora nem se alonga, mas é ao mesmo tempo uma história que, quando finalizada, permanece com você por algum tempo. É aquele tipo que faz olhar para a cidade, para a natureza e para as nossas dinâmicas e relações com uma outra perspectiva.
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Catarina.Darte 23/03/2024

Eu nunca fiquei chapada?
Mas se eu tivesse que descrever a sensação de estar chapada, eu poderia apenas citar esse livro.
Eu me interessei nesse livro por sua proposta de mistério e surrealismo, mas não esperava que ela também prometia um nível extraordinário de confusão mental e um cheiro de erva.
Eu tenho que confessar que consegui me conectar com o protagonista e achei sua história interessante, entretanto não foi fácil tragar essa narrativa.
Me senti mais perdida que o Solano em sua jornada de descoberta e superação.
Enfim, já fazem dois dias que finalizei essa leitura mas a brisa persistiu na minha cabeça até o memento dessa resenha.
Não sei se recomendaria esse livro, talvez para um inimigo?!
Enfim, essa é minha impressão dessa história.
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EduardoHelmer 02/03/2024

Não é pra mim
Ah me desculpe mas esse protagonista me deu um asco tão grande que me tirou a vontade de continuar o livro, minha unica motivação para continuar seria critica-lo quando deveria ser a curiosidade quanto ao porque dos prédios estarem caindo. Acompanhar um homem sem graça atrás de uma mulher ~misteriosa~ enquanto prédios começam a cair, ah me poupe.
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Uma Vida em Cada Livro 02/03/2024

Achei o final incompleto...
Eu adorei a leitura. É um livro muito interessante, mas achei que faltou realmente um final.
- Mostra o desespero de uma pessoa com problemas psicológicos decorrentes da intensidade do trabalho.
- Retrata a agonia da cidade de São Paulo que, assim como o mundo inteiro, está vendo seus prédios com mais de 8 andares desabarem sem explicações.
- É interessante como as fake news e teorias da conspiração são mencionadas como justificativas para as quedas dos prédios.
- E, como eu disse, acho que o final não ficou bem desenvolvido. Você não sabe se as coisas melhoram, a causa da queda dos prédios, se ele encontra a pessoa que estava procurando. Achei que ficou incompleto.
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Thali 25/02/2024

A vida é mais do que você imagina e menos do que você gostaria que fosse.
Neste romance contemporâneo, acompanhamos a vida de Solano, um homem com mais de 40 anos, que passeia com cães pra sobreviver, mora em uma kitnet no centro da São Paulo e se encontra semanalmente com uma mulher bem mais jovem, que ele conheceu por aplicativo. No dia em que o primeiro prédio cai em São Paulo, essa jovem some, e a partir daí vamos acompanhando a busca de Solano por ela e descobrindo que não são só os prédios que estão desmoronando.

O livro tem uma história boa, misturando um pouco de distopia com suspense e drama psicológico. Conforme avançamos na história do personagem e vamos descobrindo o que o levou até aquele ponto, fica claro que o desabamento dos prédios também é o desabamento interno dele, da vida dele, de suas certezas.

(daqui em diante eu cito alguns trechos do livro, então se não quiser nenhum tipo de spoiler, não leia).

É impossível não notar que parte do cenário é inspirado na época de isolamento da pandemia da Covid-19. Isso fica claro em alguns trechos, como "Quantas vidas se consumiram enclausuradas entre paredes rachadas de prédios que resistiam à doença do mundo?" e ainda mais nítido em: "O presidente da República, por exemplo, queria o adiamento das eleições por tempo indeterminado. Militares, evangélicos e uma veterana atriz de novela o apoiavam."

Há uma forte crítica em relação à lógica capitalista e exploratória que vivemos, ao trabalho em excesso, ao liberalismo e a lógica de mercado. Isso fica evidente em trechos como: "Os liberais de hoje vibrariam com um cidadão desses. VIveu pouco. Produziu muito. E não gerou custos previdenciários" e "Nessa falsa corrida entre funcionários, os únicos vencedores são os donos das empresas e os acionistas".

Outro ponto que gostei é que a história de passa em São Paulo, então vários lugares bastante conhecidos (por quem conhece a cidade) são citados (bairros, avenidas, prédios, etc.)

Apesar de ter um enredo bem interessante, alguns pontos deixaram a desejar. Achei o personagem principal um pouco forçado, no vocabulário, nas palavras escolhidas e na repetida necessidade de "acender um baseado". Mas também pode ser alguma implicância minha rs. Do meio para o fim do livro parece que falta uma "cola" pra dar sustentação a toda a história, e isso dá a sensação de que os vários elementos ficaram todos soltos e que a história perde força. Também senti que faltou explorar um pouco mais o motivo principal que levou ele a essa situação (sim, todos fazemos merda, mas dá pra simplesmente ignorar uma coisa dessas e seguir em frente? O que se esperava do personagem? O que era possível ser feito?).

Enfim, foi uma leitura fluida pra mim, achei a história por trás muito boa, mas que faltou um pouco de força no final.
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João 16/02/2024

Me lembrou o filme Não Olhe pra Cima: uma crítica muito direta e óbvia ?mascarada? em algo mais profundo. Apesar disso, é um livro divertido.
Só não achei tão sério quanto se propôs a ser
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@raissa.reads 15/02/2024

"A vida é mais do que você imagina e menos do que você gostaria que fosse."

Um livro fluido, com escrita simples e que te pega nas primeiras páginas. Uma mistura de mistério em cima de mistério na qual vemos Solano buscando por Geórgia ao mesmo tempo em que a cidade está caindo. Vemos o perfeito paralelo entre o caos interno do personagem com o caos externo da cidade. Mauro Paz tem uma escrita com sacadas muito inteligentes e com um toque de humor áspero sobre como o governo lida com uma situação emergencial, fazendo todos os paralelos possíveis com o que passamos em 2021. Por fim, a história é centrada na vida de um cara que teve muitos obstaculos na vida e ao inves de encarar ele escolheu fugir de todos até chegar ao ponto onde ele não teve mais escolha de voltar e tentar encarar elas. Talvez a moral seja que as vezes é tarde demais.

Perfil literário: @raissa.reads
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