Resenhas - A deusa em chamas

guigomb 24/04/2024

Cruel, trágico e surpreendente
Faço da resenha desse livro a minha opinião sobre toda a série (risco de spoiler!)

~a guerra da papoula~

atendeu a todas as minhas expectativas. a sede por poder e vingança da Rin foi muito bem desenvolvida, me fez passar o livro todo entre "meu deus, que mulher foda" e "meu deus, que mulher doida". a construção dela, não necessariamente como heroína, mas como anti-heroína, foi algo novo pra mim, que estou acostumado a histórias duais entre herói e vilão, e justamente por isso, me surpreendeu demais.

~a república do dragão~

a capa mais bonita dos três! a aliança entre a Rin e a República, do início até quase o fim, me pareceu a escolha mais sensata a se fazer, uma excelente alternativa ao regime totalitário da imperatriz (KKKKK tonto demais). a entrada dos hesperianos na narrativa como os grandes salvadores, quem faria a balança pender para o lado da República, a imobilização deles durante toda a guerra civil, o desprezo para com os nikaras... tudo isso me lembrou demais os EUA: o grande semeador da "democracia" no mundo. nota 10 pela alusão histórica. no geral, me agradou, um pouco menos que a guerra da papoula, talvez pela sequência infindável de batalhas, mas foi grandioso.

~a deusa em chamas~

enfim, minha opinião sobre a conclusão da série. novamente, a sequência de batalhas me incomodou. eu entendo que o nome da trilogia é "a GUERRA da papoula", mas o detalhamento de tantas batalhas, sem haver necessariamente mudanças significativas na narrativa, pesou a leitura. porém, o tom de mistério em torno dos poderes do Nezha, do passado da Trindade e da busca por reuní-la me intrigou muuuuito. diria que a ânsia por saber foi um dos principais motores para terminar a leitura. aqui entra outro ponto que sinto que falhou. a Rin fez o exército dela marchar cansado, com frio e com fome até o monte Tianshan pra conseguir a vitória despertando o Riga, só pra chegar lá e Hesperia destruir a Trindade? houve uma grande demonstração de poder ali, uma vitória lendária contra os hesperianos, mas poxa. queria ver a Trindade em ação por mais tempo. focando na Rin agora, sinto que o motivo da ascensão dela no primeiro livro foi o mesmo que levou ao seu fim. a Coalizão do Sul ganhou!! mas o governo de um país em ruínas não é a coisa mais fácil do mundo, ainda mais quando os novos governantes não têm experiência. pensei que tudo ia se resolver, mas a ruína começou a deteriorar a mente da Rin. no final, a sede por poder e vingança quase a colocou contra os próprios aliados. porém, em um último ato, não sei se de heroísmo ou derrota, Fang Runin, a última speerliesa, se sacrificou (aqui fico em dúvida se foi para o Nezha conseguir o apoio de Hesperia ou se ela se recusou se submeter de novo ao jugo estrangeiro. talvez os dois). doeu. me doeu muito.


a realidade nua e crua da pobreza e da guerra, além da ilustração per-fei-ta da história do oriente me pegaram bastante durante toda a série. o desconforto constante do retrato de sofrimento e a visualização de um mundo real nesse universo fantástico são pontos que humanizam ainda mais o enredo, trazendo um tom muito forte de crítica social. recomendo demais, apesar dos pontos negativos, a trama em si vale muito a pena.

skuser02844 24/04/2024

A Trindade fora tão fraca ao não resistir ao ataque de Hesperia. toda essa espera por Riga se mostrou improdutiva e, portanto, completamente desnecessária. por que introduzir novos xamãs se irá matá-los no decorrer da história? e como esses xamãs fizeram em semanas, o que Rin precisou de, no mínimo, um ano? o Arquiteto Divino existe ou não? como a tecnologia de Hesperia ficou tão avançada? Venka era uma aliada ou uma inimiga? (e isso verdadeiramente importava?). Rin baniu o dragão de Arlong? ele poderá voltar? Nezha é um maldito covarde e não merecia ter sobrevivido, e conseguido a maldita liderança no final. as alucinações de Rin com o Altan eram, no mínimo, irritantes. a Rin cometeu crimes de guerra desde o primeiro livro e insiste em ter escrúpulos sobre o que é necessário fazer, por mais brutal que seja? a Rin deveria ter subjulgado a mente de Kitay no primeiro instante; inclusive, o Kitay é o personagem mais irritante de toda a trilogia, todo aquele conceito de moralidade dele me fazia fervilhar de raiva. Nezha continou sendo o maldito ratinho de laboratório de Hesperia? Hesperia extinguiu os xamãs e "colonizou" Nikan? esse livro foi tão decepcionante, tão frustrante!

Emily 23/04/2024

Essa série é o famoso: me destruiu, 5 estrelas.
Acho que A Guerra da Papoula é uma série de fantasia que também pode ser considerada um "estudo " de como uma guerra funciona. A gente consegue entender muito bem o que sobra. Por que no final não há vencedores.
Teve vários defeitos? Sim. Esperava que a Rin fosse muito mais decidida, uma anti-heroína que entendeu seu papel. A trindade, tem um destaque imenso neste começo do livro para no meio dele desaparecer. O final da Venka e de todos os novos xamãs.
O final tem um gosto amargo, mas Kuang mostrou durante os três livros o preço da guerra, a devastação que ela causa.
Não pode entrar nessa trilogia achando que será mais uma dessas que o bem vence no final.
Então, pelo menos para mim o livro terminou bem e terminou muito baseado na realidade. Onde nem tudo sempre se fecha perfeitamente, as vezes histórias não se completam, e o caos reina. Era inevitável que a cultura Hesperiana ia subjugar os Nikaras em algum momento. É triste? É.
Com um desfecho desolador e implacável, ainda estou sem reação com o final dessa história, quero chorar de soluçar ao mesmo tempo que aplaudir a genialidade da autora.

miyy 23/04/2024

Com dor no coração que digo que me decepcionei com esse último livro, a autora entrou em uma repetição de conflitos que já foram mostrados que acabou me deixando entediada? rodou, rodou e parou no mesmo lugar. Procurando entender o que rolou, pq apresentar personagens tão grandes que vão acabar não servindo de nada? que plot foram esses? não senti emoção e adrenalina como senti no segundo livro, nesse tudo foi tão.. blé! perdi a paciência na metade da leitura, principalmente com os conflitos internos da Rin, já vimos isso por dois livros, pra quê mais ??? isso tornou tudo tão cansativo.
Embora eu não tenha curtido muito esse, a trilogia merece ser lida, é uma boa fantasia.

BellaIAN 22/04/2024

A guerra começa no sangue nas crinzas
Ainda estou sem reação com o final dessa história, quero chorar de soluçar ao mesmo tempo que aplaudir a genialidade da autora.
Eu iria odiar o fim que Rin teve em outra situação, mas Kuang mostrou durante três livros o preço que uma guerra tem, a devastação que chega com ela. Um país inteiro em puro caos.

Tão acostumada a fantasias em que o bem vence no final acreditei que milagrosamente tudo iria se resolver, porém a realidade dessa história não me trouxe isso. E você chega no final concordando com a decisão da sua amada Rin.

Nunca vou esquecer essa triologia, foi lindo, brutal, triste, sufocante e devastador.
Uma experiência inesquecível.

amandaox 21/04/2024

Sabe aquela série que tinha TANTO potencial, vindo numa crescente enorme, o último livro tudo pra ser icônico, aí chega no final e tudo que você consegue pensar é ?que merda ein? que merda?. Juro eu terminei de ler com TANTO ódio, eu tava achando que viria aí uma conclusão incrível porque tudo que aconteceu foi tão fora da curva do que eu esperava, e aí no final? Não quero entregar spoiler, mas foi sem dúvidas a coisa mais broxante do mundo. Não sei porque eu esperava algo diferente, uma coisa que me incomodou horrores a série inteira foi o tanto que a Rin constantemente não era colocada no lugar que ela merecia, ela sempre estava abaixo de machos infinitamente inferiores, o que foi meu maior bloqueio com a narrativa. Sem falar num monte de problema criado que só não é resolvido, uma vibe ?então olha que loucura? e não faremos nada sobre!!!? Enfim, Kitkay pra sempre o maior de todos, não teríamos 1/3 dos problemas se ele fosse o speerlies, Venka lendinha incompreendida, e de resto? o resto. Só não dei uma nota pior porque achei injusto descartar o livro inteiro por conta de 3 capítulos HORRÍVEIS.

Ralibô 20/04/2024

Uma jornada visceral
Estava com medo de ler esse livro e me decepcionar, foi o mais lento dos três, mas o que é a guerra se não escolhas difíceis e caminhos improváveis que a decisão de pessoas nas quais muitas vezes nem te conhecem fizeram você seguir. Não há romance aqui, mas há amor. Rin e Kitay conseguiram transcender esse amor romântico para algo mais puro e gentil, mesmo na loucura.
Rin e infinitamente melhor que Nezha, mesmo sem uma mão, ainda é fantástica, uma chama viva que queima tudo que toca .
Não vou mentir, sempre fiquei na espera de Altran aparecer do nada, porque ele não havia se consumido nas chamas.
Não a fúria para tempos de paz, a resiliência sim.

Beatriz3345 20/04/2024

Que complicado
Nunca li um livro tão complexo e tão bem feito (desculpa Dan Brown). Estou completamente em choque com tudo que Runin passou e confesso que o fim já me era previsível, o caminho que ela estava trilhando era muito sombrio.

Um bom livro, leitura pesada e cheia de reviravoltas bem desenhadas.

NOTA 10 (Ler com voz de jurado de desfile de escola de samba

jAlia 20/04/2024

Fechou a saga com chave de ouro
?Eles reescrevem o roteiro do mundo, assim como você faz. E não precisam sacrificar a própria sanidade para isso.?

Li os dois primeiros livros no começo do ano passado e amei mas por algum motivo não li esse junto com os dois outros.
O que eu tenho pra falar é que esse livro é simplesmente perfeito, fechou a saga com chave de ouro.

ruanito 18/04/2024

Depois de gabaritar o código penal finalmente chegamos ao fim da história da Rin. Acho que não tenho muito o que dizer, o primeiro livro foi perfeito, mas os dois últimos não consigo dizer que amei apesar de ainda sim ter gostado bastante. Em Deusa em Chamas vemos apenas acontecimentos que se repetem desde o início do segundo livro: a Rin com raiva e querendo vingança o tempo inteiro, ela se aliando a pessoas que nitidamente VÃO trair ela, aí eles vão pra guerra, tudo dá errado e ela continua com mais raiva e querendo mais vingança pra depois tudo se repetir de novo. Não preciso nem dizer que o fim é meio previsível a medida que vc vai se aproximando dele, e sim, boa parte disso ta relacionado a personalidade birrenta da Rin que vai aos poucos te fazendo enxergar o que esta prestes a acontecer. Porém, todavia, entretanto, o que faz a leitura valer total a pena é a visão de mundo que a história nos dá uma vez que Nikan é baseado na China imperial. Acho que a autora entrega o que ela promete, um relato sobre colonização do ponto de vista do colonizado e seus efeitos e consequências na vida das pessoas.

Drum.Drum 18/04/2024

Talvez o real tema dessa trilogia tenha sido o luto.
Estou a dias tentando entender o que eu achei desse livro e pensando o que escrever nessa resenha, já que nos outros dois eu fiz resenhas enormes. E cheguei a conclusão que esse não vai ter uma resenha grande, porque eu não sei o que entender desse livro.

Não se confunda, ele não é confuso ou mal escrito, pelo contrário. Ele... Ele tem um final óbvio, mas mesmo assim te dá vontade de ler porque você quer saber como vai acontecer. Depois que você entende a Rin e entende o poder da Fênix, é óbvio que não existe um universo que o final tenha sido diferente.

Mas não deixa de doer, dói pela Rin, pelo Kitay e por todos os outros que foram antes. Esse livro é como a última dose de uma droga na qual você é viciado, se despedir dele, depois de tudo que aconteceu e que você "presenciou", te faz sentir o luto.

Bianca.Avanci 16/04/2024

Finalmente Terminei!
Esse livro seguiu um rumo que eu não esperava, deixou de ser emocionante para ser pesado e cheio de dramas. A Trajetória da Rin já estava definida desde o final do último livro, eu já esperava que algo como isso fosse acontecer, ela se tornou a "vilã" de sua própria história, meu único pesar é que Kitay tinha muito futuro em Nikan mas entendo a ligação.

Por fim, um livro muito pesado e que de fato não me agradou mais desde o final do último, apenas finalizando a trilogia pq odeio parar sem terminar.

Cams03 16/04/2024

Muito bom
Que livro incrível. Todo mundo morre e trai nesse livro, né? Meu Deus, é gente morrendo e traindo a torto e a direita. Fiquei surpresa com o fato de Rin ter perdido a mão; foi bem interessante ver como ela lidou com essa ?limitação?. Os hesperianos continuam sendo uma praga, e eu fiquei muito irritada com Nezha se curvando a eles em troca de ?ajuda?.

Gostaria que tivessem desenvolvido mais sobre a mitologia do dragão de Nezha. Também queria que tivessem falado mais sobre a mãe de Rin. A morte da trindade foi um choque para mim; achei que eles realmente iriam ajudar. Porém, aquele Riga era realmente um lunático sádico. Fiquei triste pelo Jiang; apesar de tudo, eu gostava dele. Rin estava ficando completamente maluca e paranoica; matar Venka e afirmar que Kitay era um inimigo foi uma loucura.

Eu gostei de como a autora escreveu o final da história, porque eu imaginei que seria aquele final típico de ?ganhei a guerra e agora tudo se resolve?. Gostei de ver Rin lidando com o fato de que ganhar uma guerra é mais do que conquistar território, ter um grande exército e vencer o inimigo. Ela percebe que ?venceu?, mas as consequências da guerra ainda persistem, e isso é mais difícil do que vencer a própria guerra.

No início do livro, eu queria que ela matasse Nezha, mas durante a leitura, achei que eles poderiam voltar a ser amigos e se ajudar. No entanto, a autora não é muito boazinha e nos presenteia com esse final triste, porém realista.

Estou muito triste com a morte de Rin e Kitay. O epílogo com o ponto de vista de Nezha acabou comigo e com minha última esperança de que ela não fosse morrer. Entendi o motivo dela ter feito isso, mas foi um final meio amargo.

Quanto aos personagens:

? Kitay! Ele é um querido que não deveria ter passado por tudo o que passou. Ele era realmente uma pessoa muito boa e meu personagem preferido. Fiquei com o coração apertado quando ele começou a achar que ele e seu povo eram inferiores por não conseguirem entender a tecnologia hesperiana. Um fofo que não deveria ter tido esse fim.

? Rin, apesar de ter enlouquecido nos últimos capítulos, continua sendo uma personagem foda (apesar de ser meio doida e sem noção). Ela só quer o bem do seu povo, mesmo que isso signifique queimar tudo e todos (bem fofa, na verdade).

? Nezha é um caso de amor e ódio para mim. Entendo em partes o motivo dele ter feito o que fez, mas ele poderia ter mudado o rumo da história se não fosse tão obcecado pela validação do pai.

? Vaisra morreu tarde demais; poderia ter sofrido mais.

? A morte de Venka me deixou pasma, e acho que ela deveria ter sido mais valorizada.

E que final foi esse? Chorei horrores.

Sinceramente, eu queria um final ?feliz?, mas esse final foi o mais realista se considerarmos toda a história e o contexto do livro. Essa trilogia foi muito marcante para mim, e eu a amei do início ao fim.

yasmin 14/04/2024

Fiquei impressionada quando terminei o livro e li as avaliações daqui e como muitas pessoas interpretaram os eventos do livro e a jornada da rin de uma forma diferente da minha.
o livro é SURREAL.

durante a trilogia fica tão claro a evolução da Runin e como ela continua sendo uma personagem FALHA, crua e visceral. assim como os outros personagens do livro. o mais interessante que a autora trouxe pra trilogia foi a concepção de que nada é absoluto. não existem pessoas inteiramente boas, assim como não existem pessoas inteiramente más. esse é um dos maiores pontos da história. é ilógico alegar que a rin não evoluiu como personagem ou que esperava uma construção melhor pra ela tendo em vista tudo que ela fez e passou durante a história. os erros dela não apagam seus acertos, só os acentuam. no fundo a rin é só uma jovem com um poder inconcebível pro mundo natural, e mesmo assim, suas conquistas são históricas. a confusão, as dúvidas, e todos seus equívocos apenas refletiam a personalidade da protagonista.

gostei muito do desenvolvimento da trindade e a forma que a Kuang usou os flashbacks pra explorar o passado da ligação deles, mas confesso que a cena final deles três foi meio superficial. um dos maiores acertos da autora foi o desenvolvimento do kitay, um ponto de lucidez em meio a insanidade da rin.
as últimas 30 paginas sao angustiantes, e o final é avassalador. definitivamente a trilogia da minha vida

Sou_Nubs 13/04/2024

Uma verdadeira tragédia, no bom sentido?
Esse livro é bem diferente das fantasias que costumo ler. É fato que é riquíssimo em elementos culturais e na escrita, porém, na minha humilde opinião, em alguns pontos, deixou a desejar.

Primeiro ponto: senti muita falta do desenvolvimento da autora sobre Suni, Baji, Ramsa, Jiang, Kesege? Eles foram extremamente importantes pra história e a morte deles foi descrita como se fosse uma coisa sem importância. Eu queria ter sofrido mais um pouquinho porque gostei muito deles.

Segundo ponto: eles bateram muito na tecla do preconceito com o povo Speer. Teve um momento que eu até pensei em parar de ler só porque ficou repetitivo demais aquele lance deles não considerarem sperianos como pessoas e tratar xamãs como seres inferiores.

Terceiro ponto: Que final foi esse? Acho que foi por isso que descrevi essa trilogia como tragédia. A menina sofre nos três livros pra ganhar respeito, quase morre um monte de vezes, para no final eu nem saber se ?pelo menos? ela e o Kitay foram lembrados pela futura geração como lendas? Espero que tenha um capitulo especial ou algo do tipo. A autora teve oportunidade de escrever sobre isso e gastou com o Nezha, sério? Tem base não?

Mas uma coisa que eu amei nesse livro foi a ligação dela e do Kitay. O Kitay foi a lucidez que ela precisava e deu pra sentir o amor em cada linha descrita.

Apesar desses pontos, é um livro muito bom e envolvente. Acho que fiquei um pouco decepcionada porque achei seria como na jornada do herói, mas logicamente, era o final esperado e ta tudo bem.

Só não dou 5 estrelas por causa disso mesmo, mas eu amei ?