Descolonizando afetos

Descolonizando afetos Geni Núñez




Resenhas - Descolonizando afetos


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Ludmilla 11/11/2023

Lendo esse livro percebi o quanto nossa percepção acerca de certos conceitos, como a não monogamia, é deturpada. Muitas vezes rejeitamos as ideias por pura e simples ignorância. Buscar novas formas de construir/cultivar/validar nossos afetos pode nos ajudar a viver com mais concretude, saúde mental e aprendizados.
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Marcelo 02/06/2024

Resenha publicada no Booksgram @cellobooks ?
"Descolonizando Afetos: Ensaios sobre amor e colonialidade", de Geni Nunez, é uma coletânea de ensaios que explora a interseção entre afetos, amor e as dinâmicas de poder impostas pela colonialidade. A autora, uma escritora e pesquisadora brasileira, propõe uma análise crítica sobre como o colonialismo não apenas dominou territórios, mas também colonizou emoções, afetos e relações interpessoais.

O livro investiga como o colonialismo moldou as formas de amar e se relacionar, perpetuando hierarquias e opressões que ainda hoje influenciam a maneira como as pessoas se conectam umas com as outras. Nunez argumenta que a colonialidade impôs modos específicos de sentir e expressar afeto, marginalizando formas de amor e relacionamento que não se conformam às normas eurocêntricas e patriarcais.

Ao longo dos ensaios, Nunez explora temas como a descolonização do amor, a resistência afetiva e a reconstrução de laços comunitários e ancestrais e relações não monogâmicas. Ela destaca a importância de recuperar e valorizar saberes e práticas afetivas indígenas, afro-diaspóricas e outras formas de conhecimento subalterno, que oferecem alternativas às narrativas coloniais hegemônicas.

Nunez utiliza uma abordagem interdisciplinar, combinando teoria crítica, estudos decoloniais e experiências pessoais para iluminar as maneiras pelas quais os afetos podem ser descolonizados. Ela propõe que a descolonização dos afetos é essencial para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa, onde todas as formas de amor e relacionamento sejam reconhecidas e respeitadas.

"Descolonizando Afetos" é uma obra que desafia os leitores a repensarem suas próprias percepções e experiências de amor e afetividade e a monogamia, incentivando uma reflexão profunda sobre como podemos desconstruir as influências coloniais e construir relações mais autênticas e libertadoras. A linguagem do livro é bastante simples e fluida, o que faz com que o tema seja encarado de forma leve e acessível. Vale a leitura.
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Marcelo Costa 24/06/2024

Compreender a influência do processo colonizador na formação dos afetos é algo importante para que possamos enxergar de quais maneiras os códigos sociais, restritos a padrões rígidos, confrontam a imensa diversidade de perspectivas sobre o amor. É fundamental exercitarmos a desconfiança de ensinamentos rígidos que nos foram ensinados como sendo justos em nome do "bem".

Com linguagem acessível, a autora da obra propõe um diálogo e reflexão com os leitores sobre como as perspectivas indígenas se inserem no debate sobre a não monogamia. Através de referências acadêmicas, históricas e fatos do cotidiano, ela explica que a monogamia não se refere apenas à quantidade de parceiros em uma relação, mas também está vinculada à questão da "posse" do outro. Em um relacionamento monogâmico, a indissolubilidade do vínculo e a abdicação da autonomia das pessoas envolvidas são frequentemente exigidas, podendo ser reforçadas por comportamentos machistas. Essa dinâmica, por sua vez, torna-se um elemento motivador para a prática de violências, principalmente contra mulheres.

A autora deixa claro que o propósito da obra não é ser a única voz no debate sobre a não monogamia, nem tampouco generalizar as percepções indígenas sobre o tema. Seu objetivo principal é fazer com que os leitores compreendam a monogamia como um fenômeno social presente e reconhecido nos ordenamentos jurídicos. Através da obra, ela propõe reflexões sobre a necessidade de enxergar as relações para além do viés do amor romântico, validando também outras formas de relacionamentos. É importante salientar que o livro não se configura como um manual de aconselhamento ou como imposição de formas ideais de relacionamento. Ao contrário, ele propõe desafiar as crenças do senso comum sobre a criação de vínculos e afetos. Diante do exposto, considero a obra como uma contribuição inovadora no panorama nacional sobre o tema abordado.
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Fernanda.PantaleAo 15/06/2024

Um livro para considerar muita coisa
Desde o início o livro deixa pontuado considerações de que está tudo bem não concorde e demonstra see bem inclusivo.
Importante para repensar conceitos e formas de ver a vida.
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Mayara237 09/04/2024

Maravilhoso!
Livro incrível, escrito de forma muito acessível. Tentei ler devagar pra aproveitar cada partezinha. Vou ler muitas vezes ainda ??
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Aline 05/11/2023

Um abraço de livro.
Neste seu primeiro livro Geni sugere reflexões necessárias sobre essa monogamia cristã e sugere a descolonização dos afetos, pela artesania e pelo reflorestamento e de forma coletiva. Um exercício de desconstruir arquétipos para trilhar novas formas de amar e de conviver em grupo. É dado que não vivemos sós e que precisamos do(s) outro(s) para criar conexões, memórias, repertório. Após uma introdução histórica minuciosa e bem didática, Geni propõe que a gente entenda as estruturas por outras lentes e possa, quem sabe, debater e construir uma nova forma de nos amarmos, sem utopia, entendendo e debatendo as inúmeras dificuldades, mas com esperança e muito respeito por nossos corpos e nossos desejos. Muito humilde e profundamente sábia, ela dá as mãos pro leitor. Obrigada, Geni! Espero que está obra "fure bolhas" e chegue nas mãos de muita gente. Você é necessária. ?
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Alex Corrêa 07/06/2024

Mudou minha vida
Leitura obrigatória, nos faz ter várias reflexões, mesmo não sendo não monogâmico, é super válido.

Os poemas são lindíssimos
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Rafael Ramos da Rocha 15/02/2024

Brilhante
Quando Geni Nunez diz que vai discorrer sobre descolonizar afetos, que saibam que o descolonizar tem muito peso e isso é brilhante, é um convite. Quando diz que não se trata de poder se relacionar com a maior quantidade pessoas afetivamente, ela fala sério. O livro tem uma profundidade poética, assim como termo Artesania dos Afetos, é um convite a uma construção que não é nova, mas que o comum nos foi imposto, mas é um convite para uma construção inclusive pessoal sem imposições de formas e normas. Resumindo é maravilhoso.
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Guilherme.Eisfeld 15/12/2023

Questionamentos importantes sobre as formas de amar
Nomadismo emocional. Este é um dos termos e das práticas apresentadas pela Geni Nuñez, para mostrar algo que acompanha seu povo há centenas, milhares de anos. A monogamia como a dicotomia do bem e do mal, do único, do exclusivo, pregado como uma redenção, mas que condena o diferente. O livro trouxe vários questionamentos e reflexões sobre as diversas formas de amar.
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Nat Campos 20/12/2023

Leitura leve
Adorei! Geni escreve de forma leve e introdutória sobre como o processo de colonização e catequização dos povos nativos importou a perspectiva monogâmica às relações e formato de família. Em outra parte do livro descreve mitos e sobre desafios na não monogamia. Leitura rápida e poderosa, que me abriu a cabeça sobre várias questões. Recomendo!
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Anna.Beatriz 21/12/2023

Desfez muitas pré-concepções minhas em relação a discussão
Sou apaixonada pela escrita e leveza de Geni, conhecia ela por seus escritos tão lindos online e agora finalmente tive a oportunidade de ler seu livro. Foi lindo e extremamente esclarecedor pra mim, e muitas pré-concepções erradas que eu tinha do que seria cultivar o afeto fora dessa estrutura da monogamia.
Entender essa estrutura para além de uma perspectiva de comportamento individual, mas como algo estrutural, colonial e que vêm carregado de tantas violências, principalmente para as mulheres, me chocou muito. Acordou em mim um desconforto anestesiado.
Sou muito grata por esse livro ter me encontrado.
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Bernardi0 28/03/2024

Ancestralidade com política & afeto.
Esse livro escrito pela indígena, Geni Núñez, é didático sem ser simplista e cada trecho é um poço de sabedoria, reflexão e respeito.

Independente de como vc se lê dentro de modelos de relacionamento, recomendo a leitura ?

#genipapos #literaturaindigena #naomono #literaturanacional #descolonizacion
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albertoscerri 04/01/2024

A Geni, ao mesmo tempo em que defende um ponto de vista radical sobre a monogamia (a de que ela é uma imposição colonizadora) faz isso com leveza ao sempre salientar que nada na obra é uma regra e que os leitores podem absorver o conteúdo de formas diferentes.

Ela resgata cartas de jesuítas para mostrar como os modos de vida de povos originários envolviam separações e convívio amigável entre ex-companheiros, sem a necessidade de ter um parceiro/a por toda a vida - e sem violência contra mulheres devido a essas questões. Geni associa monogamia à necessidade formatar uma relação familiar capitalista para que a propriedade privada possa ser passada adiante. Ela também tenta responder os principais questionamentos acerca do tema e, por fim, fala sobre sentimentos de insegurança.

Apesar de embasado teoricamente em alguns pontos, o livro tem um formato ensaístico, com muitas elaborações baseadas nas vivências de Geni. Ao final de alguns capítulos, ela compartilha poemas que fez a respeito do tema em discussão. O livro leva muito em conta a perspectiva indígena, de mulheres, pessoas não binárias e com deficiência. Senti falta de um reforço sobre o fato de que mesmo homens brancos cis e héteros sofrem com a imposição das normas que eles reproduzem sem pensar, apesar de se beneficiarem em muitos aspectos (relacionamentos fechados que só são fechados para as esposas).

Termino a resenha com duas frases de Geni:

- "A promessa de exclusividade não garante cuidado, afeto e, paradoxalmente, nem a própria exclusividade".
- "É importante que nos perguntemos: se alguém beija ou se relaciona com uma, nenhuma ou várias pessoas, por que isso incomoda terceiros"?
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Caio790 30/12/2023

Ampliando a discussão anti mono/hetero/colonial Geni dialoga sabiamente com nosso imaginário para (re)pensar relações para além da norma, pontos históricos na perspectiva originária nos permite reconhecer o quanto a monogamina não é sinonimo e nem garantias de afeto. PS: O primeiro e último capítulo foram sensacionais.
Uma das melhores leituras de 2023.
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