Brancura

Brancura Jon Fosse




Resenhas - Brancura


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Max 02/11/2023

Nobel de 2023...
De forma geral, com as devidas exceções, ganhar o Prêmio Nobel de literatura, para mim, quase sempre é um atestado de que o autor tem prestígio e não talento, é o que acho. 
Se um escritor, pelo conjunto da obra, produz um livro como esse que parte de lugar nenhum e chega a lugar algum, é só pra me lembrar que não ganhando um Nobel meu querido Guimarães Rosa era muito maior!
aartemesalva-nat 02/11/2023minha estante
Max, concordo muito contigo! Parabéns pela resenha. :)


Max 02/11/2023minha estante
Obrigado, Natália! ?


Débora 03/11/2023minha estante
Obrigada por compartilhar sua opinião, Max! Me salvou de uma cilada!???


Max 03/11/2023minha estante
Por nada, Débora! ??


moraes_psi 08/11/2023minha estante
Discordo de você.
Com total respeito a sua opinião, mas se você diz que o livro parte de um lugar pra chegar em lugar algum é que talvez você estava querendo que ele chegasse em um lugar seu. Ou seja, com uma expectativa diferente. Ele é como foi Becket, Virginia Woolf, Kafka, Joyce, ou prosas de Fernando Pessoa... o Jon Fosse é um escritor que escreve em fluxo de consciência, sentidos mais do que ações, assim como a esses citados. É um estilo moderno, unirico e a beleza transcendental, espiritual dessa obra pra mim, em suas repetições, fala MAIS que muitas ações. Eu adorei Brancura e quero ler tudo que traduzirem desse norueguês.


Max 12/11/2023minha estante
Fernando857, essa é realmente a beleza da leitura, o momento que lemos e a bagagem pessoal de cada leitor. A mesma obra despertando tanto prazer a um e desprazer a outro.
Obrigado, pela opinião!
Um grande abraço!


edu basílio 17/12/2023minha estante
de uma chatice indizível.


Diego642 29/12/2023minha estante
É realmente esse livro não é pra qualquer um.


Paulo Sousa 30/12/2023minha estante
Concordo. Darem um Nobel a Bob Dylan ou mesmo Ishiguro e não a Philip Roth, mostra que a Academia há tempos se perdeu.


daisk valeria 14/02/2024minha estante
Não concordo. O livro é maravilhoso, apenas parte de algo fantástico, ( da literatura fantástica). É preciso ir mais profundamente para compreender o que está havendo. Amei o livro.


Fabiana.Amorim 07/04/2024minha estante
?? Obrigada. Adoro quem é sincero.


Paulote 18/05/2024minha estante
Meu Deus, duas horas de vida que eu perdi lendo essa coisa. Nem vou comentar o enrrdo porque esse livro não merece mais perda de tempo. Comecei a ler por ser livro de um agraciado com um Nobel, e pensei que o Jon Fosse bom....sacaram o trocadilho genial? Mas ele merece a sacaneada, embora nunca vá saber quem sou e um monte de outros incautos, como eu, vai ler essa aberração da literatura, se é que se pode chamar isso de literatura.
Agora o Nobel é mais ou menos como o Oscar. Um é garantia de livro ruim, o outro é de filme ruim.
Isso está ficando cada vez mais com jeito de peixada, coisa que nós, brasileiros, conhecemos muito.
Se pudesse classificar o livro com um palavrão (negativo) eu o faria, mas em respeito a está comunidade tão distinta vou segurar minha onda, meu fluxo de irritação.




Higor 30/10/2023

"LENDO NOBEL": sobre a simplicidade que eleva ao transcendental
Embora seja unânime o entendimento de que uma boa história se sustenta sozinha, sem precisar da leitura de textos de apoio ou de um material prévio para ser compreendida e ter sua mensagem passada ao leitor, também é sempre interessante entender a vida da persona por trás da ideia, compreender seus objetivos, perspectivas de vida e até mesmo inspirações e metodologias aplicadas em seu trabalho.

Dito isso, a leitura de "Brancura", mais recente livro do Nobel de Literatura de 2023, Jon Fosse, é agradável e que se vende sem precisar de apoios, mas que se torna muito mais compreensível quando se tem o conhecimento prévio de que a espiritualidade é um aspecto tão pungente na vida de Fosse.

Nascido em uma família luterana, Jon Fosse passou parte da vida envolto nos pilares do ateísmo, quando, enfim, rendeu-se anos depois ao catolicismo, abdicando-se de muitos hábitos "mundanos", logo, metáforas, alusões e analogias bíblicas não são surpresas em suas obras.

Não dá para falar muito sobre "Brancura" sem soltar spoiler, afinal, trata-se de um livro de 60 páginas, mas a sensação que eu tive foi de a que, enquanto lia, questionava-me onde o autor queria chegar com tais divagações, que eram interessantes, mas pareciam sem um foco, mas após ter um vislumbre de sua vida pessoal, como em um estalar de dedos, toda a metáfora criada fez sentido e se tornou tão esplendorosa e sofisticada, mesmo sendo simples e objetiva.

Basicamente, um homem começa a dirigir sem um destino e, em meio a devaneios, tem o carro atolado em uma floresta. Mais simples impossível, mas o que não significa fácil. Jon Fosse não tem pressa em apresentar as situações, por mais banais e cotidianas que possam ser, como dirigir, ou sair de um carro ou vislumbrar um ambiente.

O fluxo de consciência, embora na mesma linha dos clássicos Woolf, Joyce e Lispector, tem sua própria pureza e beleza estética que o diferencia e, ao mesmo tempo, que alcança seu propósito, e não o torna impossível de encarar. A estrutura, por exemplo, mais se assemelha a Saramago e ao meu querido Sebald, embora exija um tanto de paciência do leitor mais preguiçoso ou desatento.

Poética, precisa e eficiente, a leitura de "Brancura" mais se parece com a concepção de uma pintura. Jon Fosse aplica as camadas lentamente, deixa-as secar, para então inserir novas camadas, que pouco a pouco ajudam a compor a arte que nós, leitores, apreciadores de seu trabalho, iremos contemplar ao final. É preciso paciência, mas compensa, ah, se compensa...

Este livro faz parte do projeto "Lendo Nobel".
edu basílio 30/10/2023minha estante
bela resenha, de leitura agradável, e esclarecedora, "preparadora de terreno" para os não iniciados, como eu. obrigado! fiquei com vontade de descobrir a prosa de fosse, embora eu esteja em uma - já longa! - fase bem preguiçosa. sinto, então, que talvez seja melhor eu esperar mais um pouco...


Higor 06/11/2023minha estante
Confesso que estou nessa fase preguiçosa, Eduardo! Tanto que as 65 páginas demoraram muitos dias, graças à rotina e ao bloco imenso de um único parágrafo. Já, já a gente conversa sobre É a Ales, hehehe




Thiago548 10/01/2024

Então...
Um livro estranho, sim, estranho é a palavra. Quase certo de que essa é a palavra. Ou talvez não seja. Será que seria. Melhor ler de novo então. Isso. Melhor coisa que faço é não fazer nada agora e ler de novo depois. Tá decidido então. Ler de novo. Um dia...
luanzz 14/01/2024minha estante
Aprendeu a escrever igual um vencedor do Nobel KKKKKKKKKKK, muito bom


Camila 02/02/2024minha estante
Agora é só cobrar do Skoob o seu prêmio kkkk




mans 10/01/2024

Que final!
Confesso que até a metade estava me perguntando como Fosse havia vencido o Nobel de literatura ? este é, afinal, meu primeiro contato com seu texto. Até que la pela página 45, começo a mergulhar no texto de tal maneira que me senti totalmente imerso naquilo.

O final, então, é apoteótico. Forte, bonito, inesperado. É o que puxa esse texto pra cima, convencendo quem lê de que é boa literatura, mesmo com apenas 64 páginas.

Boa primeira leitura do ano.
Italo 18/05/2024minha estante
Ótimo testemunho. Aparentemente, os demais resenhistas deste site ainda não estão preparados para lidar com reflexões sobre a morte...




Natália Holanda 23/10/2023

Livro curto e envolvente com muitas metáforas e escrita fluida. Nao precisa de muito pra fazer um bom livro
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Guto 27/10/2023

Deu pra entender o Nobel
Todo o livro se passa APENAS na cabeça do personagem. ele pensa de uma maneira parecida comigo, então rendeu risadas, apreensões, medos.

vale muito a leitura!
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Jonathan Vicente 28/10/2023

Leitura surpreendente
Não vou negar que a leitura me surpreendeu demais, do incio ao fim a angústia e os momentos de tensão ne deixava preocupado. Entretanto, para quem tem uma visão mais espiritual, esse livro é um pedaço de ouro.

Muito bom!
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Hygor.Zorak 30/10/2023

Como um sonho
A narrativa nos envolve num ambiente que parece um sonho, ou uma viagem de uma alma errante em seu próprio umbral. Leitura de 1 ou 2 horas, mas que vale a pena.
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MarcosQz 31/10/2023

Um homem perdido no tédio, solitário, começa a rodar sem destino até chegar a beira de uma floresta, ele precisa de ajuda, começou a nevar. Ele entra pela floresta e se perde, vai divagando, pensamentos e questionamentos rápidos, aleatórios. O homem então encontra uma criatura completamente branca, radiante de tão branco. Ele não sabe o que é, quem é. "Eu sou aquele que é", diz a criatura.
Ainda perdido, o homem encontra com seus pais, mas algo não está certo. Pode ser apenas uma ilusão. É isso. Então se vão...

Narrado em parágrafo único, lembrando Saramago, Brancura segue um ritmo frenético, mas cadenciado, uma narrativa que te carrega páginas adentro e a sensação de algo perdido, a sensação de solidão que só aumenta. E isso é o que alimenta Brancura.
É o toque especial. Jon Fosse parece saber trabalhar muito bem essas sensações e emoções.

Nossa mente viaja, tentando entender o significado das coisas, das presenças, das falas, buscando pistas em cada linha. Brancura entrega um final arrebatador, repentino, frenético, do mesmo modo como começa.
Brancura é um jogo de luz, e a sensação é de que o personagem central pode ser eu, você, qualquer um.

Terminei a leitura com alguns questionamentos intrigantes.
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debora 06/11/2023

?essa escuridão me amedronta. tenho medo, é simples assim.
mas é um medo tranquilo. um medo sem angústia. mas será que estou mesmo com medo. ou não passa de uma palavra, esse medo.
não, é como se tudo dentro de mim estivesse em algum tipo de movimento, não, não um só, mas vários movimentos desconexos, movimentos confusos, desordenados, desajeitados, irregulares.?
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anntoniords 20/05/2024

Primeiro contato com a escrita de Jon Fosse
Meu interesse em ler as obras do Jon Fosse começou quando descobri que o autor foi ganhador do nobel de literatura de 2023. Eu sempre acabo flertando um pouco com os livros de ganhadores do nobel, porque quero entender o que leva os autores premiados a serem reconhecidos com um prêmio dessa magnitude.

Ainda não li o livro que levou Fosse a ser o ganhador do prêmio, porém tenho enorme interesse em lê-lo. De qualquer forma, essa resenha não é sobre o livro ganhador do nobel. É sobre Brancura, um livro curto que mexeu comigo de forma contraditória.

Brancura conta a história de um homem que, impulsionado por uma inquietação, decide sair de casa sem ter um lugar para onde ir. Às vezes seguindo pela esquerda, outras pela direita, ele acaba parando próximo à uma floresta e tem seu carro atolado. A partir disso, ele percebe que precisa procurar ajuda. No entanto, ainda controlado pela impulsividade, decide entrar na floresta.

A história em si não chama atenção, ao menos para mim. Não há nada nela que me prenda na leitura, além da escrita prolixa do Fosse, que pode ser interessante para quem começa a ler este livro, por se tratar de algo que, ao menos eu, nunca vi antes.

Claro que há muitos exageros, como se o autor tivesse intenção apenas de completar o número de páginas para ter um livro em mãos. Mas, apesar disso, tenho uma opinião formada quanto ao seu modo de escrever.

Em alguns momentos penso que o propósito não é apenas para dar tamanho ao texto, mas sim para mostrar o pensamento acelerado do personagem principal. Eu - alguém que não consegue aquietar a mente e precisa se esforçar muito para não pensar demais - me identifiquei totalmente com ele. Esse foi o catalisador para que eu continuasse a leitura: a empatia com o personagem.

O personagem tem o problema diante de si, e precisa resolver. O primeiro passo é raciocinar sobre o que está acontecendo, depois tomar o melhor caminho para solucioná-lo. Porém, seus pensamentos resolutórios são cortados por outros pensamentos, que ele luta contra para sempre ter em mente seu único objetivo: sair da floresta. Sair da floresta. Sair da floresta.

Esse pensamento vai e vem, ele se perde mais e mais, permanece imóvel, senta numa pedra, divaga, caminha, vê seus pais - ou alucina -, um homem de terno preto e uma entidade que ele chama de Brancura, reflete sobre a vida, vê a neve cair, o tempo ficar cada vez mais escuro, voltar a clarear pelo luar amarelado, e por aí vai... E o fim chega, com - para mim - uma única interpretação: de que o protagonista morre congelado e vai para o além, guiado pela Brancura.

A escrita é o que mais chama atenção em toda a história. Parece um fluxo de consciência do personagem, que não sabe como lidar com o problema e se perde tanto na floresta, como em pensamentos.

Apesar da prolixidade da narrativa, a escrita é fluida e fácil de entender. Porém, fica nítido que o toque experimental que o Fosse deu nessa obra não é para qualquer um. Pode ser uma leitura difícil se você não estiver habituado a experimentar novos tipos de escrita.
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Marquinho 12/11/2023

Medíocre
Para alguém que é vendido como o novo Beckett, a escrita de Fosse é chata e desinteressante. Talvez ele seja grande coisa lá na Noruega, mas aqui temos grandes exemplos de escritores realmente bons. Não dá para engolir esse cara.
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Icaro 23/11/2023

Queria ter escrito?
Estou gostando muito desse autor que foi o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura desse ano. É o segundo livro que leio dele e este, definitivamente, é um livro que eu gostaria muito de ter escrito.

Texto e história simples, ar fantasmagórico, atmosfera de floresta, neve, muita brancura. A história se desenrola quando um homem decide seguir em frente e ver até onde a coisa se encerra. Dentro da floresta começa a ver e sentir coisas que o remontam, talvez, ao início de tudo.

O diálogo dos pais é um show a parte, um livro profundo e sombrio que ainda assim consegue ser cômico.

Publicação primorosa da Editora Fósforo que está com um catálogo respeitoso de autores contemporâneos. A qualidade da capa e do material está excepcional!

Nota 9,7/10 ???
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