Torto Arado

Torto Arado Itamar Viera Junior




Resenhas - Torto Arado


13 encontrados | exibindo 1 a 13


Franciane45 29/05/2024

Gostei...
A história é muito cativante no início, porém vai ficando cansativa em alguns capítulos.
Essa foi uma leitura um pouco densa e desgastante, o que me desmotivou um pouco a ler, mas nada que me fizesse realmente desistir.
Apesar disso, eu recomendo! Há a ocorrência de alguns acontecimentos que te deixarão de boca aberta e curioso para saber o que vai acontecer. Eu por exemplo, em alguns capítulos, me fiz vários questionamentos que, se eu tivesse desistido da leitura, não teria as devidas respostas!
Tem um romancinho, suspense... Se vc gosta disso, com certeza também irá gostar desse livro.
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Arieli6 28/05/2024

Real e impactante
Esse livro tem uma narrativa muito forte e cheia de experiências tão pessoais e únicas, o que torna cada uma das narrações tão impactantes.

O livro conta com elementos psicológicos, familiares, religiosos e sociais, o que o torna completo.

Com certeza esse livro merece ser estudado e debatido (especialmente em sala de aula).

Seu discurso firme e duro trás a tona toda a realidade enfrentada, juntamente com uma escrita ao mesmo tempo muito carregada e muito fluída.
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André Costa 26/05/2024

Um olhar para os ignorados
Esse livro é a cara da literatura brasileira da primeira metade do século XX, retratando uma das muitas realidades do nosso país, especialmente uma que não passa da nova versão de algo vergonhoso do nosso passado, que fez parte da formação nosso país e que deixa seus reflexos na nossa estrutura social de hoje: a escravidão.

Uma família preta, trabalhando de graça nas terras de um grande latifundiário, com outras famílias pretas e caboclas, em troca de um pedaço de chão para morar e plantar seu próprio alimento.

A estrutura narrativa se divide nos relatos das duas irmãs protagonistas da história, que contam suas próprias vivências e outras que as marcaram em Água Negra, o povoado onde vivem.

O livro tem uma escrita poética, com acontecimentos que entretêm, e por isso vale muito a pena ser lido.
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Vanelise.Aloraldo 23/05/2024

Memórias de um país pouco conhecido
Segundo os dados da Secretaria de Inspeção do Trabalho, em 2020 foram regatados 942 trabalhadores em condições análogas à escravidão e um total de mais de 55 mil nos últimos 25 anos. Ou seja, o direito de propriedade de uma pessoa sobre outra ainda existe no Brasil, mesmo depois da formal “abolição da escravatura”.
O perfil dos escravizados contemporâneos não mudou muito daqueles registrados durante o tráfico de escravos para o Brasil. Em sua maioria, são negros, jovens, analfabetos, que começaram a trabalhar ainda criança, ou seja, uma parcela de excluídos de qualquer política pública.
Esse livro relembra que a nossa formação sócio histórica e econômica brasileira foi construída à base do trabalho de pessoas escravizadas, sob condições degradantes, sem direitos, sem formalização de vínculo empregatício, sem salários, sem casa com material durável, sem descanso, sem liberdade.
Esta obra nacional (espetacular!) mostra nossas feridas abertas pelas marcas da violência que acompanham até a atualidade muitas trajetórias de vida. No passado pessoas foram arrancadas de seus territórios para trabalhar aqui de maneira forçada, famílias tiveram que se separar, seja na esperança de encontrar um pedaço de terra pra sobreviver, seja porque foram expulsos pela ganância de certos senhores.
Mas o livro também traz a riqueza cultural, as muitas crenças e tradições repassadas pelos ancestrais que ajudam a acalentar as semanas de exaustão e curar dores visíveis e invisíveis dos membros da comunidade de Água Negra.
As irmãs Bibiana e Belonísia nos envolvem com a história, e trazem nas suas observações e ações, muitas questões sobre desigualdade e injustiça.
Obra premiada diversas vezes, tornou-se um dos livros mais vendidos. Mas isso não ocorre sem motivo. É leitura profunda, de linguagem específica e original, baseada em pesquisas e relatos do povo nordestino, que revela nosso passado e realidade atual. O autor Itamar Vieira Jr nos brinda com essas memórias de um país pouco conhecido, de práticas religiosas que resistem através do tempo e da força que pulsa e movimenta o campo.
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Damasyan 10/05/2024

Espero que as proximas gerações estudem esse livro nas aulas de literatura
A obra já prende a atenção logo de início com um acidente que deixa uma das protagonistas sem voz. A narrativa flui de maneira envolvente, sem grandes delongas.

Ao chegar ao final, é como se tivéssemos acabado de ler um clássico daqueles que estudamos no colégio nas aulas de literatura, porém com uma abordagem mais moderna. O ponto forte está na forma como o autor aborda as questões sociais, mantendo o mistério ao longo da trama. Inicialmente, somos levados a crer que a história se passa em épocas passadas devido à menção à escravidão, mas conforme a narrativa se desenrola, começamos a questionar se não estamos lidando com situações do presente.

Além disso, o livro é repleto de mistérios. No início, fica difícil identificar quem perdeu a voz no acidente. E a morte de Severo, um dos pontos cruciais da trama, também é apresentada de forma enigmática, deixando espaço para que o leitor tire suas próprias conclusões.

No final, ainda somos apresentados a parte mais religiosa e mistica da história, que é literalmente narrado por uma entidade sobrenatural.

Em resumo, este livro proporciona, além do entreterimento, grande conhecimento sobre história, cultura e religião de um Brasil (dos quilombolas) muitas vezes esquecido, e possivelmente nunca visto para maioria das pessoas.
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Lewrites 10/05/2024

Vim pelo Paulo Ratz (e vestibular)
Quando vi o livro pela primeira vez, pensei que o livro seria muito difícil e fiquei com medo. O livro é bom pra caramba, com ótimo ritmo e nenhum pouco difícil.
A construção, desde a infância até a velhice é extremamente bem construída. Os personagens são reais, os conflitos mais ainda.
Ele nos mostra uma realidade tão crua, é viciante.
Eu estava de ressaca, mas depois da pagina 30, devorei o livro.
Amei.
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Jennifer 06/05/2024

Torto arado
Achei um livro com muita representatividade, e com assuntos bem importantes. A vida das irmãs desde novas acontece várias coisas que chocam, que nos ensinam e nos mostram muito como os "antigos" viviam, e como os nossos ancestrais viviam e sofreram.
Um livro muito importante e cheio de representação dos povos negros.
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naluzete 21/04/2024

Eu demorei muito tempo pra terminar, mas acho que foi o ponto mais positivo da leitura.

A breve descrição que eu tinha sobre esse livro era que ele contava sobre duas irmãs que passaram por uma situação catastrófica na infância e acabaram "se tornando uma só". Mas esse livro vai TÃO MAIS ALÉM que isso.

Ele fala, sim, sobre a relação entre irmãs de Bibiana e Belonísia depois do incidente da faca, mas esse livro entra em assuntos que, por mais que o livro se passa há anos atrás, são bastante atuais.

Toda a construção ambiental e do enredo é uma coisa muito histórica (não sei outra expressão melhor pra usar), que eu imagino que tenha REALMENTE acontecido, mesmo que a história não tenha sido baseada em fatos reais.

Todo o enredo envolve muito a questão de pertencimento de um local, sobre o pós escravidão e como as pessoas foram simplesmente abandonadas sem suporte, sobre a presença da religiosidade nas comunidades quilombolas e outros assuntos como violência doméstica, pessoas que moravam nas fazendas e tinham que trabalhar pros donos, mas sem poderem ser donos de uma porção de terra ou até mesmo de ter uma moradia digna.

Simplesmente perfeito.
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Eriii_Souza 14/04/2024

Livro com discurso muito forte
Na história das pessoas negras que sobreviveram sob o calor escaldante do sol, da terra seca e descendentes de escravos, a narrativa nos apresenta a religião, a fé, o condicionamento dos mais velhos no não confronto, na busca dos direitos do seu povo, nas tentativas de difamação, nos assassinatos a queima roupa, a fome, a injustiça, a negação a uma moradia digna e tantas outras ilegalidades, desrespeitos e desigualdades.

Sem nenhum favor, ler esse livro é necessário demais para negar-se a essa leitura.
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Tai :P 29/03/2024

Que livro é esse?
Acredito que todos devem ler esse livro, essa narrativa te prende do início ao fim. Os personagens vivem conosco ? semelhanças. Ao ler a obra, choramos, nos arrepiamos e sentimos também vontade de entrar no livro e cuidar de alguns personagens. Belíssimas histórias que tocam nossa alma e abre os nossos olhos.
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Karol com kah 24/03/2024

Emocionante
Ostumo evitar a maioria das coisas que são hypadas para não me decepcionar, porém este livro e o próprio Itamar, mereceram cada elogio que receberam. E ainda foi pouco.

Ao mesmo tempo que fico triste de não ter lido este livro antes, também fico extremamente feliz e emocionada por ter pego ele na Audible para escutar com a narração de Zezé Motta. Deixou a história ainda mais linda.
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Mariana 23/02/2024

Esse livro me conquistou no primeiro capítulo, um mistério envolto numa faca pertencente a Donana, avó das meninas, um objeto que aprece recorrentemente na história até que é contada sua história.
Não tenho palavras prara esse livro, retratando a sociedade renegada, abandonada do pós abolição.
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Nanda_li 27/01/2024

Entre idas e vindas
Comecei a leitura assim que a editora me enviou um exemplar do livro. Gostei logo de cara da narrativa mas, talvez por questões pessoais e momento de vida, comecei a achar a escrita enfadonha. Abandonei a leitura. O clube de leitura PROVOCA, escolheu esse livro para o início de 2024. Então, retornei a leitura. O início da retomada foi moroso e enfadonho, mas o enredo começou a trazer novos eventos e a leitura fluiu. Fiquei bem satisfeita por ter concluído a leitura. Jamais saberia o quanto o livro é bom se não fosse até o fim.
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