Mein Kampf

Mein Kampf Adolf Hitler




Resenhas - Mein Kampf


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Luciano Luíz 14/11/2016

MINHA LUTA de ADOLF HITLER continua gerando controvérsias mesmo após tanto tempo de sua publicação original em dois volumes (1925/6). O ditador austríaco é temido até os dias de hoje. Hitler morto continua sendo assustador e influente em todos os cantos do globo. Ou seja, o cara era foda no sentido de se imortalizar como nenhum outro. Mesmo tendo existido tantos homens cruéis e que mataram muito mais, Adolf se destacou por motivos diversos. Porém, aqui o que conta é o seu livro. Falar do ditador ocupa muito espaço (e tempo).
Assim que seu livro caiu em Domínio Público, qualquer editora do mundo poderia traduzir e publicar sem precisar pagar Direitos Autorais. Sendo assim, no Brasil saíram pelo menos 3 edições. Uma da editora Geração, sendo uma tradução nova e contendo muitas notas de pesquisadores e historiadores que foram inseridos no corpo do texto. Acho isso um tanto tosco. As notas são bem-vindas, mas localizadas no rodapé ou final de capítulos. Porém, essa edição foi recolhida já que um juiz no Rio de Janeiro determinou que a obra não poderia ser comercializada ou mesmo exposta em vitrines de livrarias na Cidade Maravilhosa...
Daí teve a edição da editora Centauro que usa uma tradução antiga. A edição é em capa dura e muitos sites não optaram pela venda. Bom, isso foi só por alguns meses. Agora é facinho de achar. Além do mais, é um livro sem qualquer informação extra.
E por fim, temos a edição em dois volumes, sem tradutor, sem editor e editora, nada de nomes de revisão. Ou seja, como se fosse um livro pirata. Essa versão também é uma tradução já usada. É da editora Discovery que imprimiu uns 3 mil exemplares para testar o mercado. Mais precisamente a venda em bancas. O volume 1 tem 270 páginas e letra miúda com uma diagramação que ficou agradável. O volume dois não encontrei, mas tem número aproximado de páginas do primeiro.
Mas afinal, por que esse livro é tão temido?! Ele é proibido na Alemanha?! Não. Ué, então por que querer proibir no Brasil?!
Bem, há quem chame esta obra de a Bíblia do Nazismo. Não foi Hitler que criou o termo, mas muito ele acabou fazendo se tornar popular. O livro é considerado apologia ao ódio no quesito etnia (no livro é raça) e também questões políticas e religiosas.
É um documento histórico que todos que tem interesse pela vida em sociedade no sentido de pesquisa (ainda que apenas pessoal) deveriam ler. Também em parte é biográfico. Aqui temos uma parte da vida de Hitler, desde a infância até a adolescência e por fim, se tornando um jovem adulto.
Ele não escreveu o livro com caneta ou lápis e nem o datilografou. O primeiro volume ele ditou na prisão. Depois passou por várias mudanças editoriais para que se adequasse. No ano seguinte, produziu o segundo no mesmo estilo.
A questão narrativa provavelmente é bem próxima da oratória de Adolf. Pois ele mesmo sendo um tirano, era um grande palestrante. Então o livro passa até a sensação de que você ouve na mente o bigode falando sem parar. Sinistro. Fala do pai, da mãe, de quando era criança e do quanto seu pai queria ver o filho se tornar funcionário público, mas Hilter dizia que sua mente não fora criada para ficar atrás de uma mesa. Ele queria ir muito adiante de qualquer outro, ainda que a vida fosse a merda que era.
É interessante ler algo escrito pelo ditador. Ele comenta sobre a moralidade, a educação que os pais não davam aos filhos, que pai e mãe jamais deveria discutir em frente aos descentes, que a mulher alemã deveria ser livre, que os políticos eram um adorno sem serventia e que dependiam do povo para continuarem no poder, etc. e tal.
Outro fato interessante é ver a mudança de personalidade de Hitler com o passar da páginas. Seu ódio contra os judeus não aconteceu de um momento pro outro. Desde a juventude, não gostava de ver os judeus dominando a sociedade. A mídia, negócios e o que fosse possível converter em dinheiro e claro, influência. A literatura, o teatro, enfim, os judeus tavam mostrando talento em tudo quanto era área. Isso não é motivo pra detestar alguém. O próprio Hitler afirma que era preciso mais informação científica (é, ele usou esse termo) para destilar ódio contra os judeus. Ele sempre encontrava panfletos que diziam que esse outro povo estava tomando as rédeas da Alemanha e do mundo...
Adolf mais tarde começa a se aprofundar na raça (em hipótese alguma era etnia pra ele e qualquer outra pessoa ainda em meados do século 20) e dizer que os judeus já foram e continuavam a ser os grandes exterminadores morais e físicos que assolavam a nação. E que eles não tinham sequer uma cultura. Que olhando de longe, judeus até pareciam gente. Mas bastava chegar perto que se notava pelo cheiro, olhar, jeito, que pertenciam a uma raça que com toda certeza Deus queria ver extinta.
Sim, Hitler era religioso. E aliás, era de ultra-radical-extrema-direita. Curioso, não?! Bom, isso não importa.
Só que daí ele vai evoluindo (ou desevoluindo) e dizendo que homossexuais, negros e também religiosos não eram bem-vistos aos olhos do Criador. Religiosos que não estavam no mesmo lado das convicções que Hitler elaborava com o passar dos anos.
Vi que muita gente quer ler Minha Luta, mas acho que poucos vão aproveitar. Muito do livro é pura reflexão política e histórica. Aliás, a parte histórica é boa. Traz informações que você não acha em outros livros.
Hitler vai mesclando episódios de sua vida com outros da nação e assim em alguns momentos, tem-se a impressão de que este é um romance. O livro é bem elaborado em certos aspectos e em outros é confuso para quem não manja de dados históricos e principalmente políticos. Depois à partir da página 200, fica chato pra quem tem pouco ou nenhum conhecimento do tema.
Apesar de grande, o livro não tem repetições. Na verdade, o tal ódio aos judeus é apenas uma parcela muito pequena. Um ponto que considero como um dos mais importantes, é com relação ao fanatismo. Adolf fez pressão em suas linhas e disse que uma das maneiras de se obter o poder, era obviamente lutando, e como fanáticos religiosos, usando sua fé num nível épico para derrubar a tudo e a todos. Pois a chamada fé, quando usada de forma desvairada, é um ataque violento e que não se importa com vítimas.
Ainda jovem, via as deficiências no sistema educacional. Também não gostava do que as universidades davam como uma meta superior. Para Hitler, as escolas públicas e privadas eram uma merda completa. Não faziam os estudantes darem o melhor de si.
Enfim, Minha Luta é uma obra que não deve ser proibida. Afinal, se fosse por isso, tem um pastor evangélico que hoje é prefeito. Em 1999 lançou um livro onde afirma que homossexuais, católicos e as crenças africanas são coisas do capeta. O cara tinha 42 anos na época. Hoje se diz arrependido e que era imaturo. Tá, com 42 anos nas costas... sei, a-ham, sim, claro, é.... Porém, ele continua com o mesmo pensamento mesmo velhote. Daí eu te pergunto: qual livro é mais perigoso?! Nenhum. Pois isso vai da mente de cada leitor e leitora.
A obra de Hitler tem essa popularidade porque ele se tornou um monstro e liderou o extermínio de milhões. Se fosse qualquer outro (que não tenha sido ditador e matado), o livro teria caído no esquecimento ou então teria edições vez ou outra por aí.
Aliás, eu devia ter comprado a edição em volume único. Agora vou ter de procurar o volume 2. Mas desconfio que seja mais do mesmo. Ainda que com algumas diferenças.

L. L. Santos

site: https://www.facebook.com/LLSantosTextos/?fref=ts
A Holdford 15/11/2016minha estante
Gostei muito da sua análise, tenho vontade de ler, mas exatamente para tentar fazer esse entendimento que você disse, pois cá entre nós, o cara realmente era pirado, mas atualmente tem num monte como ele que estão sendo "admirados" ultima pelo "povo" e isso é assustador.




Lucas 11/10/2016

A vida e luta de um ditador
Obra e autor se confundem nesse que é um dos livros mais polêmicos e importantes do século XX e da história da humanidade. Ao longo de pouco mais de 400 páginas divididas em duas partes, conhecemos melhor a pessoa e a mente por trás do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (futuro Partido Nazista). O mais interessante desse documento de valor histórico inestimável é saber que desde os primórdios do movimento suas bases estavam há muito predefinidas, num embasamento nacionalista racista e antissemita, fato confirmado e reiterado repetidamente com orgulho e autoridade. Adolf Hitler se torna ainda mais polêmico e icônico, assumindo seu papel de líder de um pensamento segregativo e pautado na manutenção da raça ariana. Aos poucos nota-se a influência de documentos como O Estado Judeu e Os Protocolos dos Sábios de Sião, geradores de mais polêmicas da época e responsáveis pela difusão da ideia de que o povo judeu tramava uma dominação mundial, aliando-se nisso ao marxismo. Além de excelente na exposição e esclarecimento de ideias e uma fonte histórica inestimável, Hitler sabe como escrever: o uso de repetições, termos, assuntos trabalhados e retrabalhados e o posicionamento impassível montam uma obra estarrecedora e capaz de manipular e mudar o pensamento até de leitores mais experientes. Não se deve lidar com esse livro pelo que ele trouxe após sua publicação, muito menos esquecer do que se trata e se pegar pensando de forma semelhante ao que se lê (e acredite, é impressionante como em certas partes você tende a concordar com alguns pontos mais gerais abordados), mas contextualizá-lo e notar toda a genialidade e loucura de um dos líderes mais controversos da história contemporânea.
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Nena 21/06/2016

Se vc quer conhecer uma pessoa, preste atenção ao q ela diz. No caso de Hitler, atente as palavras q ele deixou eternizadas em Mein Kampf.
Ele poderia ser convincente na oratória, mas era ruim na escrita. Se contradiz em vários momentos. Talvez por suas ideias serem frutos de uma mente megalomaníaca e ultraconservadora. Um livro fundamental para compreender parte da história, mas uma bomba na mão de alguém com uma mente tacanha e alienada.
Uma economia arrasada pós primeira guerra com altos índices de desemprego, uma população ávida por soluções e um líder carismático e populista (q fez milagres resolvendo a crise econômica em tempo recorde, não podemos negar). E assim surge o nazismo e um homem q entrou para a história como um dos maiores líderes de todos os tempos. Encontrei muita semelhança com o atual quadro econômico-politico-social-brasileiro, e confesso q senti medo da semelhança.
Fico me perguntando, como um homem q defendia ideias tão preconceituosas conseguiu chegar ao poder total de uma nação como a Alemanha? Seu discurso sobre o ponto de vista em relação a parlamentares da câmara e a imprensa (em alguns momentos) é bem parecido com nosso quadro parlamentar e jornalístico atual (bizarro).
Hitler tinha três grandes obsessões (onde ele abordou obsessivamente em todos os capítulos):
1 - Ódio retumbante pelos judeus (nenhum argumento verdadeiramente sólido q justificasse tal sentimento).
2 - Pureza da raça ariana (“A liberdade individual deve ceder o lugar à conservação da raça”).
3 - Inconformismo pela derrota da Alemanha na primeira guerra mundial.
Enfadonho, demorei muito tempo para finalizar, mas necessário. Recomendo a leitura como contexto histórico.
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BonjourRachel 02/02/2013

Eu vivenciei por muito tempo um meio judáico, e sou muito fã de Anne Frank. Porém, o livro de Hitler merece suas estrelas, com toda certeza. Como livro, é uma grande obra. Como documento histórico, é valiosíssimo. O maior erro que pode se cometer ao avaliá-lo é se deixar levar pelo contexto que o envolvia... Certo, o livro for como uma "mola propulsora" do que depois seria o Holocausto. Porém, há de se considerar que não se domina o pensamento de uma nação inteira com um livro meia-boca, certo? A obra de Hitler é genial porque te deixa balançado. E nós temos consciência do que ela pode acarretar. Imagine um cidadão alemão da década de 30? Mein Kampf é genial porque te manipula de uma forma louca, até para nós. Hitler expõe suas ideias "segregadoras" de uma forma que não parece errada... Mesmo sendo. Eu não respeito Hitler como pessoa, não mesmo. Mas Mein Kampf é uma grande obra, importantíssima principalmente para entender como funcionavam as coisas na estranha Alemanha de Hitler, sem falar em descobrir como funcionava a cabeça do próprio Hitler. Não vou pecar em dizer que vale a pena ler... Nem eu estou certa disso. Mas foi uma obra importantíssima, e ainda é. E isso ninguém pode negar.
Mr_Clio 03/11/2023minha estante
Na minha opinião, Mein Kampf não é genial. Mescla de autobiografia com ideário político, carrega uma série de preconceitos comuns do homem europeu do início do século XX. É um documento importante, sem dúvida, menos por si mesmo e mais pela tragédia gerada pelo seu autor na história mundial. Dito isso, acredito que o livro só deve ser lido por quem está ciente de tudo isso, mas, ao mesmo tempo, não deve ser banido. Urge uma edição crítica como algumas que têm sido publicadas na Europa e nos EUA e que impediram de publicar no Brasil por uma espécie de "populismo jurídico".




Filos 08/12/2012

curioso
...mente estranha do senhor Hitler
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Adriano 08/09/2012

Mein Kampf
Antes de tudo, ler esse livro sem pensar em quem escreveu e no momento histórico em que foi escrito seria um grande erro.
Hitler com certeza foi uma das figuras mais conhecidas do século 20. O responsável pela morte de 6 milhões de judeus, e outros tantos milhões de outros povos. Causador das mais nefastas atrocidades que a humanidade já conheceu.
Falar dele com isenção não é fácil. E talvez por isso muitos deixem de ler sua obra, ou mesmo nem saibam que exista. Como conceber que um homem como ele já foi jovem e tinha sonhos como qualquer pessoa normal? Que tinha um pai e uma mãe que o amavam? É difícil pensar assim sabendo de tudo o que ocorreu na 2ª Guerra.
Nessa obra intitulada Mein Kampf, escrito em meados da década de 20, Hitler conta sua jornada desde sua infância até a fundação do partido nazista. Conta também suas idéias e sua visão do mundo.
Seu pai era um funcionário publico que tinha planos para que ele seguisse seus passos, tudo o que o filho menos queria. Porém, Hitler gostava de artes, mais precisamente pinturas. Quando estava entrando na adolescência seu pai morre. E aos 16 a mãe também.
Filho único, ele tenta sobreviver sozinho, e fazendo algumas viagens a trabalho, começa a se interessar por arquitetura, apesar de nunca ter exercido essa profissão.
O engraçado é que até então ele não via os judeus com maus olhos, ao contrário, ele até tinha pela por serem tão marginalizados pelos outros.
Desde jovem se mostra um patriota fanático e extremamente inteligente, o que hoje chamaríamos de um nerdzinho chato. Ele alista-se no exército para lutar na 1ª Guerra, um evento que sempre narra com orgulho e fala sempre dos companheiros que morreram por nada. Mas atribui a derrota da Alemanha principalmente aos políticos da época. Dizia que só existiam covardes e gananciosos no parlamento. Ninguém que realmente se importasse com a pátria e com nem com seus cidadãos.
Porém um ferimento o faz ter que abandonar o front, e então começa aos poucos, em casa, a dar forma às idéias anti-semitas.
Ele as dá conta do “perigo” judeu, acreditando que existia uma espécie de organização secreta que tinha por objetivo dominar o mundo. Pensava também que eles manipulavam os meios de comunicação para que só fossem divulgadas noticias de seu interesse.
Outra idéia que ele tinha era que os judeus davam suas filhas para se casarem com arianos apenas com a intenção de “contaminar” o sangue de futuras gerações.
Junto com alguns jovens, que como ele, estavam insatisfeitos com toda essa situação, é criado o Partido Nazista. Esse partido, além de ser racista, tinha como objetivo lutar pela Alemanha e pelo povo ariano.
Para eles, os arianos seriam quase como os pilares da Terra. Não existia algo de grandioso que não tivesse a participação deles. E se, por alguma infelicidade, os arianos deixassem de existir, o mundo ruiria em caos e desgraça.
Eles queriam que a Alemanha entrasse em outra guerra para conquistar mais territórios, pois acreditavam que já existia gente demais vivendo em um país tão pequeno e sem muito poder político para lidar com as grandes potências da época.
Outro ponto interessante é que ele fala em Deus a todo o momento. O quando os arianos eram os escolhidos para realizarem grandes feitos. Para aqueles que ainda acham que Hitler fez o que fez por ser ateu, deveria pesquisar um pouco mais para não continuar falando besteira.
Agora eu chego à parte do tabu: as idéias boas. Sim, ele tinha idéias boas. Uma delas é que nas escolas, deveria-se focar menos em tanta decoreba nas matérias, história principalmente, e fazer com que os alunos aprendessem coisas diferentes como o boxe ou o Jiu-Jitsu. Também deveria ser obrigatório ao jovem passar pelo exército. A intenção disso era de construir neles um caráter invejável. Ter não só a mente como o corpo saudáveis. Nisso não há como não concordar.
O tamanho não ajuda e em muitas partes é bem cansativo, pois ele acaba falando de tudo um pouco. Até de gonorréia. Só recomendo pra quem gosta muito de história e não se contenta com rotulações sem conhecer a outra versão dos fatos.
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Henrique 13/04/2012

Mein Kampf - Conceitos e Contexto.
Acho que um dos principais erros que qualquer pessoa pode cometer ao receber em suas mãos uma obra histórica e começar a lê-la é: 1)Não procurar algo sobre o contexto histórico que precede a publicação do livro, 2) Projetar suas opiniões pessoais na obra e 3)Não compreender qual foi a função, social e política, daquela obra. Sabemos que Hitler é uma figura das mais odiadas da história contemporânea e que suas idéias deturpadas e infundadas jamais se justificariam em nenhuma circunstância. No entanto, a pergunta que deve-se fazer é exatamente: ''Por qual motivo, elas foram tão aceitas por toda uma sociedade?''

As pessoas, quando tratamos de figuras históricas (especialmente as tenebrosas) costumam ter a impressão de que abriu-se uma fenda na terra e que de lá saltaram pra fora tais seres, ''destinados'' a liderar á humanidade ou para a glória, ou para a derrota. No entanto, não é bem assim, não é mesmo. Hoje sabe-se que existe um enorme número de antecedentes á própria ideologia nazista, e que vários (para não dizer todos) conceitos presentes no programa do Partido Nacional-Socialista estavam presentes séculos antes de sua fundação - Inclusive da adesão do próprio Hitler ao partido.

NOTA: Isso de forma alguma diminui o nível das atrocidades cometidas pelo nazismo. Esse texto tem como função apenas uma reflexão de caráter histórico.

Devemos considerar que antissemitas existem desde que o povo judeu existe; E mais importante: que a perseguição intensa aos judeus foi no passado promovida pelas mais diversas instituições (ICAR sendo a mais notável)e indivíduos conhecidos (Até mesmo Martinho Lutero era um baita antissemita) séculos antes da derrocada da Alemanha na Primeira Guerra. E nem é preciso ir tão longe: O compositor alemão do século XIX Richard Wagner já se dedicava á escrever artigos com suas teses contra a cultura judaica, dizendo que os judeus deveriam abandonar seus costumes de modo á se integrarem na sociedade Alemã por inteiro.

Além disso, é importante lembrarmos que os conceitos como ''Espaço-Vital'' e ''Raça Ariana'' já vinham sendo desenvolvidos no próprio século dezenove: Se não me engano, temos um biólogo chamado Gobineau, que surgiu com o conceito de antropogeografia - Que associava a ''glória'' de determinadas nações á capacidade que estas tinham de evitar a ''miscigenação'' e a preservação de seu território, ainda mais que para Gobineau, todas a raças da Terra teriam se originado na Europa. Ele também ligava sistemas de governo, como a democracia e a república á uma noção de inferioridade...

Pra terminar é preciso falar da desmoralização que os alemães sofreram após a derrota na Primeira Guerra (1914-18), que castrou a Alemanha militarmente - E quem lembra dos tempos de Bismarck, sabe que a Alemanha é um país extremamente militarista - enquanto implantava uma ''república forçada'', onde pululavam diversos partidos com todo tipo de bandeira ideológica. Ocorriam discursos de cunho fascista no meio das ruas. O próprio Hitler participava de grupos que se dedicavam á pensar os motivos da derrota alemã na guerra, e, como já bem disseram, apesar de não ser um intelectual, Hitler era ótimo orador.

Daí entraria no período da eleição do próprio Hitler (que foi, sim ,eleito democraticamente), em toda propaganda ao redor de sua figura e etc... Mas daí já ficaria muito grande...

O que é importante é que não importa se você deve ler Mein Kampf questionando o que está escrito em cada linha. Mas apenas como um livro que vai te colocar no contexto de uma época sinistra da humanidade... =/

Putz, ficou enoooooooorme... Ninguém vai ler... Mas se uma só pessoa ler, já fico contente...
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