A menina e o trem

A menina e o trem Evandro Aléssio




Resenhas - A menina e o trem


15 encontrados | exibindo 1 a 15


Patty Ferreira 21/06/2024

Talvez com um editor o livro funcionaria
É aquele tipo de projeto que a ideia é boa, mas a execução é péssima. O autor cria um romance tendo como cenário o “Hospital Colônia de Barbacena” que ficou conhecido como o local do “holocausto brasileiro”.

O hospital psiquiátrico na época era utilizado não só como local de tratamento para pessoas com problemas de saúde mental, mas também para esconder as manchas do conservadorismo. Internava-se mulheres solteiras que não eram virgens, mães solteiras, homossexuais e etc.

Com base nisso, o autor cria o romance da Júlia e o Fernando. Ela, filha do homem mais rico da cidade do interior, Ele um menino de classe mais baixa, acabam se apaixonando e ela engravida. Para esconder a vergonha de ter uma filha grávida e a injúria que seria casá-la com um “pobretão”, o pai de Júlia a interna no “Hospital Colônia de Barbacena”.

E com esse ponto de partida, que começa os problemas da história para mim. Não um foco no livro, se é o romance ou demonstrar as maldades ocorridas no hospital naquele tempo. E aqui, preciso abrir um parênteses sobre um conceito: “Arma de Tchekhov”.

Segundo o princípio da “arma de Tchekhov” **todos os elementos presentes em uma história devem ser necessários e os elementos irrelevantes devem ser removidos.**

No livro, o autor tenta fazer a conexão do “holocausto brasileiro” com o holocausto nazista através de sonhos de 02 personagens, porém falha miseravelmente, pois não teria conexão maior do que demonstrar as torturas perpetradas no hospital.

Aparecem diversos personagens durante o livro, e o autor dá ênfase em alguns pontos que não agregam em nada na história do livro (”arma de Tchekhov”).

E essa ênfase que ele dá para alguns personagens serve de palanque para o autor demonstrar suas convicções pessoais. O livro coloca na posição de salvador, em quase todos os momentos duas figuras: a Maçonaria e os Militares. Não bastando isso, o autor coloca como vilão o “Comunismo”. Isso mesmo, grande parte do financiamento de manter pessoas presas e torturadas no subterrâneo do hospital é financiado pelo Comunismo.

Além disso, através de nota de rodapé o autor, para explicar a atitude do último presidente militar de assinar a “Lei da Anistia” ele minimiza de forma a desacreditar que houve qualquer tipo de crime cometidos pelos militares:

Segue a nota: “João Batista Figueiredo, General do Exército, o último Presidente do Governo Militar, que tomou posse no dia 15 de março de 1979. Em agosto do mesmo ano, promulgou a Lei da Anistia que, de forma resumida, perdoava uma lista de crimes cometidos pelos opositores ao governo, bem como os excessos **porventura** cometidos pelos militares durante aquele período”

Porventura significa: indica que o falante coloca no plano da hipótese o conteúdo da oração; por hipótese, acaso, por acaso.

Além disso, na metade para o final o autor tenta trazer elementos sobrenaturais, que não tem qualquer explicação ou sentido na trama (na mão do Stephen King funcionaria).
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Leiturando Livros Paula 25/03/2024

QUE LIVRO!
Esta leitura está enraizada ainda em minha cabeça, sabe aquele livro que você lê e depois vai em busca saber mais e mais. Pois foi assim que aconteceu.

O livro apesar de ser uma história de ficção é resultado de uma pesquisa de muitos anos sobre o Hospital Colônia de Barbacena em MG. Foi um lugar que exitiu e por muitos anos suas histórias ficaram desconhecidas por décadas. Era um hospital psiquiátrico, mas lá não eram somente loucos que viviam, mas também todos os desafortunados de suas famílias, eram pessoas com gravidez indesejada, pessoas com vícios e até crianças, esse período foi conhecido como o Holocauto Brasileiro, onde muitas vidas se foram.

No livro conhemos Julia, uma linda jovem filha do Coronel Jordão machista, dono de terras e cheio de poder. Ela se apaixona por Fernando, pelo filho de um fazendeiro simples e engravida aos 15 anos. E nada mais nada menos é agredida pelo seu pai e levada ao "Hospital" já que ficou desacordada devido à um soco. Mas ao ser levada começa todo o terror de uma vida que ela jamais imaginou ter. Dada como "louca" e grávida, ela ficou anos no hospital. Longe de seu amor, de sua mãe, de sua amiga, mas nunca perdeu as esperanças de reencontrá-los, até descobrir que foi dada como morta depois de uma acidente na unidade de psiquiatria. Ela viveu escondida do mundo por anos em um lugar escuro, úmido e com restrição alimentar, silenciando suas dores diante do medo e da solidão.

Seu filho? Melhor nem falar o que aconteceu.

Muitas histórias de pessoas que se tornaram próximas de Julia foram conhecidas, assim como belas amizades que ela cativou, mesmo em um lugar tão inóspito.

São cenas fortes, momentos que, às vezes doem na alma e por diversas vezes fiquei com olhos marejados.
Personagens cruéis e sem senso de medidas de punição.

Com um final supreendente o autor conseguiu em suas 539 páginas, nos prender do início ao fim.

Para os corações sensíveis fica aqui o aviso de alerta de gatilhos?? .

?Que obra!!! Que obra! Mil vezes 1000!?
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palomabele 23/03/2024

Uma leitura difícil...
Foi uma leitura difícil que me fez questionar em diversos momentos se aquilo tudo iria acabar feliz... Prepare os lenços, pois a experiência de conhecer esse livro vai mudar sua vida completamente.
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resenhasdamanu 23/03/2024

Um romance histórico sobre o Hospital Colônia de Barbacena
Júlia é uma moça de 15 anos, cheia de sonhos e fã de Elvis Presley que acaba se apaixonado por Fernando, um rapaz de origem humilde, porém muito esforçado e inteligente.

O maior obstáculo para esse relacionamento seguir seu curso é o Coronel Jordão, pai de Júlia, que não faz muito gosto pelo namoro.

Mas a situação do jovem casal piora quando Júlia descobre estar grávida. Furioso e com medo de manchar sua imagem perante a cidade, Jordão interna a própria filha no Hospital Colônia de Barbacena, onde ela conhecerá a dor, o medo e a solidão bem de perto.

Nesse romance histórico, Evandro Aléssio nos transporta direto para a década de 70, mostrando as diversas facetas do horror, quando Júlia é internada um m4n1côm1o simplesmente por estar grávida, algo que era bem corriqueiro naquela época.

Somos apresentados à personagens muito cativantes que trarão uma centelha de esperança à estadia de Júlia e outros tão detestáveis que tornarão seus dias mais tristes e cinzentos.

A esperança de um dia reencontrar o amor perdido, a mãe carinhosa e proteger o bebê que ainda está gerando, são o que lhe dá forças em meio ao horror, solidão e privações de todas as naturezas.

É um livro denso, pesado e dolorido, mas tão envolvente que não dá vontade de largar até saber o desfecho.
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Jessica 21/03/2024

Vamos falar sobre A menina e o trem, uma leitura visceral, que traz emoções diversas onde tive que parar em muitos momentos para poder respirar e digerir devido às barbáries e atrocidades. 


Bom, vamos conhecer Julia. Uma adolescente cheia de sonhos, vive numa cidade pequena do interior, que lhe é arrancado por seu pai após descobrir que a filha está grávida, pois ele a interna no Hospital Colônia de Barbacena. 


Conforme a história vai decorrendo, é impossível não fazer um traço com a realidade de muitas pessoas que passaram pelo Hospital e ficamos na torcida para que Júlia consiga fugir ou mesmo que sua mãe consiga tirá-la de lá. 


Apesar de um cenário triste, alguns personagens ganham espaço e fazem com que Júlia não perca as esperanças. 


Com uma trama bem desenvolvida e impactante, o autor consegue nos prender até o fim, nos presenteando com um desfecho emocionante. 


Recomendo a leitura, o autor fez um trabalho de pesquisa incrível, uma leitura para que possamos refletir e pensar. 
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Larissa 15/03/2024

Se tornou um grande favorito!
A Menina e o trem foi uma grata surpresa que eu tive recentemente. Eu nunca tinha lido uma história que se baseasse nos acontecimentos do Hospital Colônia de Barbacena, e foi chocante descobrir pelos olhos da protagonista Júlia todos os horrores que aconteciam naquele lugar.

Primeiramente, nesta resenha quero parabenizar a escrita do autor Evandro Alessio que fez uma pesquisa minuciosa e trouxe detalhes extremamente ricos e precisos na história. Parecia que você estava vivendo aquilo tudo com a Júlia. Toda vez que eu pegava o livro pra ler, eu entrava nesse mundo de horrores junto com esses personagens... Fiquei tão, mas tão imersa nessa obra que até sonhei com o livro em determinado momento. 🥹

Foi arrebatador. Uma história que me tirou o fôlego e que mostrou o pior (mas também o melhor) do ser humano. É impressionante tudo o que aconteceu nos corredores e nas alas desse “Hospital”. E aqui, vamos ter uma protagonista jovem, com apenas 15 anos, que é mandada pelo pai para esse lugar tão tenebroso, após ele descobrir que ela estava grávida. Júlia vive os piores terrores que um ser humano pode viver. Ela é uma alma iluminada, linda e com muita força... O tempo inteiro você torce para que ela consiga sair daquele lugar, que de alguma forma fique tudo bem com ela e com os outros pacientes.

É uma obra que, com toda a certeza do mundo, me marcou e que irei carregar comigo para sempre.
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Vanessa.Liandro 15/03/2024

Sensível e impactante
Pense numa história que te deixa agoniada do início ao fim. A menina e o trem me trouxe essa experiência por retratar algo que não é apenas uma simples ficção. A história do Hospital Colônia de Barbacena foi um triste capítulo da memória do nosso país. A trajetória de Júlia é um teste de coragem, resiliência e fé. Tudo que ela passou naquele local é uma representação do que muitos passaram anos sofrendo. Só pelo que ela passou é pra deixar qualquer pessoa sensível ou com o mínimo de empatia enojada com tanto descaso e maus tratos. O mínimo de dignidade era tirado dessas pessoas. Imagine estar em um lugar assim por motivos torpes ou mesmo sem nenhum. O caso de Júlia é um desses. Ela simplesmente desagradou seu pai e foi mandada para lá. Sua mãe e namorado tentaram de tudo para que ela saísse de lá, entretanto as coisas se complicaram de forma assustadora.
Considero a leitura dessa obra essencial partindo da relevância do fato histórico que a história aborda. Muitos personagens são cativantes, principalmente os que convivem com Júlia no Hospital, já outros são repugnantes. Quando eles apareciam, tinha vontade de largar o livro na mesma hora de tão detestáveis.
Com um enredo sensível, "A menina e o trem" consegue nos imergir no caminho que Júlia irá percorrer. São momentos de aflição, esperança, dor, desespero e amizades. Que história incrível! Emocionante do começo ao fim.
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@livretoencantado 14/03/2024

Leitura profunda e repleta de reflexões
?Quem tem um porquê enfrenta qualquer como."

Romance histórico com narrativa repleta de drama, reflexões e aquele banho intenso de emoções. Leitura atemporal e necessária para que toda a crueldade cometida não seja esquecida e muito menos repetida.

Primeiro contato com a escrita do autor e já é a leitura favorita de 2024! Através de uma escrita perspicaz, profunda, sensível e cativante, o autor nos entrega relatos da vivência nua e crua tanto dentro como fora dos muros do perturbador e inóspito, Hospital Colônia de Barbacena, nos lançando de cabeça em uma leitura impactante, imersiva, eletrizante e de doer o coração da gente em vários momentos, mas há momentos em que o coração da gente fica tão quentinho que lágrimas de felicidade transbordam por nossos olhos.

Júlia conhece o amor com Fernando, mas possui um pai prepotente e egocêntrico, que após descobrir sua gravidez, a manda para um lugar onde a perversidade impera, onde não há limites para a crueldade e para a psicopatia, e onde todas as histórias são possíveis. Um lugar tenebroso que pode muito bem ser comparado e, porque não, igualado a um campo de concentração nazist@. Nível de maldade extremo cometido por ganância e frieza no coração, onde todo tipo de tortura é frequente no Hospital que se tornou "depósito de gente indesejada?.

Adorei todo o contexto histórico e cultural e as referências. O coração aperta ao lembrar dos registros da Júlia em seu diário, mas se aquece ao recordar do seu amor junto a Fernando e sua linda amizade com Tomé, o amigão protetor de coração enorme e, para mim, o personagem favorito. Não posso esquecer de citar a Isabelinha que foi uma personagem muito importante para a história e a Alice, a melhor amiga da Júlia também tem o seu papel fundamental.

Leitura que mexeu demais comigo emocionalmente, um rebuliço de sentimentos e sensações até difíceis de descrever, onde a angústia e a revolta imperam ao ler as injustiças e atrocidades cometidas. Mas a fé e a perseverança seguem firmes até o fim.
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onceuponatime_book 10/03/2024

Resenha do ig @onceuponatime_book
A genre não sai o mesmo depois dessa leitura, eu comecei a ler em e-book e depois migrei para o livro físico, que tem uma diagramação espetacular. Esse livro é todo lindo e emocionante.

A gente a gente tem uma história pesada, triste, revoltando, mas que trás tanta esperança e vida. A genre vai acompanhar uma garota presa injustamente no Hospital Colônia de Barbacena, o autor de forma majestosa, trabalha realidade e ficção na sua narrativa. É uma leitura forte, mas que deixa o leitor revoltando e esperançoso na mesma medida.

Tudo começa com um amor proibido entre um rapaz humildes e a filha se um coronel, acrescenta uma gravidez inesperada e temos a dose perfeita para o caos. Mas aqui temos uma atitude externa o pai da Júlia interna ela mó pior hospital psiquiátrico, o de Júlia vai sofrer coisa inimaginável.

A gente se apega a história de Júlia e de todos os outros personagens presos nesse hospital e o mais revoltando é que tudo que o autor narra no livro pode ter sim acontecido na vida real. O livro desperta vários questionamentos e debates.

É um livro de ficção, mas cheio de denúncias e alertas. A gente se deprada com o inferno ma terra e que ele existia de verdade.

O livro é dividido em duas partes e apesar de ser vem grande eu li em três dias, a narrativa prende nossa atenção, a gente não consegue parar até saber o que vai acontecer com a Júlia.

O livro tem uma energia contagiante, uma leitura fluída e a narrativa é envolvente o autor trabalha de forma incrível nesse livro.

Eu favoritei ele e indico e a leitura pra todo mundo.
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sandim_steh 09/03/2024

IG: @PAPEANDOSTEH
Não foi uma leitura fácil de se fazer e muito menos de terminar, apesar da escrita do autor ser boa, os gatilhos presentes no livro me deixaram bem mal, uma coisa que deixo em alerta para o autor é que coloque um AVISO de gatilhos, pois realmente isso me incomodou. A história de Júlia é bem pesada, trazendo assuntos à tona que realmente eram reais naquela época, o que nos faz pensar o quanto as mulheres sofreram anos atrás. O que mais gostei do enredo foi conhecer melhor a história da cidade em Minas Gerais que por muitos anos foi conhecida como ?a cidade dos loucos? por conta do hospital psiquiátrico que havia lá, e como bem sabemos muitas das vezes esses hospitais não eram para o bem das pessoas. Por fim, é uma leitura necessária, mas cansativa muita das vezes, pois tem muitos diálogos que não são necessários, além de que a diagramação do livro poderia ter sido melhor estudada. Gostei do livro, mas não leria de novo por conta dos gatilhos em excesso que me deixaram bem mal.

CONFIRA A RESENHA COMPLETA NO IG: @PAPEANDOSTEH
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Larissa.@estantedalari22 04/03/2024

Intenso!!
??IMAGINA SER ENVIADA PARA UM HOSPÍCIO APENAS POR AMAR DEMAIS?

? ?Um dia criança, todos saberão o seu nome, todos compartilharão sua história. Você conhecerá a dor, a solidão e a desesperança. Mas a dor servirá de ensinamento para que outros não sofram; a solidão será um mote para que os bons se reúnam e sua desesperança será recompensada?

??CONTÉM GATILHOS: t0rtur4, asséd!0 s3xual, maus tratos, t0rtur4 psicológica, v!olência, etc.

Em "A MENINA E O TREM" nós conhecemos Júlia, uma adolescente de 15 anos que vive na pequena cidade de Piedade do Rio Grande em Minas Gerais dos anos 1975.

Júlia é filha de dona Francisca, uma mulher de bom coração, e do rigoroso coronel Jordão, homem a quem todos "respeitam" e temem na pequena cidade.

Coronel Jordão sonha em ver sua filha casada com um homem de posses para então somar à sua própria riqueza, no entanto Júlia já está apaixonada, por Fernando, um menino humilde e honesto, e mesmo Jordão aceitando o relacionamento dos dois não crê que isso vá em frente.

Porém, o que Júlia e Fernando sentem um pelo o outro é algo forte e eles estão mais conectados do que nunca. E dessa união surge então uma gravidez inesperada, o que deixa Jordão furioso, chegando a agredir a filha e mandando-a assim para um hospital para "loucos" em Barbacena.

A partir daí Fernando e Júlia enfrentarão coisas horríveis, mas não desistirão de seu amor.

Essa foi uma leitura intensa e muito sensível, não tem como não sentir na pele tudo o que a personagem Júlia passou. Mesmo tendo apenas 15 anos e passando por muitas coisas traumáticas, ela é revestida de muita coragem, fé e determinação.

O autor tem uma escrita fluída, trazendo assim narrativa marcante e difícil de largar, e nos entregando um romance com uma carga dramática e intensa. Também não posso deixar de elogiar os personagens bem desenvolvidos, principalmente Tomé que ao meu ver foi o meu preferido, não só pelo seu bom coração, mas também pelo modo como ele ajudou a Júlia enquanto ela estava no Hospital Colônia.

Recomendo muito a leitura para quem gosta de enredos fortes e marcantes.

?LIVRO DISPONÍVEL NO KINDLE POR R$22,00.

?Eai gostou da resenha? Gostam de livros marcantes?
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juliocmofc 02/03/2024

>> NÃO HAVIA NINGUÉM PARA CHORAR POR ELES <<
Final de 1975, Piedade do Rio Grande, Minas Gerais.

Os sonhos da jovem Júlia, de apenas 15 anos, estão cada vez mais estranhos. Ela sonha constantemente com um trem chegando a um campo de concentração näz|stå abarrotado de prisioneiros que são levados por guardas até um determinado local.

Apesar dos pesadelos, Júlia está vivendo uma fase linda de primeiro amor com Fernando. Seu pai, o autointitulado Coronel Jordão, impôs alguns limites no relacionamento, mas aceitou a relação com muitas ressalvas, visto que Fernando é um rapaz humilde.

A paixão entre Júlia e Fernando é crescente e o resultado é uma gravidez inesperada. Jordão, enfurecido, teme pela sua própria reputação, então em um momento de fúria agride a própria filha e usa de sua rede de contatos para interna-la em um hospital localizado na cidade de Barbacena.

O Hospital Colônia de Barbacena passa então a ser o cenário onde acompanharemos a trajetória, permeada de dor e sofrimento, da menina que agora é taxada como louca.

Enquanto Dona Francisca, a mãe de Júlia, e Fernando tentam de tudo e vão contra todos para tirar a menina de lá, ela começa a perceber quem são os verdadeiros loucos e entender até onde chega a maldade do ser humano.

?? a escrita do autor é envolvente, proporcionando um história tocante e sensível, mas ainda trazendo a crueza e realidade do que foi o Hospital Colônia de Barbacena.

? prepare-se para uma enxurrada de emoções e histórias tocantes. Os personagens são bem construídos e carregam toda uma bagagem emocional que vai te surpreender.

? esteja preparado para uma leitura densa, tensa e intensa. Cenas de tørtüræ, åbusø e ägr?ssö?s se fazem presente na trama, bem como a negligência parental.

? a trama também nos proporciona alguns momentos bonitos como a amizade de Júlia e Alice, antes da internação. A amizade entre a menina (Júlia) e o amigão (Tomé), um dos internos do hospital disposto a tudo para ajudar Júlia. E também a fé e esperança representados na pessoa da mãe de Júlia: Dona Francisca.

? me faltam palavras para expressar o quanto fiquei encantado e comovido com essa obra. Com certeza, já figura entre as melhores leituras do ano. Se tornou um favorito por aqui!
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Bi Faria 27/02/2024

| Resenha
Eu não estava preparada para o turbilhão de emoções que essa história trouxe, foi uma leitura extremamente emocionante e reflexiva com um período da história mineira que deixou tristeza e a certeza que não se deve repetir. É favorito de 2024!

Esse foi meu primeiro contato com a escrita do autor e ele me conquistou, sua escrita extremamente fluida nos faz conhecer o que foi o Hospital Colônia de Barbacena, conhecida como 'a cidade dos loucos' e o que aconteceu por lá, uma barbárie, além de um romance permeado por fé e sentimentos que transpuseram o tempo e acreditarem em um novo começo.

Júlia é uma menina linda, que segue as regras do pai, vivendo no interior de Minas, ele se intitula coronel por sua força que move a economia do lugar e é extremamente machista.
Quando ela se interessa pelo amigo Fernando e os sentimentos são recíprocos, o pai dá permissão para um namoro em sala e vigiado, já que em 1975 as regras e condutas de uma moça eram monitoradas e regradas.
O coronel não quer a filha com 'qualquer um', acha que esse namoro não vai dar em nada e seria capaz de tudo para que seus anseios fossem atendidos.E isso realmente acontece quando o Júlia acorda desorientada em um lugar que não conhece, seu inferno começa.
Ela que tinha sonhos com campo de concentração e um trem abarrotado de pessoas vai vivenciar um outro holocausto, em um lugar onde não existe humanidade e que a perversidade acompanha quem deveria estar naquele local para auxiliar.
Taxada como louca, Júlia vai encontrar o lugar mais frio, escuro e assustador de sua vida e conhecer a face do mal, do que o ser humano é capaz de fazer por dinheiro e status, e aprender com histórias de quem lá está há mais tempo, que existe amizade e que a fé tem poder.

O autor com uma escrita marcante e extremamente profunda traz um romance tocante e dramático que mostra o que foi o Hospital Colônia para loucos em 1970 e o que aconteceu naquele local desumano, com torturas e prisão. E o romance com personagens que conquistam, Tomé é um grandão que está naquele lugar há bastante tempo e nos mostra que é amizade de verdade, Júlia por sua perseverança e Fernando com sua coragem.
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Aline ig @escape.abacharel 27/02/2024

Livro maravilhoso que aborda assuntos super importantes!
Hoje venho trazer a resenha de um livro muito importante de ficção, mas que aborda fatos históricos ocorridos no Brasil.

Júlia é uma menina que sempre teve sentimentos fortes pelo seu amigo Fernando. Até que ele se declara para ela. Os dois decidem iniciar um relacionamento, mas para isso, Fernando tem que pedir a mão de Júlia em namoro para seu pais, por ser um ambiente do interior bastante conservador. Fernando só não contava que o pai de Júlia, o "Coronel" Jordão iria tomar antipatia por ele.

Agora os dois vivem um relacionamento cheio de regras e acabam fugindo dos olhares alheios para se encontrarem. Mas Júlia acaba engravidando. Fernando a apoia, mas o mesmo não acontece com o seu pai, que a trata de forma violenta, inclusive batendo nela. Já desacordada, o Coronel resolve enviar Júlia para um hospital. Porém, não seria um hospital comum. O lugar onde Júlia é destinada é o maior Hospital Psiquiátrico do Brasil na época: o hospício de Barbacena. Mesmo Júlia não tendo problemas mentais, e tendo apenas o resultado da pancada que recebeu de seu pai, ela não é enviada para um hospital para o cuidado e recuperação dessa violência.

Ela é internada no Hospital Colônia de Barbacena com o intuito de sumir com a gravidez dela. O hospital recebe diversos casos como de Júlia: crianças órfãos, mendigos, mães solteiras, gays, prostitutas e todas as pessoas marginalizadas da sociedade acabam parando lá. O famoso manicômio, porém, não trata tais pessoas bem. Vemos relatos que torna a leitura até pesada, pois diversas barbaridades aconteceram no lugar.

Se eu for citar todas as injustiças que esses pacientes (vítimas) sofreram, a resenha ficaria enorme e ultrapassaria o limite de texto. Porém, são situações verdadeiramente horripilantes, dignas de um pesadelo.

O livro de Evandro Aléssio é grande, mas foi uma das leituras mais fluidas que eu fiz esse ano! A obra é maravilhosamente bem escrita. Recomendo demais esta leitura, pois o assunto é muito pertinente, tanto que essa situação do Brasil ficou conhecida como o Holocausto Brasileiro, onde teve um genocídio de vários dos internados.

Média: 5 estrelas

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Gilda 26/02/2024

Uma história impactante
Ambientado na cidade de Barbacena, MG, entre os anos de 1975 e 1979 acompanhamos a história da adolescente Júlia, uma menina muito rica, filha de um dos famosos "coronéis" da época, fazendeiros milionários que dominavam as cidades e suas famílias.
De alma simples, Júlia é como todas as garotas de sua cidade: gosta de música, em especial o conjunto Abba, tem uma melhor amiga e é apaixonada por Fernando, um rapaz pobre da região, de quem acaba engravidando.
Quando o "Coronel" Jordão descobre que Júlia está grávida, ele fica transtornado pelo medo de ser envergonhado perante a sociedade e interna Júlia no Hospital Colônia, o manicômio da cidade.
A partir daí Júlia passa a viver o horror diário de muitos pacientes daquele lugar onde pessoas eram internadas sem nenhum problema mental, mas eram parte dos excluídos da sociedade, aqueles que eram problemas para alguém: mendigos, alcoólatras, mãe solteiras, esposas confinadas pelos maridos, pessoas com deficiência, políticos e etc.
Além de denunciar um intenso comércio de corpos e esqueletos.

Fernando, ao escapar de um atentado passa a procurar Júlia.
Daí para frente você precisa descobrir sozinho o que acontece.

O autor apresenta a barbarie ocorrida no maior manicômio do país, onde estima-se que pelo menos 60 mil pessoas morreram vítimas de maus tratos, descaso, abandono e crueldade.
Uma pesquisa muito bem feita durante anos conta o que acontecia dentro dos muros da instituição, mesclando a história de amor de Júlia e Fernando em um relato estarrecedor.

Uma leitura importante e necessária para tornar conhecida (e jamais esquecida) a história do mais sombrio episódio da psiquiatria brasileira, o holocausto brasileiro.
Pri.Kerche 27/02/2024minha estante
Resenha interessante e o tema me chamou a atenção! O autor pesquisou o tema dos manicômios? Se tiver referência bibliografica, ja vou colocar na minha lista




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