Sabrina758 31/07/2023
Se é uma bomba ou não pra vocês, tô nem aí!
A curiosidade me levou a ler essa atrocidade que é o novo queridinho de centenas no meio do dark romance. Eu realmente não consigo compreender como as pessoas gostam tanto desse livro, me pergunto se lemos o mesmo? A começar pela tradução, que é PÉSSIMA, parece que fizeram direto no google translate. Sei que a escrita da autora realmente é...esquisita, porque peguei alguns trechos em inglês pra comparar, mas a cabana vermelha realmente não se esforçou para melhor a experiência rs.
Ainda sobre a escrita, a autora escreveu um calhamaço que poderia ser facilmente um livro de 300 páginas. Ela não desenvolve NADA, tudo é jogado e ela soca hot em situações sem contexto algum. Esse livro foi feito pra ela explorar fetiches, porque a narrativa não vai a lugar nenhum. Ela conta sobre sociedades secretas ligadas ao governo, um grupo de hackers e justiceiros que combatem essas redes de ped0filia e tr4fico humano, um ""misterioso"" assassinato que fica evidente quem era antes da metade do livro, espíritos no Casarão Parsons, e ela não >explora< absolutamente nada desses plots. O que acontece são situações em que o Zade vai invadir atrás de informações ou salvar as vítimas, ou a Addie indo no porão buscar provas. Os plots ficam em suspenso e aparecem nos momentos oportunos, e a justificativa do Zade fazer o que faz é, somente, porque ele quer(???). Não tem um propósito, não tem uma história por trás, ele só decidiu acordar um dia e bancar o herói.
Adeline é a personagem mais rasa que já li em minha vida. Ela não tem personalidade, o fato dela ser uma escritora de suspenses investigativos muito me admira, porque essa querida não tem dois neurônios e a autora colocar ela como uma "manipuladora nata" é uma piada, porque ela não conseguiria manipular nem uma mosca. Fora que ela é uma escritora renomada e se tem duas ou três cenas no livro inteiro que são focadas na profissão dela é muito. Ela não sabe o que quer, é infantil e fica tentando se fazer acreditar de que, no fundo, queria tudo o que aconteceu com ela, mesmo que ela chore e implore em algumas cenas. Problemático, né?
Zade Meadows. Pra mim, não passa de um playboy sádico com white saviour complex que tenta justificar suas ações ruins com o fato de salvar crianças e mulheres inocentes. O ego desse querido é gigante, eu revirava tanto os olhos nos capítulos dele porque, acreditem, ele ficava se elogiando constantemente. Não importa que ele seja um gostoso e acredite que ama a Addie, ele combate redes de abuso e é um estupr4d0r ele mesmo. Ponto final. O personagem mais hipócrita que já li, chegava a ser irritante o quanto a autora tentou passar pano para as ações dele a todo o momento - através dele e das outras personagens no livro também.
A melhor amiga de Addie, Daya, é uma grande estúpida. Essa querida é outra que foi mal escrita (como todo o livro), a única função dela é ser amiga da Addie - e ainda fazendo um péssimo trabalho nisso, pois tomou atitudes como incentivar ela a não chamar a polícia quando encontraram as mãos decepadas, amenizar quando a Adeline contou sobre ter sido violada pelo Zade e que ficava aliviada, ALIVIADA, por ele ser o stalker dela pois, ainda que seja um ser humano desprezível e criminoso (minhas palavras, rs), pelo menos ele tinha salvo centenas de inocentes...
O "relacionamento" deles não é algo a se admirar, nem muito menos romantizar e desejar algo parecido. Isso aqui é criminoso e obsessivo, não tem nada de amoroso nisso. O Zade ser bonito não muda N-A-D-A. Então muito, muito cuidado ao ler e, especialmente, com a mentalidade para essa leitura. Não te torna descolada ou that girl ler esse livro e achar leve ou nada demais. Obrigada, de nada.
Eu realmente não tenho nada de bom para falar sobre esse livro porque o meu senso crítico não me permite. Ao meu ver, não tem nada aproveitável aqui. É problemático, mesmo para um dark romance, e a escrita é muito ruim. Ela mirou em dark romance com suspense e acertou em Scooby-Doo com p0rno de t0rtura.