Lili 25/03/2024
Um assombro de superlativos, mas comovente onde precisava
O desenvolvimento dos personagens protagonistas foi muito bom. A forma como abordou o crescimento de ambos, o vício de Kyle foi de uma sensibilidade maravilhosa. Não romantizou a cura, afinal ela não existe. Sempre um segundo, minuto, hora, dia de cada vez. Curti também sobre como o vício é a luta contra ele também o aproximou da mãe. Achei o diálogo final entre os dois lindo.
A abordagem da maternidade, como ela fez Aimee crescer, ver as coisas sobre outro ângulo até mesmo pra entender os que estão ao seu redor. Realmente, um filho muda totalmente não só a nossa vida, como também nossa perspectiva dela. São nossa motivação de sempre tentar ser alguém melhor.
Agora uma coisa que não curti e de certa forma me irritou bastante foi o excesso de superlativos pra definir os personagens. Jesus... kkk como isto foi chato. PQP.
Uma das maiores celebridades desta geracao que é a melhor modelo da atualidade e obteve ajuda profissional da editora-chefe da maior revista de moda do mundo, é também filha do maior jogador de futebol americano de todos os tempos, o primeiro jogador da NFL a conquistar o nono Super Bowl, amiga do melhor jogador do torneio. Este monstro se mulher se apaixonou pelo astro mais louco do mundo, o vocalista da melhor banda do planeta Terra, cujo guitarrista é o melhor do século. Sério... muuuuuuuito over. Todo capítulo tinha no mínimo algum trecho carregado disto.
E confesso não ter sentido todo este mundo over na narrativa, a não ser por estas descrições carregadas de superlativos que me irritaram.
Os personagens não precisam ser over mega Power no que fazem para nós conquistar e os achar fodas. E este excesso não ajudou em nada nesta tentativa de deixa-los melhores.
A narrativa em alguns trechos foi bem arrastada, com pontos que achei totalmente desnecessários ao momento, como de um olhar perdido da Aimee durante uma conversa, ter a descrição da sala da casa dela. Kkk Sem falar de outros momentos, que pareciam estar lá mais para encher linguiça.
Me enrolei um pouco também na quantidade de personagens secundários, quem era quem, esposo, filho, mulher, tio não sei das quantas hehe
Mas no geral, foi um livro bom de ler, carregado de emoção, comovente aonde ele precisava ser, mesmo com todo o superlativo o envolvendo.