Clara 29/02/2024
Quando estamos na beira do precipício, queremos apenas que tudo acabe.
Experiências ruins nos levam a ser reticentes quanto ao novo. Será que vai acontecer de novo? Será que todos são da mesma forma? Será que irei sofrer? Será? Será? Será? Tantos questionamentos, mas todos, infelizmente negativos. A nossa tendência é pensar sempre o pior das coisas, ainda mais quando sofremos e muitas vezes generalizamos pessoas e situações nivelando todos por baixo, por medo de sofrer de novo.
Ashley Moore conhece a perda intimamente. Em um acidente de carro acabou perdendo seu pai e isso a marcou de uma forma muito intensa. Devido ao ocorrido resolveu se mudar para Nova Iorque e tentar um recomeço, mas no fim não foi nada bom. Conheceu Petter e se viu em um relacionamento abusivo. Tentando criar subterfúgios para justificar a falha de caráter dele, ela colocou na cabeça que o problema era ele ser jogador de hóquei e não quis mais se relacionar com atletas.
Quando retornou a Boston acabou tendo todos os seus medos e incertezas jogadas em sua cara e esse turbilhão de emoções a fizeram reconhecer seus erros de julgamento.
Connor Harrington é o capitão do time de hóquei. Quem vê o pegador nato, não imagina o quão sensível e de boa índole ele é. Batalhou desde cedo por seus sonhos, mesmo não tendo o apoio de seu pai.
A química entre Ash e ele foi imediata, mas ela estava muito ferida para dar o devido valor. Sua sorte é que ele é determinado e foi quebrando todos os muros até chegar em seu coração.
Vemos uma história de amor bem divertida e muito emocional. Não só no quesito casal, pois eles de pouquinho e pouquinho foram se permitindo entender o que sentiam e a valorizar aquilo sem medo. Mas também na vida como um todo. Muitas situações acontecem e nos desestabilizam e isso pode ser tanto um impulsor como uma trava. O que fazemos desses impecilhos é o que nos transforma e nos faz fortes. Ash sofreu, mas também conheceu o que de fato é amar e ser amada.