Fogo Morto

Fogo Morto José Lins do Rego
José Lins do Rego




Resenhas - Fogo Morto


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Simone Bruxelas 22/03/2022

Adorei TANTO este livro que quero ler outros do José Lins do Rego. Personagens tão reais que consegui senti a presença deles ao meu lado. Quando li Memórias de Brás Cubas de Machado de Assis e O cortiço de Aluísio de Azevedo, fiquei tão maravilhada que imaginei que não iria encontrar outros clássicos brasileiros que despertasse o mesmo sentimento, mas me enganei. Vidas Secas e Fogo Morto elevaram meu prazer em um outro nível. Não consigo falar sobre a obra, o envolvimento emocional que tive só me permite dizer que a leitura foi MARAVILHOSA
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Monique.Dias 30/10/2022

Excelente qualidade literária, mas muito denso
Este livro foi uma leitura obrigatória da minha faculdade. Reconheço a qualidade literária do texto, mas, infelizmente, não tenho a maturidade necessária para achá-lo incrível. Demorei muito para ler tudo. Espero que daqui alguns anos, eu possa ler e me encantar pelo livro.
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Valdir Vidal 01/08/2014

Fogo Morto - O Apagar das Luzes.
O romance regionalista Fogo Morto, do autor paraibano José Lins do Rego, destrincha o nordeste brasileiro durante os anos áureos dos engenhos de cana de açúcar. O período correspondente vai da construção do Engenho Santa Fé, pelo Capitão Tomás Cabral, ainda nos tempos do império, até a sua decadência, no apogeu dos temidos cangaceiros. Com esse intuito, o autor lança mão de três personagens: Mestre José Amaro, Coronel Lula de Holanda e Vitorino Carneiro da Cunha. Totalmente diferentes entre si, encontram-se na antipatia e na zombaria por parte do povo local. Em suas jornadas conheceram o auge do açúcar no nordeste brasileiro, viram sua decadência e para tanto pintam o quadro mais comumente mostrado daquela região no resto do país. Ainda assim, Fogo Morto passa longe da amargura vista em alguns retratos da região, a secura da terra, a fortaleza muda das mulheres e a fragilidade do homem são relatados com pinceladas poéticas e salpicadas de um bom humor saborosíssimo.

O mestre José Amaro é um famoso seleiro do Pilar, na Paraiba. Desde que nascera, vivia em uma porção de terra do Engenho Santa Fé, cedida pelo senhor de engenho Lula de Holanda. Na ocasião, seu pai fugira de uma comunidade conhecida como Goiana, após matar um homem para defender a honra da filha e recebeu as terras a pedido de um parente, que também era amigo do Coronel. A história se passa quando mestre Amaro e Seu Lula já são velhos e entram em conflito graças a uma desavença política. A casa do mestre serviu de cenário para a primeira parte do romance, uma vez que por ela passaram todos as personagens importantes da história, incluindo os três anti heróis da trama: Zé Amaro, Seu Lula e Vitorino Papa Rabo. O mestre, conhecido por todos como temperamental, orgulhava-se de suas poucas riquezas: sua família e sua vida de homem simples, sem floreios e luxos desnecessários. Apesar disso, vivia as turras com a esposa, Dona Sinhá, e era vítima do ódio de sua filha Marta, uma solteirona de trinta anos de idade. Para fugir das frustrações, costumava caminhar durante a noite, quando, aparentemente, podia estravasá-las sem ser incomodado. Essas incursões noturnas e as crenças peculiares da comunidade em pouco tempo lhe trariam a alcunha de lobisomem.

O Coronel Lula de Holanda herdou o Engenho Santa Fé após a morte do seu fundador, o Capitão Tomás. Lula casara-se com Amélia, a filha mais querida do capitão, entretanto logo demonstrou sua incapacidade para tocar o engenho e seus negócios. Após assumir o Santa Fé, Lula mudou a cultura do engenho, outrora zeloso com sua escravatura, para truculento e intolerante, a ponto dele receber a fama de um dos mais violentos da região, e dessa forma arruinou o legado do velho Tomás. Essa intolerância aliada a sua religiosidade exacerbada condenaram sua família ao deboche do povo e a inúmeras dificuldades financeiras. Dona Amélia se viu obrigada a agir as escondidas para manter o engenho de pé e tomou as redeas da situação. Paralelamente a isso tentava em vão contornar a infelicidade de Dona Mariquinha, filha do casal proibida de se casar com os pobretões locais.

O Capitão Vitorino era tido como louco por muitos. Vivia de engenho em engenho montado numa égua esquálida, quase moribunda, uma referência clara ao cavaleiro da triste figura. Era casado com Dona Adriana e pai de Luís, jovem que vivia no Rio de Janeiro à estudos. Em sua loucura despertou a fúria dos senhores de engenho locais quando decidiu apoiar o desafeto político dos mesmos.

Em Fogo Morto, a terra é personagem principal e serve de mote para o estilo do escritor paraibano, sempre ácido, seco, direto e sem floreios linguísticos. Sua secura transparece em linguagem coloquial, sempre resumida em diálogos sucintos de frases curtas. Em uma caminhada de um engenho à outro, sente-se a aridez do solo nos pés, o mau cheiro da carne em decomposição dos animais entranha as narinas, o sol reinante tortura a pele.

As mulheres também são fundamentais para a trama. Mais destacadamente apresentadas estão Dona Sinhá, Dona Adriana e Dona Amélia. Todas elas serenamente resignadas diante dos temperamento e destino incerto dos maridos. Distanciadas das decisões relevantes à comunidade pela conveniência social perambulam de casa em casa, apostam na serenidade e na sensatez para mudar a sorte dos seus lares, onde ao menos tem alguma voz ativa.

O romance, tido como o auge da prosa de José Lins do Rego, traça, paralelamente, a discussão sócio, político e econômica dos engenhos de cana de açúcar, o mapa das fragilidades humanas, sejam elas vindas de ricos ou pobres. Boa parte delas surge da convivência no ambiente hostil, muitas vezes dilacerante, do sertão nordestino, no seu calor escaldante e nas constantes disputas armadas por porções de terra, e ainda, em menor medida, de falhas de caráter inerentes a condição humana, mais notadamente no desprezo pela pobreza e no ranço racista, ainda fresco na memória das pessoas. O frescor tanto para a trama quanto para a condição miserável do povo nasce das incursões heróicas do cangaceiro Antonio Silvino, famoso por roubar os ricos e dar aos pobres. Historicamente, sabemos que, assim como os senhores de engenho, o cangaço também sucumbiu a modernidade, durante a era Vargas. O nordeste ficou novamente sem seus heróis e muitos migraram para outras regiões. Agora o movimento é inverso, os chefes do tráfico de drogas do sudeste fogem para o nordeste e lá montam seus novos quartéis. O Fogo Morto ainda vive diante de nós.

site: www.donadelaide.wordpress.com
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SamuellVilarr 20/03/2022

Fogo Morto, José Lins do Rego Neto.
José Lins ao lado de Graciliano Ramos são, ao meu ver, os dois ideais escritores regionalistas de língua portuguesa e dos que compõe a nossa chamada literatura brasileira regionalista, com ressalva especial aqui neste texto a este grandioso escritor, José Lins do Rego Neto. Seu estilo é inconfundível, não se encontra sinais de prolixidade ferrenha nos seus escritos, aquela prolixidade exaustiva e desnecessária, em Zé Lins esta função se cumpre com primor, quando ela é exercida nas raras vezes que se pode identificar na sua narrativa. Neste volume em específico que conta com o prefácio de Otto Maria Carpeaux, o crítico ou melhor, o grande crítico denota algumas questões
necessárias acerca da obra e do escritor, aspectos tais que as vezes se confundem, pois, como descreve o próprio crítico, Zé Lins retratou perfeitamente o cenário de um povo, da mesma forma que fez parte dele, outros elogios especiais que concernem a obra deste escritor também são comentados por Carpeaux neste prefácio magistralmente escrito, onde se fala que Zé Lins é o ultimo dos contadores de histórias originais. No que se refere a obra Fogo Morto, ela é muito expansiva, uma corporificação da essência do que é o regional, intrigas, diálogos, personagens
memoráveis, passagens dotadas de referências a linguagem regional que retrata o povo de Zé Lins, da historicidade dos acontecimentos, dos negros, do sistema escravagista, as chamadas senzalas e
muito mais, tudo isto num permeio de histórias e desavenças primorosamente narradas, as questões singelas, das entrelinhas, e muito mais que forma ao final esta grande obra, digno do escritor que é
José Lins do Rego Neto. Recomendadíssimo a todos os leitores brasileiros ou não, dos quais são saudados em sua língua a oportunidade de experimentar algo como este.
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Thai Mafra 18/01/2011

O que dizer sobre esse livro... Digamos que talvez ele e eu tenhamos tido alguns "problemas de relacionamento"...
Esse foi um daqueles livros intragáveis que os professores te obrigam a ler na escola pra fazer uma prova. Mas nem a prova me fez conseguir terminar de ler o livro, que é deprimente. Na verdade, ninguém conseguiu terminar o livro, e ninguém soube responder a questão que perguntava sobre o final...
Eu sempre crio alguma afeição pelos meus livros, mesmo aqueles que eu detesto (A Cabana que o diga...), mas esse eu simplesmente vendi, sem nenhum remorso. E não me arrependo de ter feito isso.
O livro é muito ruim. Não recomendo a ninguém.
Márcia Naur 19/01/2011minha estante
Pense que não está madura para ler esta obra, o mais triste é ler por obrigadação. Agora comparar Fogo morto com a Cabana é demais. :(


Tadeu 24/01/2011minha estante
Gostaria de saber se você esava praparada para ler um livro maravilhoso. Acho que você tem mesmo é que ficar nas seções de literatura infanto-juvenil de jornais infantiloides.


Thai Mafra 24/01/2011minha estante
Desculpe, Tadeu, mas você vem na minha página me dizer que não tenho capacidade pra ler um livro como Fogo Morto? Se você não gosta de livros de fantasia, problema seu. Não tenho preconceitos contra os gostos literários de ninguém, e não admito que tenhoam contra os meus. Pior do que quem lê livros de fantasia é quem gosta de se gabar porque lê "clássicos". Agora me responda: será que VOCÊ tem capacidade de ler um livro como Fogo Morto? Ou Harry Potter já está difícil pra você?


Thai Mafra 24/01/2011minha estante
Ah, um breve comentário para a Márcia. Acho que você não entendeu muito bem o que eu quis dizer. Quando citei A Cabana, não o estava comparando com Fogo Morto. Apenas o citei como exemplo de um livro do qual não gostei (detestei, aliás), mas acabei me afeiçoando. Claro que tive alguns motivos para isso. Sobre ler por obrigação, foi a única vez que não consegui ler um livro adotado na escola.


Ninguem 29/08/2018minha estante
Moça, tenta ler ele agora. Os melhores livros brasileiros são estragados pela obrigatoriedade escolar.


Márcia Naur 29/08/2018minha estante
Ninguém disse tudo. Nem sempre o momento é adequado para a leitura. Têm livros que Lemos e odiamos, porque não estamos maduros o suficiente para entender. Ler por obrigacao é um crime contra nossa mente. Eu sou professora e Sei o quanto é triste ler por obrigação. Já discutimos muito sobre isto na escola, inclusive na escolha de livros para o vestibular. Me desculpe se te interpretei mal. ;-);-);-);-)


Paulo 02/12/2018minha estante
Livro é momento. As vezes lemos um grande livro em um péssimo momento. E o momento de Fogo Morto é a eternidade!




Luis Netto 19/07/2011

Fogo Morto
“Fogo Morto” é um melhores livros de José Lins do Rego, nascido na Paraíba, na cidade de Pilar no dia 3 de junho de 1901, foi ao lado de Graciliano Ramos e Jorge Amado os maiores romancistas regionalistas brasileiros da literatura mundial.

O livro tem seu enredo dividido em três partes, a primeira retrata a vida de José Amaro; a segunda do Engenho Santa Fé e a terceira do Capitão Vitorino.

A história do mestre José Amaro, um artesão que lida com couro, mora nas terras do engenho Santa Fé, pertencente ao coronel Lula de Holanda Chacon. José Amaro é um homem amargurado e sofrido que se colocas contra a prepotência dos senhores de engenho através de uma altivez que beira a arrogância. O desprezo que sente pelos “coronéis” leva-o a firmar-se como informante do bando de cangaceiros chefiado por Antonio Silvino. Assim, ele manifesta sua rejeição aos poderosos e à ordem constituída

José Amaro administra sua humilde casa no regime patriarcal da época, onde somente a palavra do homem tinha valor. Ele, com freqüência, maltrata sua esposa Sinhá, e, sobretudo sua filha, Marta. Ela já tinha 30 anos e continuava solteira. Esta solidão deixa a filha de José Amaro em estado de depressão, com crises nervosas. O livro conta uma passagem em que, José Amaro espanca violentamente sua filha em meio a uma dessas crises. A partir deste dia, Marta vive alienada do mundo, falando coisas sem pé e sem cabeça. Cada vez mais infeliz, o mestre seleiro caminha à noite pelas estradas próximas, ruminando as suas frustrações. O povo da região passa ver nele a encarnação de um lobisomem e o evita cada vez mais. O destino de José Amaro se decide apenas na terceira parte do livro.

Na segunda parte do livro, o autor narra à história do Engenho Santa Fé, do ao coronel Lula de Holanda Chacon, um representante da aristocracia decadente da época, que conseguira a posse da propriedade através do casamento com Amélia, filha do poderoso capitão Tomás Cabral de Melo. “Seu” Lula, como é conhecido, é prepotente e mesquinho e trata tão mal seus escravos que após a Abolição da Escravatura, eles abandonam O Engenho Santa Fé.

Lula, desinteressado das questões práticas, administra pessimamente o engenho, e em dado momento, o engenho já não consegue produzir açúcar levando-o a rapidamente a falência. A sobrevivência da família fica restrita à criação de galinhas e à produção de ovos, das quais se encarrega Amélia, sua esposa.

No entanto, mesmo falido, Lula de Holanda Chacon mantém a postura de grande senhor, traduzida no cabriolé (pequena carruagem de luxo) com que percorre as estradas, sem cumprimentar ninguém. Autoritário, impede que sua filha Neném namore um rapaz de origem humilde. Esta, condenada a permanecer solteira, fecha-se sobre si própria e torna-se alvo de riso e deboche da vizinhança. Enquanto isso, alienado dos problemas econômicos que causam a derrocada de seu mundo, Lula entrega-se às práticas místicas, sob influência de Floripes, um negro que era seu afilhado. Coube a mulher de Lula de Holanda, D. Amélia, a compreensão lúcida e triste do fim de tudo. O Engenho Santa Fé acabara-se

Neste livro, José Lins do Rego, conta também a historia do personagem Capitão Vitorino, um pequeno proprietário de terras que vive de maneira modesta. Oriundo de famílias tradicionais da região açucareira, as quais já pertenceu socialmente, que embora nas duas primeira partes do livro seja uma figura inexpressiva a ponto ser apelidado de Papa-Rabo pelos moleques da região.

Na terceira parte do romance Fogo Morto, o Capitão Vitorino passa para a condição de um homem idealista que o leva investir contra tudo aquilo que lhe parece injustiça, sem medir a força do inimigo, nem pesar as conseqüências de suas ações. Contesta o poder absoluto dos senhores de engenho, da polícia militar e até dos cangaceiros, e defende ideais éticos que parecem inviáveis na vida cotidiana da região.

Vitorino acredita que somente pelo voto, possa instaurar uma ordem institucional num meio em que a única lei é o arbítrio dos latifundiários. Sua forma de vida simples em contraste com os seus pensamentos não lhe retira a grandeza humana e literária. Ao contrário, fazem parte de sua personalidade multifacetada.

Somente falar dos personagens pode tornar o livro sem graça e na terceira e última parte do romance predomina a ação. O cangaceiro Antônio Silvino invade a cidade do Pilar, saqueia as casas e lojas. Invade o engenho Santa Fé, ameaça os moradores em busca do ouro escondido.


Na luta para defender o Engenho Santa Fé, Vitorino é agredido e só não é morto graças à intervenção de José Paulino, dono do Engenho Santa Rosa. Vitorino também é agredido pela polícia, que na ocasião o prende, bem como a José Amaro e seus companheiros.

Quando libertados, Vitorino e o mestre José Amaro seguem rumos diferentes. Capitão Vitorino pensa em entrar para a política e Mestre José Amaro, que fora abandonado pela mulher e ter internado sua filha num hospício, desiste da vida, suicidando-se. Lula continua no seu devaneio, na falsa ilusão do poder que já não existe mais. O Engenho Santa Fé já estava em “fogo morto”, expressão que era dada aos engenhos que paravam de produzir o açúcar, a partir da moagem da cana.



Um livro fabuloso.

Recomendo a todos.
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Andre Luna 18/03/2023

Orgulho.
Um livro que trata do orgulho do homem, sobretudo dos malefícios que esse sentimento pode trazer. Obs: Quem é do NE se identificará com várias expressões e a sabedoria popular que até hoje faz parte da gente.
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Jose Guimaraes 15/05/2014

História sobre personagens decadentes do Nordeste Brasileiro
O livro Fogo Morto, escrito por José Lins do Rego, conta histórias de personagens do Nordeste Brasileiro. Cada um com sua mania, crendice e modo de viver, muitas vezes conflitante.

O livro é uma obra-prima de José Lins do Rego e apresenta aos nossos olhos como aconteceu o declínio da vida nos engenhos de cana-de-açúcar.

O romance surgiu no período do modernismo, concentrando-se na frase regionalista.

Os personagens mais importantes do livro são:

Mestre José Amaro - na figura de um trabalhador brando e, portanto livre, do Nordeste Brasileiro. A condição de ser branco num lugar de cor diferente faz com que ele seja orgulhoso de sua raça.

Coronel Lula de Holanda - ele aparece no romance como representante da aristocracia falida dos engenhos. Apesar de ter orgulho por ser senhor feudal, apresenta-se na história como um homem que tem perda de poder econômico.

Vitorino Carneiro da Cunha - esse personagem representa o opositor. É homem corajoso, sempre apto a aceitar todas as lutas que aparecem. Enfim, trata-se de um idealista lutando sempre em defesa dos mais fracos.
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Aline 24/06/2015

Um ótimo livro
Fogo Morto de José Lins do Rego, é um romance modernista que retrata de forma verdadeira e original o processo de decadência dos engenhos de cana de açúcar e suas consequências. O livro é divido em três capítulos, cada um com enfoque maior em um personagem, porém, mantendo sempre a relação entre os três.
Durante todo o livro o autor deixa implícito o impacto que a decadência dos engenhos teve sobre a sociedade local. Fogo morto se desenrola no Engenho Santa Fé, propriedade de Seu Lula, senhor de engenho autoritário e introvertido, em suas terras vive o Mestre José Amaro um seleiro orgulhoso e machista, em paralelo a estes dois personagens existe o Capitão Vitorino, espécie de Quixote nordestino que sonha com a justiça, busca defender os oprimidos e da um toque humorístico a obra com seu jeito destemido e sonhador.
A tristeza, insatisfação e o pessimismo são retratadas durante todo o livro. Fogo morto é uma obra de cunho sociológico muito bem escrita que vai muito além de contar uma simples história, e que consegue retratar de uma forma forte, realista e clara a vida de pessoas marcadas pela transição entre mão de obra e tecnologia.
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Maitê 17/11/2015

Obra prima
O livro é dividido em três partes, narrando a vida de três personagens que se entrelaçam constantemente, José, Lula e Vitorino, que representam essa época e essa terra. É uma obra prima difícil de explicar mas que prende o leitor a cada página.
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Yuririn 28/07/2022minha estante
Siim, a cena final que traz o título do livro é beem legal, teve impacto ?




Júlio 30/07/2018

Um herói nacional


Livro magistral de José Lins Rego que nos apresenta um dos personagens mais incríveis da literatura brasileira, o Capitão Vitorino Carneiro da Cunha, com um ar meio quixotesco, esse herói nacional traz características raras no imaginário brasileiro, a coragem e a bravura. Tanto é assim que o personagem é visto como um louco e retratado pelo próprio autor como um personagem cômico. Seu caráter e valor se sobressai ante a personagens covardes e reféns da situação. Excelente livro.


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