O Continente

O Continente Erico Verissimo




Resenhas - O Tempo e o Vento: O Continente - Vol. 2


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Gabriel Brandenburg 17/08/2020

Uma viagem!
É isso que eu sei dizer sobre esse Livro. Viajamos pelo início do que chamamos Rio Grande do Sul. Vemos muitas coisas que aconteceram nessa terra, boas e ruins. Entre as guerras, descobrimos os motivos, a vida no meio dos acontecimentos que estão nos livros de história.
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Ebenézer 25/07/2020

Foram quase três mil páginas caminhando, cavalgando, guerreando, amando, sofrendo e, por que não, morrendo com as aventuras das famílias Terra e Cambará.
(Tentarei rascunhar apenas uma página em uma pobre homenagem a Érico Veríssimo.)
Guerra e Paz de Tólstoi é uma excelente narrativa e disso poucos duvidam.
O Tempo e o Vento de Veríssimo também é uma aventura ainda mais longa, e tão excelente quanto à de Tólstoi, só que melhor....
Leitor dessas duas longas narrativas, a russa e a brasileira, me sinto à vontade para gostar de ambas e até mesmo preferir a nacional.
Dito assim de forma apressada, 'O Tempo e o Vento' pode parecer algo simples. Mas não é...
O Tempo e o Vento tece um feixe narrativo em sete volumes formando um todo único e indivisível:
- O Continente I, 415 páginas
- O Continente II, 495 páginas
- O Retrato I, 413 páginas
- O Retrato II, 368 páginas
- O Arquipélago I, 384 páginas
- O Arquipélago II, 376 páginas
- O Arquipélago III, 488 páginas
Um universo de muita ação, muita história política, muita filosofia, muita reflexão e muita vivência humana em sua mais dura e crua realidade.
Veríssimo tem um jeito bastante peculiar de narrar a saga das famílias Terra e Cambará na formação do povo gaúcho riograndense com reflexos importantes que se espraiam no contexto nacional.
A narrativa de Veríssimo não é uma trajetória linear e progressiva na qual o leitor possa se sentir seguro na sucessão dos fatos, como se isso fosse natural esperar. Veríssimo transgride essa expectativa.
Fica evidente na obra que o autor prioriza o foco narrativo num movimento bastante dinâmico que se assemelha às ondas do mar, ou como o vento, já que o tempo parece um vetor inamovível.
Como as ondas e o vento são indomáveis, a narrativa, num vai-e-vem constante, vai influenciando a percepção do leitor fazendo-o experienciar a vitalidade das personagens em episódios atemporais.
Nenhum leitor fica incólume às asperezas do tempo, tampouco do vento, que sopram em cada personagem, e cujas agruras saltam das páginas de Veríssimo para fazer parte das nossas próprias experiências.
Como negar que das peripécias na política pouco evoluímos? Como negligenciar os ainda modestos avanços do espaço feminino? Seria irrelevante constatar que o patriarcado ainda encontra fortes vínculos na cultura nacional? Ou não reconhecemos ainda em versão sofisticada as chinocas, as Laurindas e os Bentos? Quem não conhece ou vivenciou grandes paixões frustradas?
O Tempo e o Vento proporciona ao leitor infindáveis momentos de pura reflexão sobre a vida em sua plenitude que abrange aspectos da nossa intimidade que preferimos deixar às sombras em sua quietude, mas que estão lá, aguardando que as enfrentemos com coragem e serenidade.
Como o passar de uma grande lanterna o autor vai iluminando subterrâneos das personagens que são também os nossos como leitor.
Como esquecer personagens fortes como Rodrigo e Toríbio Cambará, Floriano, Jango, Roque Bandeira, Maria Valéria, Silvia e Flora?
Para sempre os teremos conosco porque sobre eles nem O Tempo nem o Vento apagarão do nosso imaginário.
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Djulia Azevedo 23/07/2020

Ainda melhor do que o vol.1!
Estou cada vez mais encantada com a genialidade de Érico Veríssimo. A forma como ele consegue retratar a cultura gauchesca ao mesmo tempo que traz fatos históricos e desenvolve um romance é esplendorosa!
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Isabel.Dornelles 27/05/2020

Lindo
Para quem gosta de romances históricos, não tem como não se apaixonar por mais esse volume da história das famílias Terra e Cambará! Paisagens e personagens muito bem construídos. Um mergulho na história do RS. ?
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Barbara Hellen 26/04/2020

@cactosliterarios
Tem livros que viram paixões: não queremos que acabe, esticamos ao máximo, saboreando cada palavra. Após o primeiro livro, sabia que "O tempo e o vento" não seria uma obra qualquer. E sim, já é uma das preferidas!

Nesse volume 2 de O Continente, Verissimo nos apresenta Carl Winter, médico que observa tudo que acontece em Santa Fé. Ele é nossos olhos na história e é a partir da sua visão que acompanhamos o que acontece com nossos queridos personagens. Destaque para Bibiana, que nesse volume nos mostra a força dos Terra em suas veias. Aqui ainda se destaca a simplicidade dos personagens que nos causa muita empatia e carinho. É tão bom ler sobre a vida nem tão pacada daqueles que poderiam ser a raiz da nossa história. Indico MUITO.

site: www.instagram.com/cactosliterarios
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07/04/2020

É tudo que isso que falam MESMO!
Finalizando o tomo 2 do Continente, chego à conclusão que não há como discordar dos leitores que lhe atribuem elogios honrosos. De fato, estamos diante de uma obra ÍMPAR com personagens que deixam um gostinho de saudade! O tomo 2 me agradou ainda mais que o 1, talvez por já estar ambientada à linguagem, aos personagens e à dinâmica do livro! Indico de olhos fechados. Um dos melhores da vida com certeza ?
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Anienne 05/09/2019

O Continente 2
Primeira parte da saga O tempo e o Vento consiste nos dois livros: O Continente 1 e 2.

A escrita de Érico Veríssimo é singular, poética e, extremamente, elegante.

Confesso que resisti para escrever uma resenha sobre esses livros, pois para mim se tornou muito difícil, já que esses ocuparam a posição dos meus livros da vida.

Olhem que já lí muito, muito, muito, muito... Leio desde os cinco anos de idade e nunca gostei tanto de um livro, como gostei desses.

É a saga de uma família, com várias gerações que se intercala com a história real do Rio Grande do Sul, do Brasil, trazendo questões sociais importantes, como o racismo e o machismo, questões entranhadas, fortemente, no povo brasileiro.

Qualquer coisa que eu escreva será insuficiente para traduzir o que senti com essa leitura. História de vida real, com partes chocantes, que nos deixam, literalmente, destruídas(os).

Para completar, essa leitura foi feita de forma conjunta, com um grupo liderado pela Nina que criou o Projeto Mindlin. O que era bom, tornou-se ainda melhor, com os vários pontos de vista que se intercalavam tornando a leitura mais rica e proveitosa.

Melhor personagem: Ana Terra! Que mulher!!!!!
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Carlos Nunes 29/07/2019

O CONTINENTE II
O TEMPO E O VENTO é normalmente confundido com a primeira parte de O CONTINENTE, normalmente tido como uma narrativa mais atraente, mais aventureira. Mas essa segunda parte não deixa absolutamente nada a desejar, em comparação com a primeira. Continuamos acompanhando as primeiras gerações da família Terra Cambará, com a história se intercalando com o cerco ao sobrado da família. Acompanhamos a trajetória do Bolívar Cambará e seu casamento desastroso com a estranha Luzia, as desventuras de Florêncio Terra, a mão de ferro de Bibiana controlando tudo, o crescimento e desenvolvimento de Licurgo, seu neto, até se tornar senhor do casarão e chefe da família. Paralelamente a tudo isso, o crescimento de Santa Fé até se tornar cidade, as batalhas e guerras pelas quais passou a população do Sul e fatos importantes da nossa História, como a Guerra do Paraguai, a Abolição da Escravatura e a Proclamação da República. E, coroando tudo, um final sensacional e belíssimo para essa primeira parte da saga.

site: https://youtu.be/6uk2Phf4WI4
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Craotchky 21/06/2019

Bastidores: essencialmente Erico por ele mesmo
"Minha saga do Rio Grande devia abranger duzentos anos, de 1745 a 1945. A princípio imaginei que poderia comprimir toda a história duma cidade e duma família num único volume de cerca de 800 páginas, que me ocuparia uns três anos de trabalho. Mal sabia eu que a obra acabaria por transformar-se numa trilogia num total de mais de 2 200 páginas e que eu levaria mais de quinze anos para terminá-la."

Pega teu chimarrão e te aprochega, vivente!, que hoje tenho esta baita resenha tri massa pra ti!, bem capaz que você vai querer perder. Bah, e pior que deu trabalho, tchê!, mas espero que lhe caiam os butiá do bolso que aí já fico faceiro! Que barbaridade!

Deixando de lado o dialeto gaúcho, minha resenha consistirá sobretudo de trechos do próprio Erico falando um pouco sobre O Continente. Meu objetivo é trazer os"bastidores" da obra. Os trechos do próprio Erico além de estarem entre aspas também aparecem em itálico para aqueles que estiverem lendo pelo site e na página de resenhas. Eis, pois 👇🏽:

BASTIDORES
Em seu livro de memórias, intitulado Solo de Clarineta (1973), Erico revela bastidores acerca do processo de criação de muitos de seus livros e personagens, inclusive de O tempo e o Vento. Erico, por exemplo, sobre O Continente, admite que não tinha apreço pela vida do campo: "Apesar de ser descendente de campeiros, sempre detestei a vida rural, nunca passei mais de cinco dias numa estância, não sabia e não sei ainda andar a cavalo, desconhecia e ainda desconheço o jargão gauchesco."

Erico escreve também sobre como alguns conhecidos e parentes mais gaudérios abriram seus olhos para as riquezas da cultura e hábitos tradicionais do estado: "Durante os três anos em que vivi na casa de meu avô materno, observando-o no ato de viver, de ser, mal sabia eu que estava fazendo com ele meu 'aprendizado gaúcho'[...] Assim o velho Aníbal [avô materno] foi, sem querer nem saber, uma espécie de intérprete, de ponte entre este seu neto citadino e a terra e gente do Rio Grande."
"Idiota! Como era que eu não tinha visto antes toda essa riqueza?[...]Era o meu povo. Era meu sangue. Eram minhas vivências, diretas ou indiretas, que por tanto tempo eu renegara."

Ao mesmo tempo, Erico percebe que, até então, suas obras pouco tinham abordado a essência gaúcha: "Procurando analisar com imparcialidade os meus romances anteriores, eu percebia o quão pouco, na sua essência e na sua existência, eles tinham a ver com o RIo Grande do Sul."

Erico, neste livro de memórias, indica também sua insatisfação com a maneira pela qual os livros didáticos apresentavam a história de seu (e meu) estado: "Nossos livros escolares - feios, mal impressos em papel amarelado e áspero - nunca nos fizeram amar ou admirar o Rio Grande e sua gente. Redigidos em estilo pobre e incolor de relatório municipal, eles nos apresentavam a História do nosso Estado como uma sucessão aborrecível de nomes de heróis e batalhas entre tropas brasileiras e castelhanas."

Tudo leva a crer que isso fez nascer em Erico o desejo de contar a história de seu estado e povo de uma forma mais palatável: "E quanto mais examinava a nossa História, mais convencido ficava da necessidade de desmistificá-la"

Seguiram-se então as observações necessárias ao romancista: "Cabia, pois, ao romancista descobrir como eram 'por dentro' os homens da campanha do Rio Grande. Era com aquela humanidade batida pela intempérie, suada, sofrida, embarrada, terra-a-terra, que eu tinha de lidar quando escrevesse o romance do antigo Continente."

CURIOSIDADES
Sobre o sobrenome Cambará: "O sobrenome Cambará foi escolhido conscientemente: além de ser sonoro, designa uma árvore de duro lenho. Se bem me lembro, uma das estâncias perdidas de meu avô paterno chamava-se Cambará."

Sobre o Sobrado: "Outra personagem importante de O tempo e o Vento é o Sobrado, que sinto como um ser vivo, pensante. É, evidentemente, um símbolo uterino, materno, abrigo, fortaleza, aconchego, tradição [...]"

Sobre as mulheres do livro: "[...] declaro em voz alta que tenho um fraco pelas mulheres de O tempo e o Vento, como Ana Terra, Bibiana e Maria Valéria."

📌 Obs: todas as citações foram extraídas do livro Solo de clarineta I, capítulo V, seções 21, 22, 24, 25.

(Adendo: Após vencer certa relutância resolvi assistir ao filme de 2013, impulsionado por saber que parte dele foi gravado aqui, na minha cidade, aproximadamente 6,5km da minha casa. Devo admitir que fiquei encantado, sobretudo pelas muitíssimas passagens em que os(as) personagens reproduzem as falas tais como escritas no livro. Arrepiei-me em vários destes momentos. Muito bem gravado, fotografia excelente, boas atuações de forma geral e magnífica atuação daquela que considero a melhor atriz brasileira: Fernanda Montenegro. O filme vale muito a pena.)
Natália Tomazeli 21/06/2019minha estante
Mas bem capaz que vai ter uma resenha desse livro melhor que essa! Parabéns!


Craotchky 21/06/2019minha estante
Muito obrigado, Natália!


Michela Wakami 15/03/2024minha estante
Parabéns pela resenha, Filipe.
Amei saber esses bastidores.
Obrigada pelas ricas informações.


Craotchky 16/03/2024minha estante
Obrigado pela leitura, Mika.


Michela Wakami 16/03/2024minha estante
Por nada, querido!




Thiago Barbosa Santos 20/02/2019

Tomo 2
O segundo volume de O Continente nos mostra como a família Terra Cambará se tornou uma das mais poderosas de Santa Fé. Após a morte do capitão Rodrigo, a família de Bibiana passou por grandes dificuldades financeiras. Na vila, que tempos depois se tornou uma cidade, apareceu um pernambucano chamado Aguinaldo Silva. Ardiloso nos negócios, em pouco tempo fez riqueza naquele lugar, acumulou terras, inclusive, tomando posse das propriedades do Sr. Pedro Terra, que tomou empréstimo do "forasteiros" e deu como garantia tudo o que tinha. Sem conseguir pagar, perdeu tudo. Morreu tempos depois de desgosto.

Aguinaldo Silva foi traído pela mulher e a matou. Foi para Santa Fé, enriqueceu e construiu um casarão nas terras onde viviam os Terras. A residência era tão portentosa quanto a dos Amarais. O pernambucano vivia uma vida solitária, até que adotou uma menina e a tratava como neta. Luzia tinha personalidade forte, hábitos excêntricos. Acabou se relacionando com Bolívar, filho de Bibiana. A velha detestava a garota e Aguinaldo Silva, mas viu, de forma prática, no matrimônio, um jeito de ir morar no casarão. Afinal, se Bolívar é marido de Luzia, tem direitos sobre a propriedade e os bens, que um dia foram do seu avô. Ela retomaria o que era de direito da família.

O velho morreu, o casal ficou vivendo no casarão com Bibiana. O casamento era bem turbulento, e a velha tinha uma relação tempestuosa com a nora, que era meio maluca. Eles tiveram um filho, Licúrgo Cambará. Em constante conflito com os Amarais, assim como foi com o pai dele, Bolívar acabou sendo assassinado. Ficaram Bibiana, Luzia e Licúrgo vivendo juntos, até que uma doença grave levou a neta de Aguinaldo Silva. Pronto, estava concretizado o plano de Bibiana, o casarão era só dela e do neto.

Lucúrgo se casou com a própria prima, Alice, filha de Florêncio. Assim como no volume 1, o livro intercala os capítulos entre a história corrente e os capítulos do Sobrado, em que já vemos Licúrgo um homem feito com a família, cercado em casa durante a Revolução Federalista. Ele resiste bravamente e não sai de casa, enquanto praticamente a cidade inteira já havia se entregado. Mas os inimigos acabam deixando Santa Fé e a família Terra-Cambará, enfim, pode sair e casa e se ver livre daquele opressão. Muita gente morreu nesse conflito.
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Felipe.Leonin 05/03/2018

Genial
Ele consegue criar personagens incríveis em um livro com doses de fatos históricos e culturais sobre o Brasil,regado à mais bela filosofia. Uma obra genial, gostei ainda mais da segunda parte do que da primeira.
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Tereza 27/09/2017

O Tempo e o Vento
Uma história bem contada que nos apaixona a cada página.
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Fábio Valeta 04/07/2017

Segunda parte da “trilogia em sete livros” que conta a História do Rio Grande do Sul, finalizando a primeira parte da trilogia, “O Continente”.

Esse segundo livro consegue ser superior ao primeiro, que já era excelente. Se o primeiro volume se passava em um longe período de tempo, começando nas missões jesuítas e terminando na Revolução Farroupilha, agora nós temos um período mais delimitado de “apenas” 40 anos. Mas essa mudança já apresenta diferenças significativas. No volume 01, cada grupo de personagens no geral é mostrado em apenas um capítulo, enquanto o volume 02, tem a presença de personagens como Bibiana e o Dr. Winters durante toda a obra.

É o grande diferencial entre os dois volumes. Se no primeiro, personagens como Ana Terra e Rodrigo Cambará aparecem apenas em momentos específicos, a figura da matriarca da família Terra Cambará e do médico alemão são constantes, o que ocasiona em um mais elaborado desenvolvimento dos personagens. A própria Bibiana, que no primeiro volume tinha uma personalidade apagada, nesse aparece como uma mulher madura e prática, enquanto o podemos ver o “abrasileiramento” do médico alemão, cada vez mais certo de que jamais deixará aquela terra.
Uma história e personagens tão cheio de nuances e muito bem trabalhado. E no final do volume, assim como ocorreu no primeiro, uma linha do tempo com a história do Rio Grande do Sul, outra com os eventos mostrados nos dois volumes e uma terceira sobre os antepassados do autor.

Os volumes que compõem “O Retrato”, segunda parte da trilogia, serão lidos em breve.
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