O Retrato

O Retrato Erico Verissimo




Resenhas - O Tempo e o Vento: O Retrato - Vol. 1


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Darlane 06/03/2023

Infelizmente não consegui engolir esse Doutor Rodrigo
Bom, a história aqui começa muitos anos depois do final da primeira parte, com o Rodrigo (filho de Licurgo) já velho na época da queda do governo de Vargas. Nessa parte já não gostei muito da história porque eram muitos personagens novos sendo jogados de um lado pro outro contando histórias desconexas sobre o Rodrigo, mas segui.
Logo em seguida vamos pra história do Rodrigo contada por ele mesmo. Começamos vendo ele chegar em Santa Fé com seu diploma de medicina depois de estudar em Porto Alegre e, a partir daí, sua saga é desenvolvida.
O ritmo do livro não me agradou, tudo que vemos é o Rodrigo fazendo uma coisa aqui e outra ali pela cidade. Sempre mostrando para nós leitores como é uma pessoa narcisista e egocêntrica, de forma alguma gostável. Para mim o maior problema desse livro foi o fato de que tudo foi contado apenas pelo Rodrigo, ele é o único narrador e o foco da história. Me acostumei com os pontos de vista alternados da primeira parte que davam vida pra vários personagens e tornava tudo mais interessante. Nesse livro é como se o único personagem com vida fosse o Rodrigo (e talvez o Toríbio). O tenente Rubim só existia pra falar de seus ideais de super homem, o coronel Jairo so existia pra pregar o positivismo, o Neco, Saturnino e Chiru pareciam a mesma pessoa...
Resumindo: só o Rodrigo tem personalidade e ele é uma pessoa péssima, só mais um homem Cambará.
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emiliapsouza 09/01/2023

Ideias e ideais...
?Tudo é relativo na vida. Nós todos temos muito de anjo e muito de demônio dentro de nós.?

Após acompanhar os pilares e a fundação da antológica família Terra Cambará em "O Continente", vemos o desenrolar das ações de mais uma geração, representada aqui pela figura do Dr. Rodrigo Cambará, bisneto do memorável Cap. Rodrigo. O Rodrigo bisneto, possui diversas semelhanças com seu homônimo, desde atitudes puramente passionais, até uma impulsividade imensa. Em seu retorno a Santa Fé, ele tem pretensões revolucionárias que chocam bastante a população.

São através de suas atitudes revolucionárias, que Veríssimo delineia essa segunda parte de sua saga. Esse tomo possui um viés mais político e ilustra de forma brilhante como tudo funcionava naquele tempo. Além de nos presentear com verdadeiras aulas de história, também somos presenteados com personagens incríveis!

Adorei essa leitura e já estou ansiosa para os próximos!
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Andréia 05/11/2022

Ótima Sequência
O primeiro livro da segunda parte da Saga O Tempo e o Vento, O Retrato, continua com a história da família Terra Cambará, agora focada na vida de Rodrigo Cambará, que é muito diferente dos demais integrantes da família, o primeiro homem da família que não é ligado à terra e sim, um doutor formado. A história é mágica como a primeira parte da Saga, pois Rodrigo, mesmo não tendo a ligação com a terra como os demais homens da família, é, como eles um revolucionário.
Gostei muito da primeira parte da história do O Retrato, existem personagens icônicos, como Maria Valéria, Dom Pepe e o próprio Rodrigo. Vale a pena cada página.
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Agostinho 05/09/2022

Erico Verissimo - O Retrato Parte I
Mais um da continuação do tempo e o vento. Já se percebe como o autor vai abordando os fatos históricos bem como todo o drama da família Terra Cambará com uma ênfase maior nos pormenores, como uma espécie de avião, como o próprio autor afirma. Começa com altura muito grande do solo, abordando acontecimentos longínquos da história do Rio Grande do Sul, e vai, aos poucos e a cada volume, se aproximando casa vez mais dos acontecimentos presentes e, com isso, deixando-se demorar mais na vida da cidade de Santa Fé.

Nessa primeira parte de O Retrato a contradição humana de Licurgo, se faz ainda mais presente em seu filho Rodrigo, que vindo da universidade de Porto Alegre busca e tem sonho de modernizar sua cidade natal. O passado em contraste com as promessas do futuro estão presentes nesse regresso de Rodrigo, ele representa as novas ideias que estão florescendo no velho mundo, ideias de democracia justa, liberdade e ciência. Porém, sendo herdeiro de uma família abastada da cidade, e sem perceber a contradição da condição de sua família estar na posição que está, ainda representa o velho caudilhismo e as suas arbitrariedades.
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LetFelden 01/09/2022

Maravilhoso, retrata a república velha, os votos de cabresto, tudo. As farpas entre os jornais são boas dms kkkk
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André Vedder 26/07/2022

Rodrigo Terra Cambará
Temos aqui mais uma demonstração do quanto Erico é um exímio contador de histórias.
Se em "O Continente" o autor aborda toda uma história do Rio Grande através das várias gerações das famílias Terra e Cambará, aqui o foco concentra-se apenas em um personagem e num único período curto de meses.
Rodrigo Terra Cambará é centro das atenções. Médico recém formado em Porto Alegre, que retorna à Santa Fé depois de quatro anos dedicados aos estudos e a boemia. Traz consigo um desejo de mudança política e altruísmo em relação a sua cidade natal, mas esbarra na cultura e preconceitos já enraizados em seu povo e também nele próprio, tornando-o assim um personagem que beira a duplicidade, principalmente por sua extrema vaidade. Acompanhamos suas ideias, elucubrações, defeitos, qualidades e atitudes. E ao final cabe ao leitor formar conclusões sobre Rodrigo T.C. E a minha é que Erico mais uma vez nos brinda com um ótimo personagem.

"É sempre assim...A mesma casa, a mesma escada, o mesmo homem. Mas só porque esse homem ficou mais velho, conheceu outras terras e outras gentes, leu mais livros, a casa e a escada mudaram. E as pessoas da casa também mudaram."

"Ele positivamente não acreditava naquelas maledicências. Mas calúnia é calúnia, sempre deixa sua marca."
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Carla Verçoza 23/07/2022

Impressionante a capacidade do autor em criar histórias e personagens marcantes.
O retrato continua a saga familiar, agora com a história do Dr. Rodrigo Terra Cambará.
Diferente da primeira parte da saga, que possui diversos núcleos, tramas e personagens importantes e marcantes, em O Retrato vol. I acompanhamos um ano do Rodrigo, então com 24 anos. Os outros personagens são coadjuvantes, apesar de muito bem construídos.
Dr. Rodrigo, recém formado em medicina, retorna para Santa Fe, onde quer se estabelecer e trabalhar. Cheio de ideias e ideais, sempre esbarra na sua pouca disposição em resistir aos prazeres da vida (festas, mulheres, cultura, boa bebida e comida). Ao mesmo tempo em que deseja mudar o mundo com justiça social, ajudar aos pobres, tbm tem certo asco pela miséria e sujeira. Essa dualidade torna o personagem tão interessante.
Agora, ao segundo volume para ver onde essa história me leva...
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Maricita 15/06/2022

Uma narração bem diferente de O Conitnente. Ainda gostei muito do livro, mas fiquei meio triste por não ter amado essa primeira parte de O Retrato como eu amei (e até certo ponto, estive obcecada) O Continente.

As primeiras páginas são beeeeem arrastadas e eu demorei um tempão pra engatar de verdade na história. Depois chegamos às discussões políticas muito muito interessantes, mas como eu tinha muito pouco afeto por Rodrigo, o personagem principal, acabei enrolando mais um pouquinho com o final.
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Lurdes 17/05/2022

O Retrato I, de Érico Verissimo.

Finalizado o terceiro volume de O Tempo e o Vento. Agora só faltam quatro, e a gente nem sente.
Érico é um contador de estórias tão envolvente que nos deixamos levar, e ao terminar cada volume já queremos saber o que vai acontecer no próximo capítulo.

Após acompanharmos a fundação da cidade de Santa Fé, o encontro das famílias Terra e Cambará, as disputas políticas resolvidas a tiro ou na ponta da faca, entramos em um período mais calmo, moderno e civilizado.

Será?

Rodrigo Cambará, bisneto daqueeeele Rodrigo do primeiro livro, volta à cidade, em 1909, com 24 anos, após se formar em Medicina, em Porto Alegre.
Volta para ficar, cheio de sonhos e ideais.

Rodrigo não apenas se dedicou aos estudos de Medicina, mas apurou seu paladar para bebidas e comidas refinadas, desenvolveu o gosto pelas artes, boa música e literatura. Veste-se com esmero e gosta de tudo que é sofisticado e, em muitas ocasiões, usa de seu poder econômico para conseguir o que quer.

Entre seus planos está: ajudar Santa Fé a se modernizar, atender os pobres, ser visto como um cidadão de respeito, formar família e, se necessário dar pitacos na política local.
Tudo muito tranquilo se... ele não tivesse sangue Cambará correndo nas veias.

É muito interessante esta virada de chave, de um ambiente (e uma população) retrógrados que vão se deparando com novas possibilidades de pensar as relações, a sociedade e, principalmente, a política.
Vamos descobrir o quanto o moderno vai conseguir abrir caminho entre o conservadorismo.

E Rodrigo?
Seus sentimentos de mudança e seus ideais são sinceros?
O que o move?
Idealismo ou Vaidade?
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Neila.Villas-Bôas 14/05/2022

Érico (já estamos íntimos rs) realmente era excepcional. Arrisco a dizer q se eu tivesse q escolher um autor só pra ler pelo resto da vida ele certamente seria grande candidato. A fluidez da sua escrita e a forma como constrói a narrativa, apresenta os personagens, monta a estrutura da história q quer contar cativa qualquer leitor.
Gostei especialmente desse terceiro livro pelas discussões políticas filosóficas q apresenta. Com certeza seria amiga do Rodrigo Cambará, bonachão, amigo de todos, liberal (pra época quase um esquerdista ?????). Nosso protagonista aqui não é só o mocinho, herói dos fracos e oprimidos, mas um rapaz (sim, ainda se tornando homem) muito sensível e cheio de defeitos. É fácil a gente se identificar com esse tipo de personagem.
Minha expectativa pra o próximo volume e pra o desenvolvimento da narrativa no contexto da ditadura é muito alta. Tô confiando q o nível será mantido.
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@sabri.eoslivros 12/02/2022

Muita política e menos ação
Aqui continuamos acompanhando a saga da família Terra Cambará, misturada à história do Rio Grande do Sul e do Brasil. Neste primeiro volume de O Retrato, começamos com o retorno do bisneto do Capitão Rodrigo, Rodrigo Cambará, que, com a queda de Vargas, volta do Rio de Janeiro para o Sul. Nosso protagonista está muito doente, já sofreu vários infartos. A seguir, na parte dois da história, viajamos ao passado e vemos o retorno do jovem e recém formado médico Rodrigo, que volta de Porto Alegre para Santa Fé.

Amei me sentir próxima da relação de irmãos entre Rodrigo e Toribio!

Rodrigo lembra muito seu bisavô, é também teimoso e adora uma briga, apesar de ter um grande senso de justiça.

Esse tomo termina após as votações para escolha do novo presidente do Brasil, disputa que colocou fogo (quase literalmente) em Santa Fé.

Também acompanhamos o duelo entre os jornais A Farpa e A Voz da Serra, cheio de embates políticos - entre republicanos (partidários de Hermes da Fonseca - candidato militar apoiado pelo governo) e federalistas (partidários do civilista Rui Barbosa) - e insultos pessoais aos opositores.

Quero muito saber como a história vai se desenrolar no segundo tomo! Só tirei 1 estrela, pois, se comparado aos dois volumes de O Continente, esse tem menos ação e eu senti muita falta dos personagens que lá ficaram!
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iagomarc 26/12/2021

Achei esse primeiro volume dO Retrato muito fraco pois até metade do livro é uma enrolação danada, apenas com Rodrigo Cambará andando e conversando por Santa Fé. Apesar disso, do meio pro final o livro engata e termina de forma interessante.
Ansioso para o próximo volume.
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Marjory.Vargas 08/09/2021

"Tudo é relativo na vida. Nós todos temos muito de anjo e muito de demônio dentro de nós."
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O primeiro volume da segunda parte da trilogia se passa no final de 1909 e início de 1910. Acompanhamos o jovem Rodrigo Terra Cambará, bisneto do Capitão Rodrigo e de Bibiana Terra, retornando à Santa Fé após concluir seus estudos na faculdade de Medicina.
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O jovem idealista tem muitos planos: pretende clinicar de graça para os pobres, combater a tirania, defender a democracia e encontrar uma boa mulher para se casar e constituir família.
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Porém, a pequena Santa Fé anda a passos de tartaruga rumo à modernização. Isso fica claro principalmente na questão política, onde há a figura do coronel, que manda em quem as pessoas devem votar.
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O retrato possui uma narrativa um pouco diferente de O continente. A mistura de ficção com realidade continua maravilhosa, e não há o que se falar da contextualização histórica proporcionada por Verissimo. Mas, talvez por isso a leitura deste volume seja uma pouco mais travada que a de O continente: as muitas conversas dos personagens sobre política, apesar de extremamente importantes, dão a impressão de que história não "anda".
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Porém, a trilogia continua maravilhosa, e apesar da leitura um pouco mais lenta, não perde nada em encanto e qualidade. Em breve trago a resenha do segundo tomo!!
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