Marjory.Vargas 08/09/2021"Tudo é relativo na vida. Nós todos temos muito de anjo e muito de demônio dentro de nós."
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O primeiro volume da segunda parte da trilogia se passa no final de 1909 e início de 1910. Acompanhamos o jovem Rodrigo Terra Cambará, bisneto do Capitão Rodrigo e de Bibiana Terra, retornando à Santa Fé após concluir seus estudos na faculdade de Medicina.
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O jovem idealista tem muitos planos: pretende clinicar de graça para os pobres, combater a tirania, defender a democracia e encontrar uma boa mulher para se casar e constituir família.
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Porém, a pequena Santa Fé anda a passos de tartaruga rumo à modernização. Isso fica claro principalmente na questão política, onde há a figura do coronel, que manda em quem as pessoas devem votar.
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O retrato possui uma narrativa um pouco diferente de O continente. A mistura de ficção com realidade continua maravilhosa, e não há o que se falar da contextualização histórica proporcionada por Verissimo. Mas, talvez por isso a leitura deste volume seja uma pouco mais travada que a de O continente: as muitas conversas dos personagens sobre política, apesar de extremamente importantes, dão a impressão de que história não "anda".
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Porém, a trilogia continua maravilhosa, e apesar da leitura um pouco mais lenta, não perde nada em encanto e qualidade. Em breve trago a resenha do segundo tomo!!