Resenhas - Antes do Baile Verde

Maria 20/01/2024

Lygia desfrutou muito da cornice alheia para escrever este livro
Que livro MARAVILHOSO. Demorei muito pra ler? Sim, mas é porque me desacostumei com o hábito da leitura. Enfim, eu simplesmente amei a escrita da Lygia, e adorei como seus contos nunca possuem um ponto final. 'Apenas Um Saxofone' foi de longe o meu favorito deste livro. Não sei explicar, mas esse livro me deixou tão tranquila e alheia da vida real que foi quase uma canção de ninar antes de ir dormir. Tem alguns contos que precisei ler e reler para conseguir tirar minha interpretação, os contos, para mim, possuíam camadas infinitas de coisas para serem descobertas, e cada coisinha mínima impactava no final. Não sei se estou delirando, mas foi uma experiência incrível degustar essa leitura.
Não me toquei antes, mas agora que percebo que os dois primeiros livros lidos deste ano foram nacionais e de mulheres incríveis. Que orgulho.

Kamis 20/01/2024

Tenho muita resistência para contos, não consigo gostar porque quando finalmente a história me interessa ela já acaba.
Então, talvez minha nota não será de acordo com a grandiosidade da escrita, mas com a finalidade minha com o tipo de estrutura. Ainda que sejam contos, as obras tem semelhanças e singularidades entre si.

Alicia 18/01/2024

Lygia Fagundes Telles é genial demais pra mim
Esse livro reúne contos da autora produzidos ao longo da sua vida, Lygia Fagundes Telles não deixa a maioria das coisas explícitas no seu texto, e muito menos o seu objetivo e sua reflexão sobre tal desencontro da vida humana, me falta muito repertório de literatura clássica então eu poderia ter aproveitado o livro melhor, pretendo reler daqui a alguns anos.

Yourdramaqueen 18/01/2024

Gosto muito dos contos da Lygia, meu único porém é que, alguns de seus contos são muito difíceis de serem compreendidos.

Rosana Oliveira 17/01/2024

Qualquer experiência é muito válida
Foi um exercício extremo já que não cultivo o hábito de ler contos. E a contista Lygia Fagundes Telles trata suas estórias assim como a ponta da espora no lombo da égua. São cotidianos trágicos, incômodos e acabam da mesma forma que terminam: secos; incômodos; doloridos. A gente fica com vontade de consertar todos, de ir lá pra saber como é que terminou essa proza incompleta. Um ÓTIMO EXERCÍCIO pra quem precisa aprender a deixar pontas soltas, pra qm precisa entender que nem tudo precisa de explicação. Pois bem, eu preciso aprender.

Conto preferido: O Menino. Uma criança nunca deve ter seu coração dilacerado e enganado. Me doeu cada pelo do corpo.

Daniel.Moreira 17/01/2024

A arte de recriar!
Lygia tem uma capacidade de recriar e contar suas histórias de forma profunda.

Já tinha lido seu romance " A ciranda de pedra" e agora "Antes do baile verde". Ela se reinventa a cada escrita.

Aqui temos a coletânea de 18 contos apresentados de forma decrescente em 20 anos de escrita!

Contos que revelam a cada página seres naturais, vulneráveis, oprimidos entre: o aceitável e o inaceitável....

Alguns detalhes, objetos, cenas ou um simples reflexo no espelho são capazes de transformar e marcar um clima!

São contos com uma fonte inesgotável de conhecimento . É como se fosse um painel de arte com diversos tipos humanos!

É realmente um ofício artístico. Uma evocação de sentimentos de tristeza, angústia, desalento e perplexidade!!


"Não quero nada, isto é, quero viver! Apenas viver.."

Marcela 03/01/2024

KAKAKAKKA
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Eliane406 01/01/2024

A sociedade moral
?Antes do Baile Verde é um título de um dos contos dessa coletânea, escritos e selecionados Lygia entre 1949 e 1969. Um dos livros de maior sucesso da autora traz a crítica e a denúncia velada de uma sociedade cheia de personagens peculiares e seus destinos marcados por escolhas de sua moral. Uma leitura que seduz, que prende, que leva a refletir, lembrando Katherine Mansfield e suas não conclusões, cada conto deixa no ar o mistério a ser resolvido pelo leitor, e se....Conflitos amorosos, descobertas surpreendentes, tensões entre desejo é a consciência moral.
Lygia foi uma escritora peculiar e genial, uma ativista voraz contra a ditadura e por apoio à cultura, trabalhou intensamente e escreveu da mesma forma verdadeira e sagaz.

?"[...]Vazio.Imobilidade e vazio. Se eu ficar assim imóvel, respirando leve, sem ódio, sem amor, se eu ficar assim um instante, sem pensamento, sem corpo..."trecho do conto Verde Lagarto Amarelo, pág.22

júlha :) 31/12/2023

Antes do Baile Verde
Lygia Fagundes foi um grande achado no meu ano, um livro de contos que me surpreendeu e me marcou bastante. É incrível como todos os contos começam de forma rotineira como se nada fosse acontecer e no final você está de boca aberta "Venha Ver o Por do Sol", o mais famoso talvez, que o diga.

Não vejo a hora de ler os outros livros e desenrolar todos os novelos de lã de Lygia Fagundes Telles

Camila.Santos 30/12/2023

Uma escrita intimista, elegante, envolvente e intrigante, onde situações inicialmente cotidianas apresentam conflitos que nos fazem mergulhar nos sentimentos, angústias e na sordidez dos personagens de maneira tão profunda que podemos acabar encontrando um pouco de nós lá dentro.

Babizb 25/12/2023

Muito bom, não conhecia o trabalho dela e foi uma leitura bem legal pra sair da ressaca literária, já que os contos são envolventes e você se sente cada vez mais seduzido a ler "só mais um". Lygia escreve tudo com detalhes tão bons, que consigo me sentir dentro de um de seus contos, como se fosse uma coadjuvante da cena toda.

"Fique esperto! Não confie no ron-ron de Lygia Fagundes Telles."

Aline.Bernardi 23/12/2023

Retratos do cotidiano
Os contos são recortes de histórias que podemos facilmente visualizar no cotidiano. São cenas que são descritas de maneira que conseguimos absorver todo o contexto e os sentimentos reprimidos dos personagens.

Mel 23/12/2023

Muito mais importante do que nós, porque continuam
Meu primeiro contato com os contos da Lygia e já ficou claro que não escapa aos seus olhos a multiplicidade da condição humana, ela captura nas mínimas frestas cada emoção (nas mais variadas situações) e nos entrega de forma elegante, sutil e aberta. A tarefa de reconhecer e interpretar esses detalhes tão variados é, sem dúvida, muito satisfatória, pois como ela mesma escreve em um dos contos: "a beleza não está nem na luz da manhã nem na sombra da noite, está no crepúsculo, nesse meio tom, nessa ambiguidade", e esses textos, assim como as coisas quando olhamos ou tocamos (no conto Os Objetos), continuam.

Mar 18/12/2023

Inegável ser uma experiência
Apesar dos inúmeros contos com burguesas e racistas que deixaram a leitura um pouco intragável para mim em certos momentos, o que me impediu que lesse esse livro de contos de forma constante, esses contos são inegavelmente uma experiência completa ficional. Ela tem mesmo um jeito interessante de narrar cenários de forma cotidiana e sutil mas ainda manter o leitor interessado, expressar sentimentos humanos entre essas narrativas de alguma forma impactante. Notei bastante presença de passagens sobre envelhecimento e sentimentos de inferioridade/insegurança que são inevitáveis de não serem sentidas durante toda uma jornada de vida. O livro então em si é uma experiência que recomendo que seja passada, e pode ser impactante ou relevante de formas diferentes para cada pessoa. Particularmente me tocaram bastante os contos: verde largato amarelo, apenas um saxofone, helga e o moço do saxofone.

Jeane Tertuliano 09/12/2023

Excelente!
Contos muito bem-escritos! Adorei as narrativas, sobretudo a criatividade da autora. Indico demais! ??