Viagem à Aurora do Mundo

Viagem à Aurora do Mundo Erico Verissimo




Resenhas - Viagem à Aurora do Mundo


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Almond Blossom 1890 30/03/2022

Anjos versus Demônios
No início a historia parece promissora, principalmente por ter personagens tão distintos vivendo juntos (filósofo, naturalista, religiosa, físico, escritor, empresário, músico, jovem donzela) e assistindo os primórdios da terra, pela máquina criada pelo físico Fabricius. Mas o foco principal é o que a invenção mostra, todos os outros pontos do enredo se tornam muito irrelevantes, deixando a história sem graça e sem profundidade. Recomendaria para quem está começando a iniciar o hábito da leitura, se interessa por arqueologia e se questiona sobre a evolução e a existência de Deus, mas, mais uma vez digo, carece de profundidade e algumas informações devem estar desatualizadas por ser um livro de 1959.
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Stella F.. 09/07/2021

Dinossauros e muitos bichos
Sou fã de Érico Veríssimo, mas esse livro não me prendeu. Achei o início interessante, uma família isolada em um casarão onde os componentes da família são "esquisitos": filósofo, cientista, pianista, religiosa, e ainda chega um escritor. O cientista monta uma máquina onde vai ser possível voltar a Aurora do Mundo, ou seja, passear por todas as eras geológicas de surgimento da terra e da chegada dos animais e do homem. A máquina é enorme, e há na casa também uma pessoa que viabilizou essa realização e que quer ver o resultado do invento, para comercializá-lo. No meio disso tudo surge um romance entre esse empresário, a mocinha da história e o escritor, além de haver na casa também um “fantasma”, um cozinheiro chinês e um faz-tudo africano.
Quando o invento fica realmente pronto, vão ocorrer sessões diárias, após um jantar com a família toda reunida, e o cientista vai relatando os eventos ocorridos em épocas passadas, nas diferentes eras geológicas e períodos geológicos. Ocorre um certo suspense na procura dos animais em uma tela de cristal, que chega a esses remotíssimos tempos, e algumas vezes a imagem é clara e outras é bem confusa, mas todos aprendem sobre as diferentes espécies, sobre a época em que ocorreram, com quem conviviam e como foram extintas ou passaram para uma outra época. Gostei particularmente da época do surgimento dos mamíferos e pude recordar, já que aprendi bastante ao trabalhar com esse grupo de animais.
Parabenizo o autor pela grande pesquisa feita, pelas ilustrações e como de maneira didática vai explicando tudo como aconteceu.
Sabia que o livro iria falar de dinossauros, mas me vi recordando, com em um livro didático, quase todos os grandes animais que surgiram e se extinguiram nos diferentes períodos. Parecia que eu os estava estudando novamente como na faculdade de biologia. Mas não culpo o autor. Quando peguei o livro achei que era um romance, mas os dados bibliográficos o classificam como arqueologia e literatura infanto-juvenil.
Para quem se interessa pelo assunto pode ser uma boa introdução.
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Ale245 19/10/2020

Um aulão dos períodos geológicos
É interessante ver como eram as espécies e a Terra em cada período geológico, embora provavelmente esteja desatualizado em alguns aspectos. Traz imagens e descrições de espécies que eu nem sonhava que teriam existido e mostra como a história do planeta é uma história de extinções.
Tem um romance bem fraquinho entre o narrador, um romancista que teve seu livro bastante criticado (embora pareça bom), e Magnólia, personagem pálida e sem sal.
Tem também um fantasma, um cientista maluco, um capitalista que só pensa em seus investimentos, um filósofo mequetrefe, um biólogo entusiasmado e uma católica fanática.
A história não é das mais interessantes e é classificado como infanto-juvenil. Com certeza não é das melhores de Veríssimo. Bom para passar o tempo e aprender curiosidades sobre o surgimento da vida e das espécies.
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Craotchky 03/05/2018

Eu, Verissimo e mais um livro
"O homem foi, é e será sempre o mais incoerente e estúpido dos animais."

Publicado em 1939, Viagem à aurora do mundo é um livro adorável, muito gostoso de se ler. Traz ilustrações e capítulos curtos, o que torna a leitura fluída. Lembra em alguns aspectos livros como os de Júlio Verne e alguns livros de aventura de Conan Doyle. No prólogo Erico inclusive cita O Mundo Perdido como uma influência para Viagem à Aurora do Mundo.

O narrador - em primeira pessoa - principia seu relato afirmando que tudo o que se segue são fatos verídicos.

Dagoberto acaba de publicar seu "discutidíssimo romance As Portas do Tempo". Após o fim do árduo trabalho ele sente-se mal e resolve tirar um tempo pra si. Acaba indo para São Silvestre, pequeno vilarejo, e logo descobre que ali perto há um casarão chamado "Vila do Destino" onde há seis meses vive um grupo de pessoas forasteiras que jamais são vistas. Curioso, o escritor logo aventura-se numa caminhada nos arredores do casarão.

Encurtando a história, ele acaba convidado a ser hóspede na casa. Lá permanece com um curioso grupo de pessoas: um físico, um homem de negócios, um naturalista, uma religiosa, um filósofo, uma moça bonita, um fantasma, um músico, um empregado e um cozinheiro chinês. Acontece que o físico, após anos de pesquisas, descobre um tal "raio-z" capaz, contrariando Einstein, de viajar mais rápido que a luz. Com isso, constrói uma máquina capaz de projetar imagens do passado.

O livro tem por tema a pré-história e por vezes assume um tom didático. O físico projeta imagens (reproduzidas no livro) das eras iniciais da vida na Terra com seus monstros antediluvianos 🦕, e o naturalista vai explicando cada espécime enquanto é ora alvo de deboches por parte do filósofo, ora alvo de descrença por parte da religiosa.

Com a palavra, Erico Verissimo:
"Procurei dar neste livro, destinado a leitores de todas as idades - leigos como eu na matéria - uma história compreensiva daqueles truculentos habitantes do mundo antediluviano. Tratei de açucarar a pílula, envolvendo a narrativa nos véus do romance e por sinal romance folhetinesco [...]"

Mas há mais neste livro. Além do clima de aventura pré-histórica, há um misterioso fantasma que surge sempre no mesmo horário e Erico também insere no meio disso tudo um romance: O escritor (narrador, protagonista) apaixona-se pela moça bonita, Magnólia, que por sua vez está prometida em casamento com o homem de negócios que bancou o investimento necessário para a construção da máquina.

Este livro contém clichês e é até classificado como infanto-juvenil. Não espere encontrar informações científicas atuais; não espere também diálogos reflexivos e maduros do tipo que são encontrados em outros livros do autor. Entretanto pode esperar uma boa narrativa e entretenimento de qualidade.
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Túlio Demian 14/09/2010

Um quase não Erico Verissimo
Bem, quem quiser ler este livro sem achar estranho, sugiro que o faça antes de ler qualquer outra obra de Erico Verissimo. Do contrário não conseguirá terminá-lo.
O livro esta longe das maravilhosas narrativas de Veríssimo e principalmente de sua fantástica originalidade. Particularmente eu o classifico como um Benittez mau preparado. Porque compará-lo à Julio Verne é quase uma heresia. Sem dúvida nenhuma é o pior livro de Erico Verissimo. Mas caso você o leia sem conhecer a obra do autor, certamente fará uma passeio interessante à pré-história.
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Lima Neto 11/09/2009

o livro é magnificamente bem escrito, sem dúvida. Érico Veríssimo é um gênio na arte de cotnar histórias, isso é inegável, mas "Viagem à Aurora do Mundo" é um livro um tanto quanto... estranho. literariamente, é um livro fraco, ao meu ver, com um roteiro que não nos prende em momento algum. no entanto, no tocante à história da evolução do mundo e das espécies animais, é uma obra extremamente enriquecedora.
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Jeane 04/02/2009

Faz tanto tempo...
Li este livro na biblioteca da escola, há muito tempo...Achei interessante descobrir um escritor brasileiro falando de viagem no tempo em 1939!Acho que li a primeira edição, não tenho certeza, porque as páginas eram bem amareladas!Não lembro de tudo, apenas algumas passagens, mas achei bem legal e atual a história, com cientistas criando máquinas do tempo e estudando o passado (tem um trecho em que o cientista vê a Cleopátra, se não me engano), assim como acontece nos filmes de ficção da atualidade...
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